Os gronelandeses escolheram o independentismo moderado em eleições disputadas sob a ameaça americana de tomar a nação insular. Em simultâneo, decorrem negociações com empresa de Musk para levar internet às zonas mais remotas. Filipe Santos Costa, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI-NOVA) na área de Estudos de Segurança e Estratégia, considera que “esta pretensão americana até veio colocar um freio à vontade de ser independente já”. A maior ilha do mundo tem uma das menores densidades populacionais do planeta: 56 mil pessoas para mais de dois milhões de quilómetros quadrados. “A Gronelândia precisa de internet por satélite”, mas “não necessariamente da Starlink”. Por isso, o académico aconselha a nação insular a procurar outro fornecedor – de preferência, europeu.