“Engraçado como a memória converte/ As coisas do passado”, canta Maria Reis na última canção de Suspiro. O ano foi dela porque, na sua voz, uma geração desencantada encontrou camaradagem, vulnerabilidades partilhadas – num 2024 em que se assinalou 50 anos da Revolução e tantos parecem ter saudades de um regresso a 24 de Abril de 1974.

O ano foi também de Luísa Costa Gomes, com os seus contos cheios de ironia, sátira e apuro literário, e de Fernando Guerreiro e da sua escrita "visceral", que brilha no balanço do ano poético.

O ano de 2024 também pertenceu a Francisco Tropa, com a sua exposição Amo-te, no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, e a Patricia Mazuy, com o seu Bowling Saturno, um filme com o qual descemos às trevas.

A equipa de jornalistas e críticos do Ípsilon escolhe todos os anos os melhores na música, literatura, quer na ficção, como na não-ficção, nas artes plásticas, cinema, dança e teatro.

Neste episódio, Pedro Rios, editor do Ípsilon, explica o como e o porquê destas escolhas.

&ldquo;Engra&ccedil;ado como a mem&oacute;ria&nbsp;converte/&nbsp;As coisas do passado&rdquo;, canta Maria Reis na &uacute;ltima can&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Suspiro. O ano&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-musica/" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-musica/">foi dela</a>&nbsp;porque, na sua voz, uma gera&ccedil;&atilde;o desencantada encontrou camaradagem, vulnerabilidades partilhadas &ndash; num 2024 em que se assinalou 50 anos da Revolu&ccedil;&atilde;o e tantos parecem ter saudades de um regresso a 24 de Abril de 1974.
O ano foi tamb&eacute;m de&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-literatura/" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-literatura/">Lu&iacute;sa Costa Gomes</a>, com os seus contos cheios de ironia, s&aacute;tira e apuro liter&aacute;rio, e de Fernando Guerreiro e da sua escrita "visceral", que brilha no balan&ccedil;o do ano po&eacute;tico.
O ano de 2024 tamb&eacute;m pertenceu a<a href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-exposicoes/" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-exposicoes/">&nbsp;Francisco Tropa</a>, com a sua exposi&ccedil;&atilde;o&nbsp;Amo-te, no Museu de Arte Contempor&acirc;nea de Serralves, e a&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-cinema/" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon-cinema/">Patricia&nbsp;Mazuy</a>, com o seu&nbsp;Bowling Saturno, um filme com o qual descemos &agrave;s trevas.
A equipa de jornalistas e cr&iacute;ticos do &Iacute;psilon escolhe todos os anos&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon/" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/interactivos/melhores-2024-ipsilon/">os melhores</a>&nbsp;na m&uacute;sica, literatura, quer na fic&ccedil;&atilde;o, como na n&atilde;o-fic&ccedil;&atilde;o, nas artes pl&aacute;sticas, cinema, dan&ccedil;a e teatro.
Neste epis&oacute;dio, Pedro Rios, editor do &Iacute;psilon, explica o como e o porqu&ecirc; destas escolhas.

Da música ao cinema: e os melhores do ano do Ípsilon são...

Um estudo da associação Causa Pública refere que Portugal tem uma das maiores crises habitacionais da Europa.

O mesmo estudo indica que o país “tem um dos menores parques de habitação pública e social da OCDE e que, na última década, os preços de compra de habitação “mais do que duplicaram em Lisboa, Porto e Algarve”.

Como se não bastasse, o preço das rendas habitacionais tem subido todos os meses.

Quando numa manifestação da Vida Justa, o som de abertura deste episódio, se diz estamos “fartos de escolher entre pagar a renda ou comer” ou quando se propõe um referendo sobre o alojamento local em Lisboa, estamos diante de um novo activismo.

Esta crise de habitação gera desigualdades e pode gerar conflitos? A simplificação da lei para possibilitar a construção em solos rústicos pode contribuir para aumentar a oferta de habitação?

Neste episódio, Pedro Ventura, presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, defende que mais do que nova habitação, aquilo de que mais precisamos é de reabilitar os 780 mil fogos devolutos.

