Em plena cimeira das Nações Unidas sobre o clima, chamamos ao debate um perito que há décadas se dedica às questões ambientais

O convidado desta semana, Jorge Moreira da Silva, chegou de Belém no dia em que gravámos, tendo estado recentemente na Jamaica, onde pôde testemunhar os efeitos do furação Melissa naquela ilha das Caraíbas. Subsecretário-geral da ONU e diretor executivo da UNOPS, antigo eurodeputado e ministro do Ambiente, é a pessoa mais qualificada para explicar o que está em causa neste dossiê global.

Em plena cimeira das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre o clima, chamamos ao debate um perito que h&aacute; d&eacute;cadas se dedica &agrave;s quest&otilde;es ambientais
O convidado desta semana, Jorge Moreira da Silva, chegou de Bel&eacute;m no dia em que grav&aacute;mos, tendo estado recentemente na Jamaica, onde p&ocirc;de testemunhar os efeitos do fura&ccedil;&atilde;o Melissa naquela ilha das Cara&iacute;bas. Subsecret&aacute;rio-geral da ONU e diretor executivo da UNOPS, antigo eurodeputado e ministro do Ambiente, &eacute; a pessoa mais qualificada para explicar o que est&aacute; em causa neste dossi&ecirc; global.

Podcast da secção de internacional do Expresso assinado por Ana França, Hélder Gomes, Catarina Maldonado Vasconcelos, Pedro Cordeiro e Mara Tribuna. Episódios semanais sobre assuntos que dominam a atualidade mundial, com jornalistas, correspondentes e outros convidados

Podcast da sec&ccedil;&atilde;o de internacional do Expresso assinado por Ana Fran&ccedil;a, H&eacute;lder Gomes, Catarina Maldonado Vasconcelos, Pedro Cordeiro e Mara Tribuna. Epis&oacute;dios semanais sobre assuntos que dominam a atualidade mundial, com jornalistas, correspondentes e outros convidados

Podcast da secção de internacional do Expresso assinado por Hélder Gomes, Pedro Cordeiro, Mara Tribuna e Ana França

O Mundo a Seus Pés

Podcast da secção de internacional do Expresso. Episódios quinzenais sobre assuntos que dominam a atualidade mundial, com jornalistas, correspondentes e outros convidados

Podcast da sec&ccedil;&atilde;o de internacional do Expresso. Epis&oacute;dios quinzenais sobre assuntos que dominam a atualidade mundial, com jornalistas, correspondentes e outros convidados

Jorge Moreira da Silva é convidado este episódio.

COP30: é desta que vamos salvar o planeta?

Os guineenses voltam a viver um regime de exceção com a tomada do poder por militares. O Presidente cessante, que terá perdido as eleições de domingo, fugiu para o Senegal, mas continua a ter os seus homens de confiança em Bissau.

Fernando Jorge Pereira, correspondente do Expresso na Guiné-Bissau e Teresa Almeida Cravo, professora de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Estudos Sociais são os convidados do jornalista Hélder Gomes.

Os guineenses voltam a viver um regime de exce&ccedil;&atilde;o com a tomada do poder por militares. O Presidente cessante, que ter&aacute; perdido as elei&ccedil;&otilde;es de domingo, fugiu para o Senegal, mas continua a ter os seus homens de confian&ccedil;a em Bissau.
Fernando Jorge Pereira, correspondente do Expresso na Guin&eacute;-Bissau e Teresa Almeida Cravo, professora de Rela&ccedil;&otilde;es Internacionais na Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Estudos Sociais s&atilde;o os convidados do jornalista H&eacute;lder Gomes.

Fernando Jorge Pereira, correspondente do Expresso na Guiné-Bissau e Teresa Almeida Cravo, professora de Relações Internacionais na Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Estudos Sociais são os convidados do jornalista Hélder Gomes.

Golpe de Estado na Guiné-Bissau? “Uma mascarada. Um autogolpe, sem dúvida”

Um pequeno país com uma guerra muito recente por uma independência que ainda nem é reconhecida por todos os países da União Europeia. Foi em 2008 que nasceu o Kosovo, um país de maioria albanesa (mais de 90%), mas que a Sérvia continua a considerar como uma província sua, que lhe foi roubada, com a ajuda direta da NATO, que em 1999 bombardeou Belgrado por “razões humanitárias”.

