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Tânia Ganho: “Os primeiros sinais do Alzheimer estão lá e ninguém os vê, comecei a dizer que o meu pai tinha Alzheimer e diziam-me que andava a imaginar coisas”

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Geração 70

Não é um podcast de política ou de economia, nem de artes ou ciência. É uma conversa solta com os protagonistas de hoje que nasceram na década de 70.  
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Nasceu em Coimbra, em 1973. É a mais nova de dois irmãos, filha do “senhor doutor”, figura respeitada na terra e a quem todos recorriam. Desde pequena que tem uma relação de “amor e ódio” com cidade onde cresceu. Sentia-se “claustrofóbica” porque tudo era campo e distante da realidade de Lisboa ou do Porto. Começou a escrever aos 12 anos. E foi com a escrita que percebeu que lhe faltava mundo e horizontes. O pai era madeirense e a família passava as férias de verão na “ilha”. Desde os 18 anos que não regressa ao Funchal com receio de encontrar outra terra e "apagar" as memórias de uma infância feliz. Em casa falava-se de figuras políticas e menos de política ou partidos. O pai sempre a incentivou a ter espírito crítico e hoje não escolhe partidos, nem clubes de futebol, prefere as pessoas com ideais. Foi ele que homenageou no primeiro livro de memórias da carreira. “Não foi um livro planeado. "Escrevi meia dúzia de linhas para anunciar a morte do meu pai no Facebook e a partir desse momento não parei de escrever na minha cabeça. Escrevi durante dias”. A escritora, romancista e tradutora literária, Tânia Ganho é a convidada de Bernardo Ferrão no Geração 70.

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