A conversa de hoje é com o escritor, João Silvério Trevisan, 74, que examina séculos de contradição da história sexual no Brasil com seu Livro "Devassos no Paraíso".

A conversa de hoje é com o escritor, João Silvério Trevisan, 74, que examina séculos de contradição da história sexual no Brasil com seu Livro "Devassos no Paraíso".

A equipe de jornalistas da Ilustríssima, da Folha, entrevista autores de livros de não ficção ou de pesquisas acadêmicas.

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Ilustríssima Conversa

A equipe de jornalistas da Ilustr&iacute;ssima, da Folha, entrevista autores de livros de n&atilde;o fic&ccedil;&atilde;o ou de pesquisas acad&ecirc;micas.

Ilustríssima conversa com João Silvério Trevisan.

Bolsonaro se apropriou de slogan dos gays, afirma escritor

Um motorista do 474, conhecido como linha do inferno no Rio de Janeiro, contou a Gabriel Weber que se, se a previsão do fim de semana é de sol, ele começa a "meter Alprazolam", um ansiolítico, já na quinta-feira.

O arquiteto é autor de "474 Jacaré/Copacabana". O livro, a partir de um olhar de dentro do 474, busca entender o Rio de Janeiro e suas desigualdades.

O ônibus liga o que ele chama de bairros-cativeiro da massa falida da zona norte a uma zona sul com um microclima mais ameno, que abriga as praias das pessoas de bem e onde toca João Gilberto.

O túnel que liga os dois Rios, Weber diz, é como um portal místico —e depois de cruzá-lo, com jovens surfando em cima do ônibus e viajando nas janelas, o ônibus provoca um Big Bang na zona sul e se torna alvo da polícia.

Para ele, por outro lado, esse corte que marca a urbanização carioca não gera uma cidade partida e o próprio 474 é um dos vetores que costuram os vários fragmentos do Rio de Janeiro.

Nesta entrevista, o arquiteto afirma que não ignora os problemas de segurança relacionados à linha, mas defende que é preciso lembrar as condições de vida dos moradores dos bairros precários da zona norte e a elite segregacionista da zona sul, que vê as praias como espaços de uso exclusivo.

Weber também discutiu as questões de gênero e racial que se manifestam no 474 e contou algumas histórias que presenciou, como um homem que desrespeitou o código de ética da linha roubando uma moradora da zona norte e acabou empurrado para fora do ônibus.
Produção e apresentação: Eduardo Sombini
Edição de som: Raphael Concli

Um motorista do 474, conhecido como linha do inferno no Rio de Janeiro, contou a Gabriel Weber que se, se a previs&atilde;o do fim de semana &eacute; de sol, ele come&ccedil;a a "meter Alprazolam", um ansiol&iacute;tico, j&aacute; na quinta-feira.
O arquiteto &eacute; autor de "<a href="https://sobinfluencia.com/produtos/474-jacare-copacabana/" data-cke-saved-href="https://sobinfluencia.com/produtos/474-jacare-copacabana/">474 Jacar&eacute;/Copacabana</a>". O livro, a partir de um olhar de dentro do 474, busca entender o Rio de Janeiro e suas desigualdades.
O &ocirc;nibus liga o que ele chama de bairros-cativeiro da massa falida da zona norte a uma zona sul com um microclima mais ameno, que abriga as praias das pessoas de bem e onde toca Jo&atilde;o Gilberto.
O t&uacute;nel que liga os dois Rios, Weber diz, &eacute; como um portal m&iacute;stico &mdash;e depois de cruz&aacute;-lo, com jovens surfando em cima do &ocirc;nibus e viajando nas janelas, o &ocirc;nibus provoca um Big Bang na zona sul e se torna alvo da pol&iacute;cia.
Para ele, por outro lado, esse corte que marca a urbaniza&ccedil;&atilde;o carioca n&atilde;o gera uma cidade partida e o pr&oacute;prio 474 &eacute; um dos vetores que costuram os v&aacute;rios fragmentos do Rio de Janeiro.
Nesta entrevista, o arquiteto afirma que n&atilde;o ignora os&nbsp;problemas de seguran&ccedil;a relacionados &agrave; linha, mas defende que &eacute; preciso lembrar as condi&ccedil;&otilde;es de vida dos moradores dos bairros prec&aacute;rios da zona norte e a elite segregacionista da zona sul, que v&ecirc; as praias como espa&ccedil;os de uso exclusivo.
Weber tamb&eacute;m discutiu as quest&otilde;es de g&ecirc;nero e racial que se manifestam no 474 e contou algumas hist&oacute;rias que presenciou, como um homem que desrespeitou o c&oacute;digo de &eacute;tica da linha roubando uma moradora da zona norte e acabou empurrado para fora do &ocirc;nibus.
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<li>Produ&ccedil;&atilde;o e apresenta&ccedil;&atilde;o:&nbsp;<a href="https://www1.folha.uol.com.br/autores/eduardo-sombini.shtml">Eduardo Sombini</a></li>
<li>Edi&ccedil;&atilde;o de som:&nbsp;<a href="https://www1.folha.uol.com.br/autores/raphael-concli.shtml">Raphael Concli</a></li>
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Gabriel Weber: Ônibus que leva a praias da zona sul do Rio costura cidade fragmentada

