O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é um caso raro. Trabalhou para Dilma Rousseff e Michel Temer e ainda assim faz sucesso no bolsonarismo – a ponto de ser um dos cotados para candidato a vice na chapa do presidente da República à reeleição. Interlocutor do governo com os caminhoneiros, Tarcísio admite neste episódio do A Malu Tá ON que a mobilização da categoria para os atos antidemocráticos de 7 de setembro saiu do controle. “Não foi um movimento de caminhoneiros, mas político. Tinha outros agentes usando caminhão, como empresários de transporte e do agronegócio”, diz ele, que esteve nas manifestações. Na conversa com Malu Gaspar, Tarcísio diz ainda que a Petrobras poderá bancar o “bônus caminhoneiro”, o subsídio que o governo pretende dar para a renovação da frota. Apelidado de “Tarcisão do asfalto” nos grupos de zap, ele não descarta ser candidato em 2022 e faz uma rara admissão: uma eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva não prejudicaria o cronograma de concessões no Brasil.