Ela não gostava de política quando pequena, mas, ao ver o pai debilitado pelo Alzheimer, decidiu assumir o comando do partido criado pela família, o nanico PTN. Hoje convertido em Podemos, a legenda reúne a terceira maior bancada do Senado, está lançando Sérgio Moro como candidato a presidente em 2022 e deve receber uma cota de cerca de 200 milhões de reais do fundo eleitoral para gastar na campanha. Aos 39 anos, Renata Abreu entrou para o time dos grandes caciques políticos brasileiros. E está certa de que, na disputa pelo eleitor da terceira via, sua aposta no ex-juiz da Lava Jato vai prevalecer. "Se algum dos candidatos não contribuir para que tenha uma união e a 'melhor via' possa de fato ir para o segundo turno, vai ter uma pressão popular para que essa união aconteça." Renata ainda desafia: "Se tivesse algum outro candidato que pontuasse muito melhor do que o Moro, ou que ele por alguma razão despencasse nas pesquisas, ele não teria problema em contribuir. Agora sinceramente, eu não vejo possibilidade de isso acontecer, e aí os outros terão que ter esse desprendimento também".