Um estudo da associa&ccedil;&atilde;o Causa P&uacute;blica refere que Portugal tem uma das maiores <a href="https://www.publico.pt/2024/12/16/economia/noticia/portugal-maiores-crises-habitacionais-europa-2115877" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="2">crises habitacionais da Europa</a>.
O mesmo estudo indica que o pa&iacute;s &ldquo;tem um dos menores parques de habita&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica e social da OCDE e que, na &uacute;ltima d&eacute;cada, os pre&ccedil;os de compra de habita&ccedil;&atilde;o &ldquo;mais do que duplicaram em Lisboa, Porto e Algarve&rdquo;.
Como se n&atilde;o bastasse, o pre&ccedil;o das <a href="https://www.publico.pt/2024/12/11/economia/noticia/rendas-voltaram-aumentar-acima-7-novembro-2115262" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="3">rendas habitacionais</a> tem subido todos os meses.
Quando numa manifesta&ccedil;&atilde;o da Vida Justa, o som de abertura deste epis&oacute;dio, se diz estamos &ldquo;fartos de escolher entre pagar a renda ou comer&rdquo; ou quando se prop&otilde;e um <a href="https://www.publico.pt/2024/12/10/local/noticia/proposta-referendo-alojamento-local-lisboa-entregue-tribunal-constitucional-2115135" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="4">referendo sobre o alojamento local</a> em Lisboa, estamos diante de um novo activismo.
Esta crise de habita&ccedil;&atilde;o gera desigualdades e pode gerar conflitos? A simplifica&ccedil;&atilde;o da lei para possibilitar a&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2024/12/02/economia/noticia/construcao-casas-solos-rusticos-podera-demorar-sete-anos-2114179" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="5">constru&ccedil;&atilde;o em solos r&uacute;sticos</a> pode contribuir para aumentar a oferta de habita&ccedil;&atilde;o?
Neste epis&oacute;dio, Pedro Ventura, presidente da Associa&ccedil;&atilde;o de Inquilinos Lisbonenses, defende que mais do que nova habita&ccedil;&atilde;o, aquilo de que mais precisamos &eacute; de reabilitar os 780 mil fogos devolutos.

Habitação: não é preciso construir, é preciso reabilitar as 700 mil casas vazias

Um tribunal francês condenou ontem Dominique Pelicot à pena máxima de 20 anos de prisão pela violação agravada da sua ex-mulher Gisèle. Este homem foi condenado também pela tentativa de violação agravada da mulher de um co-arguido e de ter recolhido imagens íntimas e sem consentimento da filha e de duas noras. 

Gisèle Pelicot foi sedada e violada durante dez anos sem o saber. Era através de um fórum online sobre fantasias de actos sexuais não consentidos que o seu ex-marido contactava os homens que iam a sua casa violar a mulher, que tinha drogado previamente para esse efeito.

Gisèle quis que o julgamento do seu caso se tornasse público, recusando o anonimato oferecido às vítimas de violação. Esta mulher quis mudar a forma como a sociedade lida com estes casos, para que outras, quando acordarem sem memória, se possam lembrar do seu testemunho.

O tribunal condenou outros 50 homens, com sentenças entre os três e os 15 anos de prisão, por violação, tentativa de violação ou agressão sexual.

Este caso destrói o cliché do violador. Os abusadores são o que se pode classificar como “homens comuns” e familiares. Afinal, o que faz um abusador?

Neste episódio, Marlene Matos, professora associada da Universidade do Minho, onde coordena a equipa de Vitimologia e Sistema de Justiça, ajuda-nos a perceber os contornos deste caso.

Um tribunal franc&ecirc;s condenou ontem Dominique Pelicot &agrave; <a href="https://www.publico.pt/2024/12/19/mundo/noticia/dominique-pelicot-considerado-culpado-violacao-agravada-exmulher-gisele-2116252" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="2">pena m&aacute;xima de 20 anos</a> de pris&atilde;o pela viola&ccedil;&atilde;o agravada da sua ex-mulher Gis&egrave;le. Este homem foi condenado tamb&eacute;m pela tentativa de viola&ccedil;&atilde;o agravada da mulher de um co-arguido e de ter recolhido imagens &iacute;ntimas e sem consentimento da filha e de duas noras.&nbsp;
Gis&egrave;le Pelicot foi sedada e violada <a href="https://www.publico.pt/2024/11/20/mundo/noticia/sujeita-decada-abusos-sexuais-gisele-hora-mudar-sociedade-banaliza-violacao-2112664" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="3">durante dez anos sem o saber</a>. Era atrav&eacute;s de um f&oacute;rum&nbsp;online sobre fantasias de actos sexuais n&atilde;o consentidos que o seu ex-marido contactava os homens que iam a sua casa violar a mulher, que tinha drogado previamente para esse efeito.
Gis&egrave;le quis que o julgamento do seu caso se tornasse p&uacute;blico, recusando o anonimato oferecido &agrave;s v&iacute;timas de viola&ccedil;&atilde;o. Esta mulher quis <a href="https://www.publico.pt/2024/11/20/mundo/noticia/sujeita-decada-abusos-sexuais-gisele-hora-mudar-sociedade-banaliza-violacao-2112664" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="4">mudar a forma como a sociedade lida com estes casos</a>, para que outras, quando acordarem sem mem&oacute;ria, se possam lembrar do seu testemunho.
O tribunal condenou <a href="https://www.publico.pt/2024/12/19/mundo/noticia/50-arguidos-caso-gisele-pelicot-condenados-penas-3-15-anos-2116299" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="5">outros 50 homens</a>, com senten&ccedil;as entre os tr&ecirc;s e os 15 anos de pris&atilde;o, por viola&ccedil;&atilde;o, tentativa de viola&ccedil;&atilde;o ou agress&atilde;o sexual.
Este caso destr&oacute;i o clich&eacute; do violador. Os abusadores s&atilde;o o que se pode classificar como &ldquo;homens comuns&rdquo; e familiares. Afinal, o que faz um abusador?
Neste epis&oacute;dio, <a href="https://cipsi.uminho.pt/user/840" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="6">Marlene Matos</a>, professora associada da Universidade do Minho, onde coordena a equipa de Vitimologia e Sistema de Justi&ccedil;a, ajuda-nos a perceber os contornos deste caso.