As mulheres negras vêm transformando o nada —o rebaixamento a que foram submetidas pelo colonialismo e pela escravidão— em quase tudo, diz Rosane Borges, doutora em comunicação e linguagem pela USP e professora da PUC São Paulo.

Com a expressão quase tudo, ela faz referência a uma infinidade de iniciativas que buscam tirar as mulheres negras da base da pirâmide social e, ao mesmo tempo, construir novos imaginários para enfrentar os estereótipos racistas e sexistas que se afirmaram nos últimos séculos.

Em "Imaginários Emergentes e Mulheres Negras", a pesquisadora analisa o tema e defende que a emancipação das mulheres negras demanda a construção de uma fábrica de imaginários, semelhante a Hollywood, para criar um novo conjunto de narrativas.

Neste episódio, Borges discute as imagens negativas criadas pelo colonialismo sobre as pessoas negras e afirma que essas representações se tornaram uma profecia autorrealizável, que continua perpetuando desigualdades e o racismo.

A autora também diz que esse imaginário tem tudo a ver com a indicação de Jorge Messias ao STF, pelo presidente Lula, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Produção e apresentação: Eduardo Sombini
Edição de som: Raphael Concli

As mulheres negras v&ecirc;m transformando o nada &mdash;o rebaixamento a que foram submetidas pelo colonialismo e pela escravid&atilde;o&mdash; em quase tudo, diz Rosane Borges, doutora em comunica&ccedil;&atilde;o e linguagem pela USP e professora da PUC S&atilde;o Paulo.
Com a express&atilde;o quase tudo, ela faz refer&ecirc;ncia a uma infinidade de iniciativas que buscam tirar as mulheres negras da base da pir&acirc;mide social e, ao mesmo tempo, construir novos imagin&aacute;rios para enfrentar os estere&oacute;tipos racistas e sexistas que se afirmaram nos &uacute;ltimos s&eacute;culos.
Em "<a href="https://editorainstante.com.br/produtos/imaginarios-emergentes-e-mulheres-negras-scvhn/" data-cke-saved-href="https://editorainstante.com.br/produtos/imaginarios-emergentes-e-mulheres-negras-scvhn/">Imagin&aacute;rios Emergentes e Mulheres&nbsp;</a><a href="https://editorainstante.com.br/produtos/imaginarios-emergentes-e-mulheres-negras-scvhn/" data-cke-saved-href="https://editorainstante.com.br/produtos/imaginarios-emergentes-e-mulheres-negras-scvhn/">Negras</a>", a pesquisadora analisa o tema e defende que a emancipa&ccedil;&atilde;o das mulheres negras demanda a constru&ccedil;&atilde;o de uma f&aacute;brica de imagin&aacute;rios, semelhante a Hollywood, para criar um novo conjunto de narrativas.
Neste epis&oacute;dio, Borges discute as imagens negativas criadas pelo colonialismo sobre as pessoas negras e afirma que essas representa&ccedil;&otilde;es se tornaram uma profecia autorrealiz&aacute;vel, que continua perpetuando desigualdades e o racismo.
A autora tamb&eacute;m diz que esse imagin&aacute;rio tem tudo a ver com a indica&ccedil;&atilde;o de Jorge Messias ao STF, pelo presidente Lula, em 20 de novembro, Dia da Consci&ecirc;ncia Negra.
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<li>Produ&ccedil;&atilde;o e apresenta&ccedil;&atilde;o:&nbsp;<a href="https://www1.folha.uol.com.br/autores/eduardo-sombini.shtml">Eduardo Sombini</a></li>
<li>Edi&ccedil;&atilde;o de som:&nbsp;<a href="https://www1.folha.uol.com.br/autores/raphael-concli.shtml">Raphael Concli</a></li>
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Rosane Borges: Mulheres negras enfrentam imaginário racista e constroem novo futuro

Não existe floresta sem gente —seja porque a amazônia, longe de ser um bioma intocado, foi cultivada por povos originários ao longo de milhares de anos, seja porque extrativistas, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e tantos outros grupos se tornaram guardiões da floresta.

