Lila Tiago (parte 2): “Como afirma a minha amiga Tita Maravilha, acredito na beleza como vingança. Reconhecermos a nossa própria beleza e do mundo à volta”
Nesta segunda parte, a cantora, poeta, performer e ativista trans Lila Tiago fala da beleza como resistência queer, deixa uma crítica à falta de diversidade em muitos palcos musicais no país, recorda a invasão de palco da performer trans Keyla Brasil a meio da peça “Tudo Sobre a Minha Mãe”, que est…
Lila Tiago (parte 1): “Várias criadoras trans esticam o conceito de monstruosidade até caberem nele de forma confortável, com sedução. Tento essa potência em palco”
Lila Tiago é a voz das “Fado Bicha”. E, desde 2017, acompanhada pelo guitarrista João Caçador, ocupa um novo lugar queer no fado. Esta artista trans bicha, como a própria se descreve, é toda audácia e revolução e não se furta ao desconforto que a sua banda provoca por trazer para a canção mais popu…
Rita Blanco (parte 2): “Vão-nos acontecer sempre coisas más. A nós e a tanta gente. A alegria é o que nos resta para lutarmos contra os males do mundo”
Nesta segunda parte da conversa com Rita Blanco, ficamos a saber de que forma a atriz de “A Gaiola Dourada”, “Sangue do Meu Sangue” e “Mal Viver/Viver Mal” se envolve com as personagens que representa e como confronta as pessoas em seu redor com a dureza e as feridas dessas mulheres da ficção. Rita…
Rita Blanco (parte 1): “Ser mulher é ter que lutar todos os dias por um lugar. Comigo foi sempre assim. O humor e a dureza têm sido a minha arma”
É uma das atrizes portuguesas mais aplaudidas e premiadas. Rita Blanco já foi muitas mulheres na televisão, no teatro e no cinema. Só no grande ecrã já entrou em 59 filmes, muitos deles com a assinatura do realizador João Canijo, com quem prepara novo filme e nova peça de teatro, com uma história q…
Shahd Wadi (parte 2): “A vida tratou-me bem, apesar da trouxa que levo às costas, com cicatriz. Sonho regressar a uma Palestina livre e desfazer essa trouxa”
Nesta segunda parte da conversa com a investigadora, curadora e poeta Shahd Wadi, ficamos a saber qual a vila na Palestina com que sonha regressar, até que ir para casa seja possível. E até fala do cheiro específico do lugar onde nunca esteve, mas que sente conhecer bem. Refere os pais, e de como a…
Shahd Wadi (parte 1): “O povo palestiniano ensina o mundo a bater asas. O genocídio na Palestina diz respeito à liberdade da Humanidade inteira”
Shahd Wadi é uma mulher palestiniana doutorada em estudos feministas, na Universidade de Coimbra, que divide o tempo entre a escrita, curadoria, tradução, investigação e performance. Veio para Lisboa em 2006 por amor e acabou por ficar na cidade colorida dos seus sonhos, na terra do ‘vai-se andando…
Sandro Resende (parte 2): “Vêm aí tempos piores. A arte será fundamental para mostrar de forma incisiva aos políticos as vontades do povo”
Nesta segunda parte da conversa em podcast o curador e diretor artístico Sandro Resende, co-fundador da P28 e da galeria de arte bruta “Manicómio”, revela quais são os seus heróis e o que o levou a trocar cartas manuscritas com Yoko Ono durante meses. Conta também a razão de gostar de política, mas…
Sandro Resende (parte 1): “Aprendi com as pessoas do Júlio de Matos a não ter medo do ridículo e a ser autêntico. O que é muito difícil nesta sociedade”
Sandro Resende é um dos pioneiros a usar a arte como ferramenta para libertar as pessoas do rótulo da doença mental. Há 14 anos inaugurou a associação P28, distinguida com o prémio de mérito do SNS, e que deu que falar com exposições revolucionárias que misturavam obras de nomes consagrados da arte…
Tiago Pereira (parte 2): “Uma senhora teve um aneurisma enquanto a gravava a cantar. Gravo o fim das coisas, mas também a esperança e a superação”
Nesta segunda parte da conversa em podcast o realizador, documentarista e visualista Tiago Pereira fala da sua relação intensa com o trabalho e desta longa viagem de 14 anos com o projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”. Um sonho de amigos que passou a projeto liderado por um homem só, …
Tiago Pereira (parte 1): “Gravo para humanizar tudo. Não gravo só música, gravo pessoas. Gosto de ouvir velhinhas. Sou um átomo dinamizador de velhinhas”
O realizador Tiago Pereira anda há 14 anos a palmilhar o país de norte a sul para gravar o cancioneiro nacional que os mais velhos não esqueceram e as suas histórias e ofícios. Deem-lhe uma velhinha que cante que Tiago Pereira dá-nos o mundo e uma alfabetização da memória. Desde que começou na odis…