Gisèle Pelicot quis que soubéssemos o que é uma violação

Cerca de 40% dos imigrantes com formação superior desempenha funções abaixo das suas qualificações em Portugal. No caso dos cidadãos nascidos no país, essa percentagem desce para 27%. Há dois factores que contribuem para diminuir este valor: a obtenção de um diploma numa universidade nacional e o domínio da língua.

Quase metade dos imigrantes com formação superior trabalha abaixo das qualificaçõesé o título de uma página interactiva, que pode ler hoje em público.pt, sobre o que se designa como brain waste, ou desperdício de talento, que afecta desproporcionalmente imigrantes como Tahir, que ouvimos no som de abertura.

Tahir trabalhava como engenheiro civil no Paquistão. Em Portugal, passa horas a repor prateleiras e a organizar o inventário do supermercado onde trabalha.

Esta é uma das histórias que pode ler nesta página, que compara a realidade portuguesa e a de outros países europeus, que resulta de um consórcio internacional, no qual participam o PÚBLICO, o El Pais, o Finantial Times, o Lightouse Reports e o Unbiased the News.

Neste episódio falamos com Rui Barros, jornalista de dados do PÚBLICO, e Beatriz Ramalho da Silva, da Lightouse Reports, que nos dizem que Portugal se destaca pela positiva quando comparado com outros países do Sul da Europa.

Cerca de 40% dos imigrantes com forma&ccedil;&atilde;o superior desempenha fun&ccedil;&otilde;es abaixo das suas qualifica&ccedil;&otilde;es em Portugal. No caso dos cidad&atilde;os nascidos no pa&iacute;s, essa percentagem desce para 27%. H&aacute; dois factores que contribuem para diminuir este valor: a obten&ccedil;&atilde;o de um diploma numa universidade nacional e o dom&iacute;nio da l&iacute;ngua.
<a href="https://brainwaste.vercel.app/quase-metade-imigrantes-emprego-abaixo-qualificacoes/" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="0">Quase metade dos imigrantes com forma&ccedil;&atilde;o superior trabalha abaixo das qualifica&ccedil;&otilde;es</a> &eacute; o t&iacute;tulo de uma p&aacute;gina interactiva, que pode ler hoje em p&uacute;blico.pt, sobre o que se designa como&nbsp;brain waste, ou desperd&iacute;cio de talento, que afecta desproporcionalmente imigrantes como Tahir, que ouvimos no som de abertura.
Tahir trabalhava como engenheiro civil no Paquist&atilde;o. Em Portugal, passa horas a repor prateleiras e a organizar o invent&aacute;rio do supermercado onde trabalha.
<a href="https://brainwaste.vercel.app/diploma-sem-valor-gianna-professora-brasil-portugal/" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="1">Esta &eacute; uma das hist&oacute;rias que pode ler nesta p&aacute;gina</a>, que compara a realidade portuguesa e a de outros pa&iacute;ses europeus, que resulta de um cons&oacute;rcio internacional, no qual participam o P&Uacute;BLICO, o El Pais, o Finantial Times, o Lightouse Reports e o Unbiased the News.
Neste epis&oacute;dio falamos com Rui Barros, jornalista de dados do P&Uacute;BLICO, e Beatriz Ramalho da Silva, da Lightouse Reports, que nos dizem que Portugal se destaca pela positiva quando comparado com outros pa&iacute;ses do Sul da Europa.

Portugal está a desperdiçar o talento dos imigrantes

O alerta foi apenas um alerta, mas tocou num nervo sensível da actualidade política e da preocupação dos cidadãos: Portugal arrisca-se a regressar aos défices das contas públicas, avisou o governador do Banco de Portugal, Mário Centeno. O ministro das Finanças, que aqui ouvimos, de Luis Montenegro ou o Presidente, desvalorizaram a previsão. Contra a opinião do governador têm as previsões da OCDE, do FMI e até do próprio Banco de Portugal, que ainda assim não inclui até agora nas suas contas o aumento da despesa inscrito no orçamento do próximo ano.

Para agravar as percepções e as angústias, os jornais têm noticiado uma vaga de falências de empresas nos últimos dias. Há sinais de abrandamento ou até derrapagem em indústrias como a do calçado, dos têxteis e vestuário ou dos componentes para automóveis, que por si só representa quase 15% do produto nacional bruto.

Afinal, o que está a acontecer? O país que até agora aparecia orgulhoso com as suas contas certas, o país que se destaca no mundo pela extraordinária redução da sua dívida pública, das famílias e empresas, o país que cresce acima da média europeia está a regressar à aflição dos velhos tempos? Não, calma, não estamos com um pé no fim do mundo e há vários analistas e organizações internacionais a afirmá-lo. Estamos sim, de resto como sempre, num momento de incerteza onde tudo o que corre bem pode correr mal de um dia para o outro.

