

Tia Cátia: “Cozinhar para mim e para os outros continuou a ser um refúgio durante o tratamento do cancro da mama. O prazer manteve-se”
Descreve-se como um pequeno trator a andar pela vida: meio bruta, pouco lamechas, e nada dramática. Diz que se há um problema, foca-se logo na solução. Conta que foi assim que lidou com o cancro, tal como com todos os outros obstáculos que foi encontrando pelo caminho. Catia Goarmon, conhecida por …

Andreia Catarino: “Ao quarto cancro fiquei revoltada. Falei mesmo com o universo: 'Isto já é ridículo.' Nem é um bom guião de filme”
Há vidas que parecem não caber numa só vida. Andreia Catarino diz que vence lotarias, mas ao contrário. Sabe o que é estar doente desde a adolescência. Com 42 anos, já teve 4 cancros: um linfoma, um tumor no fígado, cancro da mama e cancro da tiroide. Foram muitos tratamentos, cirurgias e intername…

Helena Costa: “O cancro do pulmão foi um choque grande, uma pessoa pensa que é dos piores. Não dormia sem os comprimidos para a ansiedade”
Aos 39 anos, com um estilo de vida saudável, Helena Costa deparou-se com um cancro no pulmão. Sentiu uma enorme revolta e foi consumida durante uns tempos por uma ansiedade desconcertante. Na altura, as filhas gémeas tinham apenas um ano e meio. A parte mais difícil foi olhar para elas e imaginar q…

Vera Pinto Pereira: “A minha mãe geriu o cancro da mama com distância, sofri imenso com isso. Quando foi comigo fiz questão de fazer o oposto, não escondi nada dos meus filhos”
Viveu desde muito cedo com o fantasma do cancro na família. Os avós, uma tia e uma prima tiveram, mas o caso que mais a marcou foi o da mãe, que morreu com cancro da mama aos 49 anos. Com tantos casos, sentia que era uma questão de tempo até vir a ter um cancro, mas quando fez 50 anos, sentiu que t…

Jorge Bento Silva: “Pior que a falta de ereção e a masculinidade, o grande medo com o cancro da próstata é ‘a minha parceira vai deixar-me, não consigo satisfazê-la’”
Jorge Bento Silva conviveu sempre com o pior da espécie humana. Dedicou toda a carreira à luta contra o terrorismo, esteve décadas na Comissão Europeia a trabalhar de perto nas relações externas com países como Iémen, Iraque, Turquia e Rússia. Fez parte das equipas de segurança que lidaram com os a…

Isabel Galriça Neto: “Nunca pensei ‘porquê a mim?’ O cancro acontece a muitas pessoas, de todas as idades. Não é um castigo, nem surgiu porque andei triste”
Há mais de 30 anos que lida de perto com quem enfrenta doença graves: tem a missão de fazer tudo o que está ao seu alcance para diminuir o sofrimento dos doentes, e apoiar as famílias. A médica Isabel Galriça Neto é uma referência incontornável nos cuidados paliativos em Portugal, foi deputada pelo…

Inês Marinho: “Alguns amigos afastaram-se quando tive cancro, por medo de me ver mal. Outros pediram desculpa e voltaram a falar comigo depois”
Se ter um cancro é duro na vida adulta, como é ter na adolescência? Estar fechado num quarto de hospital, entre mil exames e tratamentos. Perder festas, noitadas e passeios entre amigos. Viver o primeiro amor à distância, com o peso do cancro. Aos 15 anos, Inês Marinho reparou que tinha um inchaço …

Jorge Gabriel: “Muito pouca gente soube do meu cancro de pele, não tive um diagnóstico avassalador. Tinha de fazer uma intervenção e fiz”
Para um apresentador de televisão, com tantos anos de experiência, o cancro não é um tema tabu. Habituado a fazer entrevistas a doentes oncológicos, a ouvir histórias difíceis, diz que quando se deparou com o diagnóstico soube ter a tranquilidade necessária para enfrentar o problema. Conhecido de t…

Joana Gonçalves: “O cancro da mama foi uma merda, não aprendi nada, não me tornou melhor pessoa. Há mulheres com outra opinião, está tudo certo”
Ao contrário da maioria dos doentes oncológicos, Joana Gonçalves diz que o cancro não a tornou uma pessoa melhor, que a doença não lhe deu nada, que só lhe tirou. Considera que a positividade não salva ninguém, que o que salva são mesmo os tratamentos e os médicos. A empresária descobriu um cancro …

João da Silva: “Não vi uma lágrima dos meus pais e imagino o que devem ter chorado, não se mostravam abalados com o meu cancro para eu não ficar triste”
Aos 31 anos foi diagnosticado com um cancro no testículo. Concluiu os tratamentos e, quando já achava que estava livre da doença, veio de novo o choque. O cancro tinha voltado e ainda com mais força: já estava espalhado pelo corpo. Novo ciclo de tratamentos e foi dado novamente como curado. O probl…