A escolha de Sebastião Bugalho para cabeça de lista da AD ao Parlamento Europeu surpreendeu e levou a um debate interessante sobre o papel crescente das televisões na política nacional. Ainda mais por Bugalho ter pouco currículo político – foi uma vez candidato do CDS em lugar não elegível – e não se lhe conhecer grande reflexão sobre temas europeus. Surgiu a acusação da valorização do mediatismo e da notoriedade em relação a outras qualidades. Outros falam de refrescamento da política, dando relevo a uma pessoa mais jovem. Mas a escolha de Sebastião Bugalho não pode reduzir a candidatura da AD a este tema. O cabeça de lista disse que, por ter exposto as suas posições ao longo destes anos, até pode ser mais facilmente escrutinado. Na verdade, os comentadores opinam mais sobre política do que sobre políticas, e o Sebastião é seguramente um desses casos. O escrutínio é menos evidente do que parece.