Para já, se a Alemanha e a França apertam o cinto e travam as exportações nacionais, a Espanha, o nosso principal comprador de bens e serviços, continua a registar o crescimento mais elevado entre as economias avançadas. A folga nas contas do Estado, ou a situação financeira das empresas, estão bem e recomendam-se. E, como notava o Banco de Portugal no seu mais recente boletim, a produtividade cresce também por causa da melhor qualificação dos portugueses e do perfil de especialização da economia em produtos com mais tecnologia e valor acrescentado.

Para nos explicar a sua opinião entre o deve e o haver da conjuntura, temos hoje connosco o professor Daniel Bessa. Ex-ministro, académico, consultor de empresas com uma forte ligação ao país real, Daniel Bessa é um dos mais respeitados economistas do país.

O alerta foi apenas um alerta, mas tocou num nervo sens&iacute;vel da actualidade pol&iacute;tica e da preocupa&ccedil;&atilde;o dos cidad&atilde;os: Portugal arrisca-se a regressar aos d&eacute;fices das contas p&uacute;blicas, avisou o governador do Banco de Portugal, M&aacute;rio Centeno. O ministro das Finan&ccedil;as, que aqui ouvimos, de Luis Montenegro ou o Presidente, desvalorizaram a previs&atilde;o. Contra a opini&atilde;o do governador t&ecirc;m as previs&otilde;es da OCDE, do FMI e at&eacute; do pr&oacute;prio Banco de Portugal, que ainda assim n&atilde;o inclui at&eacute; agora nas suas contas o aumento da despesa inscrito no or&ccedil;amento do pr&oacute;ximo ano.
Para agravar as percep&ccedil;&otilde;es e as ang&uacute;stias, os jornais t&ecirc;m noticiado uma vaga de fal&ecirc;ncias de empresas nos &uacute;ltimos dias. H&aacute; sinais de abrandamento ou at&eacute; derrapagem em ind&uacute;strias como a do cal&ccedil;ado, dos t&ecirc;xteis e vestu&aacute;rio ou dos componentes para autom&oacute;veis, que por si s&oacute; representa quase 15% do produto nacional bruto.
Afinal, o que est&aacute; a acontecer? O pa&iacute;s que at&eacute; agora aparecia orgulhoso com as suas contas certas, o pa&iacute;s que se destaca no mundo pela extraordin&aacute;ria redu&ccedil;&atilde;o da sua d&iacute;vida p&uacute;blica, das fam&iacute;lias e empresas, o pa&iacute;s que cresce acima da m&eacute;dia europeia est&aacute; a regressar &agrave; afli&ccedil;&atilde;o dos velhos tempos? N&atilde;o, calma, n&atilde;o estamos com um p&eacute; no fim do mundo e h&aacute; v&aacute;rios analistas e organiza&ccedil;&otilde;es internacionais a afirm&aacute;-lo. Estamos sim, de resto como sempre, num momento de incerteza onde tudo o que corre bem pode correr mal de um dia para o outro.
Para j&aacute;, se a Alemanha e a Fran&ccedil;a apertam o cinto e travam as exporta&ccedil;&otilde;es nacionais, a Espanha, o nosso principal comprador de bens e servi&ccedil;os, continua a registar o crescimento mais elevado entre as economias avan&ccedil;adas. A folga nas contas do Estado, ou a situa&ccedil;&atilde;o financeira das empresas, est&atilde;o bem e recomendam-se. E, como notava o Banco de Portugal no seu mais recente boletim, a produtividade cresce tamb&eacute;m por causa da melhor qualifica&ccedil;&atilde;o dos portugueses e do perfil de especializa&ccedil;&atilde;o da economia em produtos com mais tecnologia e valor acrescentado.
Para nos explicar a sua opini&atilde;o entre o deve e o haver da conjuntura, temos hoje connosco o professor Daniel Bessa. Ex-ministro, acad&eacute;mico, consultor de empresas com uma forte liga&ccedil;&atilde;o ao pa&iacute;s real, Daniel Bessa &eacute; um dos mais respeitados economistas do pa&iacute;s.

Daniel Bessa acreditava mais na tese do défice se Centeno se não fosse pré-candidato à Presidência

Os jornalistas do PÚBLICO João Ruela Ribeiro e Joana Gonçalves andaram nos últimos dias pela capital da Geórgia, Tbilissi, e trouxeram-nos lições sobre as lutas do seu povo por bens preciosos que damos por adquiridos.

Nas ruas, durante os protestos que se arrastam há semanas contra a decisão do Governo de suspender as negociações para a adesão à União Europeia, ou na casa da família de Ioane e de Ekaterina, sabemos que há no mundo quem lute pela democracia como quem luta por um bem vital. Quem arrisque penas de prisão, espancamentos ou a morte em nome da liberdade.

