Durante os últimos dois anos a prestigiada escritora Lídia Jorge escreveu um romance que partiu de um pedido da sua mãe, pouco antes de morrer. Confinada num lar de idosos, pediu que a obra se chamasse “Misericórdia”, para que as pessoas se tratassem com mais humanidade e empatia. E Lídia escreveu o seu livro mais íntimo, uma exaltação da vida, da curiosidade, da sabedoria mesmo quando a morte espreita. Sobre a crise atual, a escritora, que faz parte do Conselho de Estado, afirma: “É errado um discurso triunfalista dos números quando as pessoas estão a sofrer muito. Há um contraste entre aquilo que é o discurso político e a vida das pessoas. É um reparo que faço ao Governo!” Ouçam-na no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas, com Bernardo Mendonça.