Esse ataque nunca foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, e por isso é considerado ilegal à luz da lei internacional. Mas quem caminha em Pristina, a capital do Kosovo, depara-se em todo o lado com as homenagens dos habitantes aos maiores poderes da NATO, Reino Unido e Estados Unidos, em forma de bandeiras, nomes de ruas e avenidas e mesmo nos nomes das pessoas. “Tonibler” é um nome comum para um rapaz kosovar, devido à ligação do antigo-primeiro ministro britânico, Tony Blair, nessa decisão da NATO.

Mas a norte ainda vivem muitos sérvios, por ter sido sempre a sua casa, e os seus direitos foram esquecidos neste novo Kosovo. O seu acesso à justiça é limitado, os seus direitos de associação também, a educação, a rede de apoios sociais, estabelecer um negócio, demonstrar livremente a sua religião, ortodoxa, tudo é mais difícil para um sérvio residente no Kosovo.

E no horizonte, tanto para sérvios como para kosovares, a União Europeia, o mesmo sonho distante. De tempos a tempos, os problemas entre as duas comunidades voltam a ser notícia, trocam-se tiros, montam-se barricadas entre o norte e o sul, as forças de manutenção da paz voltam a ter de intervir, e, até agora, tudo isto tem passado com críticas mais ou menos duras de Bruxelas. No entanto, a guerra da Ucrânia está a voltar a fazer a Europa falar de “lados” certos e errados e os Balcãs Ocidentais, todos com pretensões de adesão à UE e todos eles em banho-maria há anos, ou décadas. A Sérvia deu início ao processo em 2009, tal como a Albânia. O risco de que possam passar a olhar para leste se desde lado se continuarmos sem lhes prestar atenção é real.

O editor de internacional do Expresso foi convidado pelo Governo do Kosovo para uma visita ao país e neste episódio fala-nos de um país jovem, como muita vontade de um futuro europeu.


 

Um pequeno pa&iacute;s com uma guerra muito recente por uma independ&ecirc;ncia que ainda nem &eacute; reconhecida por todos os pa&iacute;ses da Uni&atilde;o Europeia. Foi em 2008 que nasceu o Kosovo, um pa&iacute;s de maioria albanesa (mais de 90%), mas que a S&eacute;rvia continua a considerar como uma prov&iacute;ncia sua, que lhe foi roubada, com a ajuda direta da NATO, que em 1999 bombardeou Belgrado por &ldquo;raz&otilde;es humanit&aacute;rias&rdquo;.
Esse ataque nunca foi aprovado pelo Conselho de Seguran&ccedil;a da ONU, e por isso &eacute; considerado ilegal &agrave; luz da lei internacional. Mas quem caminha em Pristina, a capital do Kosovo, depara-se em todo o lado com as homenagens dos habitantes aos maiores poderes da NATO, Reino Unido e Estados Unidos, em forma de bandeiras, nomes de ruas e avenidas e mesmo nos nomes das pessoas. &ldquo;Tonibler&rdquo; &eacute; um nome comum para um rapaz kosovar, devido &agrave; liga&ccedil;&atilde;o do antigo-primeiro ministro brit&acirc;nico, Tony Blair, nessa decis&atilde;o da NATO.
Mas a norte ainda vivem muitos s&eacute;rvios, por ter sido sempre a sua casa, e os seus direitos foram esquecidos neste novo Kosovo. O seu acesso &agrave; justi&ccedil;a &eacute; limitado, os seus direitos de associa&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m, a educa&ccedil;&atilde;o, a rede de apoios sociais, estabelecer um neg&oacute;cio, demonstrar livremente a sua religi&atilde;o, ortodoxa, tudo &eacute; mais dif&iacute;cil para um s&eacute;rvio residente no Kosovo.
E no horizonte, tanto para s&eacute;rvios como para kosovares, a Uni&atilde;o Europeia, o mesmo sonho distante. De tempos a tempos, os problemas entre as duas comunidades voltam a ser not&iacute;cia, trocam-se tiros, montam-se barricadas entre o norte e o sul, as for&ccedil;as de manuten&ccedil;&atilde;o da paz voltam a ter de intervir, e, at&eacute; agora, tudo isto tem passado com cr&iacute;ticas mais ou menos duras de Bruxelas. No entanto, a guerra da Ucr&acirc;nia est&aacute; a voltar a fazer a Europa falar de &ldquo;lados&rdquo; certos e errados e os Balc&atilde;s Ocidentais, todos com pretens&otilde;es de ades&atilde;o &agrave; UE e todos eles em banho-maria h&aacute; anos, ou d&eacute;cadas. A S&eacute;rvia deu in&iacute;cio ao processo em 2009, tal como a Alb&acirc;nia. O risco de que possam passar a olhar para leste se desde lado se continuarmos sem lhes prestar aten&ccedil;&atilde;o &eacute; real.
O editor de internacional do Expresso foi convidado pelo Governo do Kosovo para uma visita ao pa&iacute;s e neste epis&oacute;dio fala-nos de um pa&iacute;s jovem, como muita vontade de um futuro europeu.
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Um país jovem, o mais jovem da Europa, onde a idade média da população está nos 32 anos, e que, como tal, pensa muito mais no seu futuro do que no seu passado. As relações com a Sérvia, próxima de Moscovo, são tensas, quando não abertamente hostis e o caminho para a UE aparece quase como miragem. O editor de internacional do Expresso esteve no país a convite do Governo de Pristina