Os georgianos sabem pela memória e pelas lições da Ucrânia que democracia e liberdade são valores que os aproximam à Europa e os separam da Rússia. Ou, por outras palavras, que os aproximam de nós. Mesmo que alguns de nós, seja pela abundância, pela rotina ou pelo esquecimento duvidem da Europa e simpatizem com a Rússia. O que os enviados do PÚBLICO nos trouxeram nas suas reportagens é afinal a prova de que há milhões de pessoas que arriscam as vidas para terem o que os europeus têm.

É por isso impossível não simpatizar com esse povo com uma longa história e identidade que passou os últimos séculos subjugado pelo poder da Pérsia, da Turquia e, há 200 anos, da Rússia. A Rússia que os fez pagar em 2007 o duro preço de querem a democracia e a liberdade, invadindo-os e, como agora no Donbass ucraniano, ocupando a Abkásia e a Ossétia do Sul. Mas eles não desistem. Nas ruas de Tblissi, a bandeira da Europa é a bandeira da soberania popular, dos direitos civis e da liberdade que as eleições suspeitas de Outubro e as manobras do Kremlin se esforçam por matar.

João Ruela Ribeiro viveu isso nos últimos dias e conta-nos o que viu, sentiu e contou em várias reportagens que fez com a Joana Gonçalves. 

Os jornalistas do P&Uacute;BLICO Jo&atilde;o Ruela Ribeiro e Joana Gon&ccedil;alves andaram nos &uacute;ltimos dias pela capital da Ge&oacute;rgia,&nbsp;Tbilissi, e trouxeram-nos li&ccedil;&otilde;es sobre as lutas do seu povo por bens preciosos que damos por adquiridos.
Nas ruas, durante os protestos que se arrastam h&aacute; semanas contra a decis&atilde;o do Governo de suspender as negocia&ccedil;&otilde;es para a ades&atilde;o &agrave; Uni&atilde;o Europeia, ou na casa da fam&iacute;lia de&nbsp;Ioane&nbsp;e de&nbsp;Ekaterina, sabemos que h&aacute; no mundo quem lute pela democracia como quem luta por um bem&nbsp;vital. Quem arrisque penas de pris&atilde;o, espancamentos ou a morte em nome da liberdade.
Os georgianos sabem pela mem&oacute;ria e pelas li&ccedil;&otilde;es da Ucr&acirc;nia que democracia e liberdade s&atilde;o valores que os aproximam &agrave; Europa e os separam da R&uacute;ssia. Ou, por outras palavras, que os aproximam de n&oacute;s. Mesmo que alguns de n&oacute;s, seja pela abund&acirc;ncia, pela rotina ou pelo esquecimento duvidem da Europa e simpatizem com a R&uacute;ssia. O que os enviados do P&Uacute;BLICO nos trouxeram nas suas reportagens &eacute; afinal a prova de que h&aacute; milh&otilde;es de pessoas que arriscam as vidas para terem o que os europeus t&ecirc;m.
&Eacute; por isso imposs&iacute;vel n&atilde;o simpatizar com esse povo com uma longa hist&oacute;ria e identidade que passou os &uacute;ltimos s&eacute;culos subjugado pelo poder da P&eacute;rsia, da Turquia e, h&aacute; 200 anos, da R&uacute;ssia. A R&uacute;ssia que os fez pagar em 2007 o duro pre&ccedil;o de querem a democracia e a liberdade, invadindo-os e, como agora no&nbsp;Donbass&nbsp;ucraniano, ocupando a&nbsp;Abk&aacute;sia&nbsp;e a Oss&eacute;tia do Sul. Mas eles n&atilde;o desistem. Nas ruas de&nbsp;Tblissi, a bandeira da Europa &eacute; a bandeira da soberania popular, dos direitos civis e da liberdade que as elei&ccedil;&otilde;es suspeitas de Outubro e as manobras do Kremlin se esfor&ccedil;am por matar.
Jo&atilde;o Ruela Ribeiro viveu isso nos &uacute;ltimos dias e conta-nos o que viu, sentiu e contou em v&aacute;rias reportagens que fez com a Joana Gon&ccedil;alves.&nbsp;

O povo da Geórgia ajuda-nos a dar valor ao que damos por adquirido

Está a indústria automóvel europeia em crise? A pergunta que entrou nas agendas da imprensa internacional, começou a alastrar no final de 2023 e, um ano depois, a resposta parece evidente: sim, está em crise. Há fábricas a fechar na Alemanha e na Bélgica, há planos de cortes severos de custos nas grandes construtoras e há demissões gestores até há bem pouco tempo considerados como estrelas no universo empresarial. Foi o caso do CEO da Stelantis, o português Carlos Tavares.

A crise que se foi agravando com a pandemia abrandou em 2023, mas este ano voltou à ordem do dia. O mercado europeu está em queda e o músculo exportador de marcas como a Volkswagen ou a BMW está a claudicar na área industrial do futuro, a dos carros eléctricos. Entre as principais 15 marcas mundiais deste sector, só uma é europeia, o que expõe uma realidade preocupante: a Europa deixou-se ultrapassar pelos americanos e, em especial, pelos chineses.

