A pressão da inflação sobre o preço dos alimentos veio para ficar, segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal. Em entrevista à Rádio Eldorado, Ricardo Santin diz que “a era da comida barata acabou e precisamos nos acostumar com isso”, elencando o efeito da pandemia e da guerra da Rússia nas cadeias produtivas como os principais motivos.  Ainda que a Ucrânia, um dos maiores exportadores de grãos do mundo, consiga retomar a exportação nos próximos meses, Santin prevê que o movimento vai somente “amenizar o ímpeto de crescimento” dos preços, mas não reduzi-los. Ele cita a valorização da da saca do milho usado para alimentação de animais como exemplo: há dois anos custava R$ 35, atualmente está R$ 90. Em contraponto, o vice-presidente do Conselho Mundial da Avicultura reforça que, apesar de mais caros, o mercado conseguiu expandir a produção e evitou o desabastecimento do mercado interno. “Pior que pagar caro é não ter comida”, conclui.