“Gosto de frisar sempre que antes de tudo sou pessoa, e isso basta-me”, diz Adolfo Mesquita Nunes em mais um episódio do podcast "Um homem não chora".
Hoje afastado das lides políticas, o advogado lamenta igualmente que as contradições que todos temos nem sempre sejam bem compreendidas, existindo actualmente uma tentação para “engavetar o ser humano em categorias identitárias”. Adolfo Mesquita Nunes aponta, de resto, uma contradição que diz observar: “as pessoas hoje são muito mais livres de expressar a sua individualidade; mas, curiosamente, há cada vez mais pressão para estarem num molde”.
A propósito da desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres que ainda hoje subsiste, defende que as políticas públicas deveriam procurar “que o contexto de nascimento se tornasse o mais irrelevante possível”, estejam as diferenças de base relacionadas com o género do indivíduo, a sua raça, o seu meio socioeconómico ou qualquer outra característica.
Um Homem Não Chora está disponível às segundas-feiras em todas as aplicações para escuta de podcasts — como a Apple Podcasts ou o Spotify — e na área de podcasts do site do PÚBLICO.