Paul Kagame acaba de ser reeleito para um quarto mandato presidencial. O homem que apresentou “uma visão de desenvolvimento do novo Ruanda”, acompanhada por um espartilho democrático e elevados índices de pobreza e desemprego, coloca o país num outro dilema três décadas depois do genocídio: quem poderá suceder-lhe? As mais recentes eleições presidenciais e legislativas no Ruanda realizaram-se a 15 de julho, dia em que se cumpriram 30 anos sobre o fim do genocídio no país. Em cerca de 100 dias, entre abril e julho de 1994, foram mortos mais de 800 mil civis: tutsis na maioria, mas também hutus moderados.