Nasceu em 1975, no Alentejo. A infância foi “comedida” e sem grandes luxos na pequena vila de Alter do Chão, em Portalegre. Os pais tinham a 4ª classe e "trabalharam muito para que os filhos pudessem estudar". O primeiro livro que leu chegou-lhe pela carrinha da Biblioteca Itinerante da Gulbenkian. Portugal parecia demasiado pequeno para “perceber a origem da vida”. Doutorou-se em Genética Evolutiva na Universidade de Edimburgo, na Escócia, mas o coração esteve sempre em Portugal: “Só me reformo quando já não conseguir pensar. Devo isso ao meu país”. Numa conversa emocionada com Bernardo Ferrão, a investigadora Isabel Gordo fala sobre os perigos, receios e potencialidades das novas tecnologias, a valorização da Ciência e da “pandemia silenciosa” em que acredita que vivemos.