A historiadora Irene Pimentel passou o dia 25 de Abril escondida numa casa segura, por indicação da organização a que pertencia, pois tinha andado a colar cartazes na noite anterior. Foi politicamente activa antes da Revolução, tendo-se tornado uma reputada especialista no estudo do Estado Novo, da II Guerra Mundial, da situação das mulheres em Portugal ao longo do século XX e na política política de Salazar e Caetano.
É licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, mestre em História Contemporânea (século XX) e doutorada em História Institucional e Política Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Hoje é Investigadora do Instituto de História Contemporânea dessa Universidade.
É autora de numerosos livros, tais como "Holocausto" (Temas e Debates, 2020), "Informadores da PIDE" (Temas e debates, 2022, "O essencial sobre a PIDE" (Imprensa Nacional, 2024), "Do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975" (Temas e Debates) 2024, que são apenas alguns dos mais recentes. Foi também co-autora de uma série de documentários sobre a polícia política do Estado Novo para a RTP e dos textos da exposição «A Voz das Vítimas», patente no Museu do Aljube em 2011
Tem vários prémios e distinções entre os quais o Prémio Pessoa, em 2007. É também Chevalière de la Légion d ́Honneur francesa, desde 2015.