O PSD e o CDS quer eliminar o corte de 5% nos salários dos políticos que vinha dos tempos da Troika. Esta é uma medida que faz sentido nesta altura? A análise neste Soundbite.

O PSD e o CDS quer eliminar o corte de 5% nos salários dos políticos que vinha dos tempos da Troika. Esta é uma medida que faz sentido nesta altura? A análise neste Soundbite.

Os sons que marcam o dia político em análise por Ana Sá Lopes e Helena Pereira, num podcast do PÚBLICO com moderação de Ruben Martins.

Os sons que marcam o dia político em análise por Ana Sá Lopes e Helena Pereira, num podcast do PÚBLICO com moderação de Ruben Martins.

Soundbite

Os sons que marcam o dia político em análise por Ana Sá Lopes e Helena Pereira.

Os sons que marcam o dia político em análise por Ana Sá Lopes e Helena Pereira.

Salário dos políticos: manter corte é que é alimentar o populismo

Foi um debate de pressão até ao fim, sob acusações de intransigência, falta de transparência e condicionamento. Apesar das tentativas do Governo de negociação com o PS para alterar a duração da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à conduta do primeiro-ministro, o desfecho foi o adivinhado há uma semana: o país vai mesmo para eleições dentro de dois meses e nesse caminho não faltarão acusações mútuas de quem caminhou até à beira do precipício, quem deu o passo em frente ou até quem empurrou. Com o voto contra do PS, Chega, Bloco, PCP, Livre e PAN, a moção de confiança foi chumbada e o Governo saiu da Assembleia da República a argumentar que "tentou tudo". Montenegro tentou mesmo não forçar umas eleições ou o debate não passou de uma encenação de passa-culpas?

Foi um debate de press&atilde;o at&eacute; ao fim, sob acusa&ccedil;&otilde;es de intransig&ecirc;ncia, falta de transpar&ecirc;ncia e condicionamento. Apesar das tentativas do Governo de negocia&ccedil;&atilde;o com o PS para alterar a dura&ccedil;&atilde;o da&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/03/03/politica/noticia/ps-avanca-comissao-inquerito-obrigatoria-empresa-luis-montenegro-2124646">comiss&atilde;o parlamentar de inqu&eacute;rito</a> (CPI) &agrave; conduta do primeiro-ministro, o desfecho foi o adivinhado h&aacute; uma semana: o pa&iacute;s vai mesmo para elei&ccedil;&otilde;es dentro de dois meses e nesse caminho n&atilde;o faltar&atilde;o acusa&ccedil;&otilde;es m&uacute;tuas de quem caminhou at&eacute; &agrave; beira do precip&iacute;cio, quem deu o passo em frente ou at&eacute; quem empurrou. Com o voto contra do PS, Chega, Bloco, PCP, Livre e PAN, a <a href="https://www.publico.pt/2025/03/11/politica/noticia/governo-enfrenta-mocao-confianca-parlamento-ja-pensar-eleicoes-2125503#109722">mo&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a</a> foi chumbada e o Governo saiu da Assembleia da Rep&uacute;blica a argumentar que "tentou tudo". Montenegro tentou mesmo n&atilde;o for&ccedil;ar umas elei&ccedil;&otilde;es ou o debate n&atilde;o passou de uma encena&ccedil;&atilde;o de passa-culpas?

Montenegro quis deixar de ser primeiro-ministro. Terá outra oportunidade?

O antigo ministro e líder do CDS Paulo Portas defende que a sondagem da Pitagórica mostra que os eleitores não vislumbram “uma alternativa credível” ao actual Governo e que, por isso, não querem mudar de executivo. Considerando que a actual crise política “não é irremediável”, Paulo Portas vê como improvável um cenário que não passe por eleições antecipadas. Nesse sentido, defende que a AD se alie à IL numa coligação pré-eleitoral. E à esquerda será possível um entendimento? A análise neste Soundbite, na véspera do debate da moção de confiança ao Governo de Luís Montenegro.

O antigo ministro e l&iacute;der do CDS Paulo Portas defende que a sondagem da Pitag&oacute;rica mostra que os eleitores n&atilde;o vislumbram &ldquo;uma alternativa cred&iacute;vel&rdquo; ao actual Governo e que, por isso, n&atilde;o querem mudar de executivo.&nbsp;Considerando que a actual crise pol&iacute;tica &ldquo;n&atilde;o &eacute; irremedi&aacute;vel&rdquo;, Paulo Portas v&ecirc; como improv&aacute;vel um cen&aacute;rio que n&atilde;o passe por elei&ccedil;&otilde;es antecipadas. Nesse sentido, defende que a AD se alie &agrave; IL numa coliga&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-eleitoral. E &agrave; esquerda ser&aacute; poss&iacute;vel um entendimento? A an&aacute;lise neste Soundbite, na v&eacute;spera do debate da mo&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a ao Governo de Lu&iacute;s Montenegro.

Coligações pré-eleitorais impossíveis? Ou vamos ter uma coligação AD-IL e um PS-Livre?

Depois de um dia em que o Governo falou a duas vozes sobre a sua estratégia em relação à moção de confiança, o PS preferiu manter-se em silêncio a assistir às contradições de ministros. Leitão Amaro mantém a responsabilidade de uma crise política na oposição e garante que “o tema essencial não é nem nunca foi” o pedido do PS para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito. A crise política está a revelar a incapacidade do Governo falar a uma só voz.

Depois de um dia em que o Governo falou a duas vozes sobre a sua estrat&eacute;gia em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; mo&ccedil;&atilde;o de confian&ccedil;a, o PS preferiu manter-se em sil&ecirc;ncio a assistir &agrave;s contradi&ccedil;&otilde;es de ministros. Leit&atilde;o Amaro mant&eacute;m a responsabilidade de uma crise pol&iacute;tica na oposi&ccedil;&atilde;o e garante que &ldquo;o tema essencial n&atilde;o &eacute; nem nunca foi&rdquo; o pedido do PS para a cria&ccedil;&atilde;o de uma comiss&atilde;o parlamentar de inqu&eacute;rito. A crise pol&iacute;tica est&aacute; a revelar a incapacidade do Governo falar a uma s&oacute; voz.

Salário dos políticos: manter corte é que é alimentar o populismo

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