O plano inclinado desta indústria transformadora que emprega 13,8 milhões de europeus está a arrastar um dos mais importantes sectores exportadores de Portugal: o automóvel. No país emprega seis mil pessoas, e no ano passado exportou 14,3 mil milhões de euros, o que corresponde a 15,6% do total das vendas de bens transaccionáveis ao exterior.

Depois de anos de crescimento e consolidação, a indústria regista uma queda de 3,2% até Outubro face a 2023. O que basta para que se liguem os sinais de alarme: o prolongamento da crise europeia vai ter um preço elevado na economia portuguesa.

O que fazer perante a ameaça? A indústria nacional está preparada para novos desafios? Como pode aproveitar os incentivos que começam a discutidos para recolocar o sector automóvel europeu na posição de liderança que ocupou até agora?

Para falarmos sobre o estado do sector, as suas ameaças e oportunidades, convidámos para este episódio José Couto, presidente do Conselho de Administração da empresa Microplásticos, uma fábrica de componentes, e presidente da AFIA - Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.

Est&aacute; a ind&uacute;stria autom&oacute;vel europeia em crise? A pergunta que entrou nas agendas da imprensa internacional, come&ccedil;ou a alastrar no final de 2023 e, um ano depois, a resposta parece evidente: sim, est&aacute; em crise. H&aacute; f&aacute;bricas a fechar na Alemanha e na B&eacute;lgica, h&aacute; planos de cortes severos de custos nas grandes construtoras e h&aacute; demiss&otilde;es gestores at&eacute; h&aacute; bem pouco tempo considerados como estrelas no universo empresarial. Foi o caso do CEO da Stelantis, o portugu&ecirc;s Carlos Tavares.
A crise que se foi agravando com a pandemia abrandou em 2023, mas este ano voltou &agrave; ordem do dia. O mercado europeu est&aacute; em queda e o m&uacute;sculo exportador de marcas como a Volkswagen ou a BMW est&aacute; a claudicar na &aacute;rea industrial do futuro, a dos carros el&eacute;ctricos. Entre as principais 15 marcas mundiais deste sector, s&oacute; uma &eacute; europeia, o que exp&otilde;e uma realidade preocupante: a Europa deixou-se ultrapassar pelos americanos e, em especial, pelos chineses.
O plano inclinado desta ind&uacute;stria transformadora que emprega 13,8 milh&otilde;es de europeus est&aacute; a arrastar um dos mais importantes sectores exportadores de Portugal: o autom&oacute;vel. No pa&iacute;s emprega seis mil pessoas, e no ano passado exportou 14,3 mil milh&otilde;es de euros, o que corresponde a 15,6% do total das vendas de bens transaccion&aacute;veis ao exterior.
Depois de anos de crescimento e consolida&ccedil;&atilde;o, a ind&uacute;stria regista uma queda de 3,2% at&eacute; Outubro face a 2023. O que basta para que se liguem os sinais de alarme: o prolongamento da crise europeia vai ter um pre&ccedil;o elevado na economia portuguesa.
O que fazer perante a amea&ccedil;a? A ind&uacute;stria nacional est&aacute; preparada para novos desafios? Como pode aproveitar os incentivos que come&ccedil;am a discutidos para recolocar o sector autom&oacute;vel europeu na posi&ccedil;&atilde;o de lideran&ccedil;a que ocupou at&eacute; agora?
Para falarmos sobre o estado do sector, as suas amea&ccedil;as e oportunidades, convid&aacute;mos para este epis&oacute;dio Jos&eacute; Couto, presidente do Conselho de Administra&ccedil;&atilde;o da empresa Micropl&aacute;sticos, uma f&aacute;brica de componentes, e presidente da AFIA - Associa&ccedil;&atilde;o de Fabricantes para a Ind&uacute;stria Autom&oacute;vel.

A crise na indústria automóvel europeia é uma ameaça para a economia nacional

Em 2002, Augusta Duarte Martinho deixou de ser vista pela vizinhança do prédio da Rinchoa, concelho de Sintra, onde habitava. Desapareceu, apenas, e ninguém soube ou quis saber o que lhe tinha acontecido. Os seus restos mortais seriam descobertos nove anos depois na cozinha da sua casa. Não foram familiares, vizinhos ou os serviços da segurança social que a encontraram. Foi o fisco, mandado a sua casa para executar uma penhora por dívidas vencidas.

Esta semana, foi conhecida em Lisboa mais uma história lúgubre que revela a condição de solidão e abandono de tantos portugueses idosos e frágeis nas grandes cidades. Uma mulher de 92 anos e o seu filho de 63 foram descobertos sem vida pelas autoridades dentro da casa que habitavam. Supõe-se que primeiro morreu o filho; depois, a mãe, acamada por doença e incapaz de se locomover. Desta vez, o alerta foi dado pelos vizinhos, que estranharam o desaparecimento do homem e ficaram alarmados com o cheiro dos cadáveres em avançado estado de decomposição.

A revelação, chocante, confronta-nos pelo menos com três ordens de problemas: as condições desumanas em que vive uma parte dos nossos cidadãos mais idosos; as falhas de acompanhamento dos serviços públicos; e a dissolução das redes comunitárias das grandes cidades. Sem família próxima, sem amigos, sem vizinhos, muitos idosos ficam entregues a si próprios. A história desta semana em Lisboa é a prova desse abandono e dessa solidão.