Essa ideia é o ponto de partida de "Floresta na Boca", livro da chef Bel Coelho sobre os sistemas alimentares da amazônia, enraizados tanto nos ingredientes da floresta quanto nas práticas das populações da região.

A autora lança na COP30, em Belém, o livro e um documentário sobre a amazônia, que são resultado de duas expedições realizadas neste ano no Pará.

Nesta entrevista, a chef diz que a culinária brasileira ainda é muito distante dos ingredientes da nossa biodiversidade e que o apagamento cultural de certos alimentos pode levar à sua extinção ambiental, impulsionando uma agricultura colonizada.

Ela também explica por que considera a mandioca a rainha do Brasil, fala sobre os riscos da açaização da amazônia —o incentivo à monocultura do açaí devido ao aumento do seu preço nos mercados— e discute o protagonismo feminino em experiências de conservação da floresta.

Por fim, Bel Coelho defende uma transformação na nossa alimentação para lidar com a crise climática, por meio do consumo de ingredientes nativos e da remuneração justa de produtores comprometidos em manter a floresta em pé.
Produção e apresentação: Eduardo Sombini
Edição de som: Raphael Concli

N&atilde;o existe floresta sem gente &mdash;seja porque a amaz&ocirc;nia, longe de ser um bioma intocado, foi cultivada por povos origin&aacute;rios ao longo de milhares de anos, seja porque extrativistas, ind&iacute;genas, quilombolas, ribeirinhos e tantos outros grupos se tornaram guardi&otilde;es da floresta.
Essa ideia &eacute; o ponto de partida de "<a href="https://www1.folha.uol.com.br/comida/2025/10/bel-coelho-investiga-comida-da-amazonia-ao-lado-de-quem-a-produz.shtml" data-cke-saved-href="https://www1.folha.uol.com.br/comida/2025/10/bel-coelho-investiga-comida-da-amazonia-ao-lado-de-quem-a-produz.shtml">Floresta na Boca</a>", livro da chef Bel Coelho sobre os sistemas alimentares da amaz&ocirc;nia, enraizados tanto nos ingredientes da floresta quanto nas pr&aacute;ticas das popula&ccedil;&otilde;es da regi&atilde;o.
A autora lan&ccedil;a na COP30, em Bel&eacute;m, o livro e um document&aacute;rio sobre a amaz&ocirc;nia, que s&atilde;o resultado de duas expedi&ccedil;&otilde;es realizadas neste ano no Par&aacute;.
Nesta entrevista, a chef diz que a culin&aacute;ria brasileira ainda &eacute; muito distante dos ingredientes da nossa biodiversidade e que o apagamento cultural de certos alimentos pode levar &agrave; sua extin&ccedil;&atilde;o ambiental, impulsionando uma agricultura colonizada.
Ela tamb&eacute;m explica por que considera a mandioca a rainha do Brasil, fala sobre os riscos da a&ccedil;aiza&ccedil;&atilde;o da amaz&ocirc;nia &mdash;o incentivo &agrave; monocultura do a&ccedil;a&iacute; devido ao aumento do seu pre&ccedil;o nos mercados&mdash; e discute o protagonismo feminino em experi&ecirc;ncias de conserva&ccedil;&atilde;o da floresta.
Por fim, Bel Coelho defende uma transforma&ccedil;&atilde;o na nossa alimenta&ccedil;&atilde;o para lidar com a crise clim&aacute;tica, por meio do consumo de ingredientes nativos e da remunera&ccedil;&atilde;o justa de produtores comprometidos em manter a floresta em p&eacute;.
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<li>Produ&ccedil;&atilde;o e apresenta&ccedil;&atilde;o:&nbsp;<a href="https://www1.folha.uol.com.br/autores/eduardo-sombini.shtml">Eduardo Sombini</a></li>
<li>Edi&ccedil;&atilde;o de som:&nbsp;<a href="https://www1.folha.uol.com.br/autores/raphael-concli.shtml">Raphael Concli</a></li>
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Bolsonaro se apropriou de slogan dos gays, afirma escritor

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