Uma visita do Expresso ao Kosovo, onde se fala muito de futuro mas a política ainda é “nós e eles”

Depois de poças de sangue terem sido vistas do espaço, na sequência da chacina em El Fasher, no Sudão, os analistas Miguel Monjardino e Teresa Almeida Cravo debruçam-se sobre a situação humanitária, a credibilidade das forças em confronto e os interesses geopolíticos na região.

Neste episódio de “O Mundo a Seus Pés”, Miguel Monjardino, professor de Relações Internacionais no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica e analista em Geopolítica e Geoestratégia, e Teresa Almeida Cravo, professora de Relações Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora no Centro de Estudos Sociais, na área da paz e dos conflitos, explicam a guerra contrarrevolucionária, que eclodiu em 2023 em resposta à campanha de quase cinco anos de ativistas que clamavam por um governo civil. Em vez de conceder qualquer poder aos civis, o aparelho de segurança virou-se contra si próprio e optou por prosseguir uma guerra que está a devastar o país.

Depois de po&ccedil;as de sangue terem sido vistas do espa&ccedil;o, na sequ&ecirc;ncia da chacina em El Fasher, no Sud&atilde;o, os analistas Miguel Monjardino e Teresa Almeida Cravo debru&ccedil;am-se sobre a situa&ccedil;&atilde;o humanit&aacute;ria, a credibilidade das for&ccedil;as em confronto e os interesses geopol&iacute;ticos na regi&atilde;o.
Neste epis&oacute;dio de &ldquo;O Mundo a Seus P&eacute;s&rdquo;, Miguel Monjardino, professor de Rela&ccedil;&otilde;es Internacionais no Instituto de Estudos Pol&iacute;ticos da Universidade Cat&oacute;lica e analista em Geopol&iacute;tica e Geoestrat&eacute;gia, e Teresa Almeida Cravo, professora de Rela&ccedil;&otilde;es Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora no Centro de Estudos Sociais, na &aacute;rea da paz e dos conflitos, explicam a guerra contrarrevolucion&aacute;ria, que eclodiu em 2023 em resposta &agrave; campanha de quase cinco anos de ativistas que clamavam por um governo civil. Em vez de conceder qualquer poder aos civis, o aparelho de seguran&ccedil;a virou-se contra si pr&oacute;prio e optou por prosseguir uma guerra que est&aacute; a devastar o pa&iacute;s.

Neste episódio de “O Mundo a Seus Pés”, Miguel Monjardino, professor de Relações Internacionais no Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica e analista em Geopolítica e Geoestratégia, e Teresa Almeida Cravo, professora de Relações Internacionais na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora no Centro de Estudos Sociais, na área da paz e dos conflitos, explicam a guerra contrarrevolucionária, que eclodiu em 2023 em resposta à campanha de quase cinco anos de ativistas que clamavam por um governo civil. 

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