Casos como estes exigem reflexão e medidas. Não apenas da parte dos poderes públicos, também da própria sociedade.

Para nos ajudar a perceber o que está em causa convidámos Fernando Bessa Ribeiro, Doutorado em Ciências Sociais, Professor Associado com Agregação do Departamento de Sociologia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e investigador integrado do CICS.Nova, um centro interdisciplinar dedicado à área da saúde.

Em 2002, Augusta Duarte Martinho deixou de ser vista pela vizinhan&ccedil;a do pr&eacute;dio da Rinchoa, concelho de Sintra, onde habitava. Desapareceu, apenas, e ningu&eacute;m soube ou quis saber o que lhe tinha acontecido. Os seus restos mortais seriam descobertos nove anos depois na cozinha da sua casa. N&atilde;o foram familiares, vizinhos ou os servi&ccedil;os da seguran&ccedil;a social que a encontraram. Foi o fisco, mandado a sua casa para executar uma penhora por d&iacute;vidas vencidas.
Esta semana, foi conhecida em Lisboa mais uma hist&oacute;ria l&uacute;gubre que revela a condi&ccedil;&atilde;o de solid&atilde;o e abandono de tantos portugueses idosos e fr&aacute;geis nas grandes cidades. Uma mulher de 92 anos e o seu filho de 63 foram descobertos sem vida pelas autoridades dentro da casa que habitavam. Sup&otilde;e-se que primeiro morreu o filho; depois, a m&atilde;e, acamada por doen&ccedil;a e incapaz de se locomover. Desta vez, o alerta foi dado pelos vizinhos, que estranharam o desaparecimento do homem e ficaram alarmados com o cheiro dos cad&aacute;veres em avan&ccedil;ado estado de decomposi&ccedil;&atilde;o.
A revela&ccedil;&atilde;o, chocante, confronta-nos pelo menos com tr&ecirc;s ordens de problemas: as condi&ccedil;&otilde;es desumanas em que vive uma parte dos nossos cidad&atilde;os mais idosos; as falhas de acompanhamento dos servi&ccedil;os p&uacute;blicos; e a dissolu&ccedil;&atilde;o das redes comunit&aacute;rias das grandes cidades. Sem fam&iacute;lia pr&oacute;xima, sem amigos, sem vizinhos, muitos idosos ficam entregues a si pr&oacute;prios. A hist&oacute;ria desta semana em Lisboa &eacute; a prova desse abandono e dessa solid&atilde;o.
Casos como estes exigem reflex&atilde;o e medidas. N&atilde;o apenas da parte dos poderes p&uacute;blicos, tamb&eacute;m da pr&oacute;pria sociedade.
Para nos ajudar a perceber o que est&aacute; em causa convid&aacute;mos Fernando Bessa Ribeiro,&nbsp;Doutorado em Ci&ecirc;ncias Sociais, Professor Associado com Agrega&ccedil;&atilde;o do Departamento de Sociologia do Instituto de Ci&ecirc;ncias Sociais da Universidade do Minho e investigador integrado do CICS.Nova, um centro interdisciplinar dedicado &agrave; &aacute;rea da sa&uacute;de.

Os idosos morrem nas cidades sem ninguém dar por isso

O Governo de Luís Montenegro completou ontem nove meses em função, no mesmo dia do último debate quinzenal do ano.

Com o orçamento aprovado, e com o cenário de eleições antecipadas mais longínquo, o mais previsível é que 2025 seja sinónimo de uma nova fase política. Veremos.

Nestes nove meses, o governo empenhou-se em medidas como a valorização das carreiras da função pública, o fim das manifestações de interesse, a revogação das medidas do programa socialista Mais Habitação ou o pacote de apoios para a Comunicação Social.

Nesta transição governamental ficou evidente, também, o desejo de substituir as chefias do Estado. As demissões e exonerações têm sido uma constante destes nove meses, em particular no Ministério da Saúde.

Este período de mudanças começou com a demissão de Fernando Araújo do cargo de director executivo do SNS, em Abril, e prolongou-se até ao afastamento, mais recentemente, de Francisca Carneiro Fernandes da presidência do Centro Cultural de Belém, como ouvimos no som de abertura.

Neste episódio, Patrícia Silva, cientista política da Universidade de Aveiro e autora de Jobs for the boys?, fala-nos na necessidade de clarificar os processos das nomeações para a administração pública.

O Governo de Lu&iacute;s Montenegro completou ontem nove meses em fun&ccedil;&atilde;o, no mesmo dia do &uacute;ltimo debate quinzenal do ano.
Com o or&ccedil;amento aprovado, e com o cen&aacute;rio de elei&ccedil;&otilde;es antecipadas mais long&iacute;nquo, o mais previs&iacute;vel &eacute; que 2025 seja sin&oacute;nimo de uma nova fase pol&iacute;tica. Veremos.
<a href="https://www.publico.pt/2024/12/11/politica/noticia/saude-imigracao-nove-medidas-emblematicas-nove-meses-governo-2115168" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2024/12/11/politica/noticia/saude-imigracao-nove-medidas-emblematicas-nove-meses-governo-2115168">Nestes nove meses</a>, o governo empenhou-se em medidas como a valoriza&ccedil;&atilde;o das carreiras da fun&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, o fim das manifesta&ccedil;&otilde;es de interesse, a revoga&ccedil;&atilde;o das medidas do programa socialista Mais Habita&ccedil;&atilde;o ou o pacote de apoios para a Comunica&ccedil;&atilde;o Social.
Nesta transi&ccedil;&atilde;o governamental ficou evidente, tamb&eacute;m, o desejo de substituir as chefias do Estado. As demiss&otilde;es e exonera&ccedil;&otilde;es t&ecirc;m sido uma constante destes nove meses, em particular no Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.
Este per&iacute;odo de mudan&ccedil;as come&ccedil;ou com a demiss&atilde;o de Fernando Ara&uacute;jo do cargo de director executivo do SNS, em Abril, e prolongou-se at&eacute; ao afastamento, mais recentemente, de&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2024/12/11/culturaipsilon/noticia/expresidente-centro-cultural-belem-vai-impugnar-exoneracao-2115182" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2024/12/11/culturaipsilon/noticia/expresidente-centro-cultural-belem-vai-impugnar-exoneracao-2115182">Francisca Carneiro Fernandes</a>&nbsp;da presid&ecirc;ncia do Centro Cultural de Bel&eacute;m, como ouvimos no som de abertura.
Neste epis&oacute;dio,&nbsp;<a href="https://govcopp.ua.pt/user/804" data-cke-saved-href="https://govcopp.ua.pt/user/804">Patr&iacute;cia Silva</a>, cientista pol&iacute;tica da Universidade de Aveiro e autora de&nbsp;<a href="https://ffms.pt/pt-pt/livraria/jobs-boys-nomeacoes-para-administracao-publica" data-cke-saved-href="https://ffms.pt/pt-pt/livraria/jobs-boys-nomeacoes-para-administracao-publica">Jobs for&nbsp;the&nbsp;boys?</a>, fala-nos na necessidade de clarificar os processos das nomea&ccedil;&otilde;es para a administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica.

Os partidos podem evitar os jobs for the boys and girls, mas não evitam

Na Faixa de Gaza, já foram mortas, pelo menos, mais de 44 mil pessoas e feridas mais de 105 mil.

Nunca tantas crianças morreram em tão pouco tempo, cerca de 20 mil, no período de um ano. Não há memória de um número tão grande de crianças amputadas ou órfãs. Cerca de 90 % da população sofre de fome ou está em risco de insegurança alimentar aguda.

O que Israel está a fazer é um genocídio, concluiu um relatório da Amnistia Internacional, divulgado na semana passada.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita rejeitou as acusações e considerou que o relatório era falso e baseado em mentiras.

De acordo com a UNOPS, o Gabinete das Nações Unidas para os Serviços de Projectos, há 2,1 milhões de pessoas a viver "num verdadeiro inferno e "mais de 70 por cento da infra-estrutura civil — casas, hospitais, escolas, água e instalações sanitárias — foi destruída ou severamente danificada".

Neste episódio do podcast P24, ouvimos o director executivo da UNOPS e subsecretário geral das Nações Unidas, o português Jorge Moreira da Silva, que nos diz que em Gaza não estamos diante de uma crise humanitária, mas sim de uma crise de humanidade.

Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts.​ Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.

Na Faixa de Gaza, já foram mortas, pelo menos, mais de 44 mil pessoas e feridas mais de 105 mil.
Nunca tantas crianças morreram em tão pouco tempo, cerca de 20 mil, no período de um ano. Não há memória de um número tão grande de crianças amputadas ou órfãs. Cerca de 90 % da população sofre de fome ou está em risco de insegurança alimentar aguda.
O que Israel está a fazer é um genocídio, <a href="https://www.publico.pt/2024/12/05/mundo/noticia/amnistia-internacional-israel-cometer-genocidio-gaza-parar-2114454" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="1" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2024/12/05/mundo/noticia/amnistia-internacional-israel-cometer-genocidio-gaza-parar-2114454">concluiu um relatório da Amnistia Internacional</a>, divulgado na semana passada.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita rejeitou as acusações e considerou que o relatório era falso e baseado em mentiras.
De acordo com a UNOPS, o Gabinete das Nações Unidas para os Serviços de Projectos, há 2,1 milhões de pessoas a viver "num verdadeiro inferno e "mais de 70 por cento da infra-estrutura civil — casas, hospitais, escolas, água e instalações sanitárias — foi destruída ou severamente danificada".
Neste episódio do podcast P24, ouvimos o director executivo da UNOPS e subsecretário geral das Nações Unidas, o português Jorge Moreira da Silva, que nos diz que em Gaza não estamos diante de uma crise humanitária, mas sim de uma crise de humanidade.
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Gaza: “Nunca tantas crianças morreram em tão pouco tempo”

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