O encontro do presidente Jair Bolsonaro com o americano Joe Biden nesta quinta-feira, o primeiro entre os dois líderes, teve a pauta ambiental e a democracia no Brasil como temas centrais. Biden defendeu as instituições do País e elogiou o Brasil pela tentativa de proteger a Amazônia. O americano disse que o Brasil tem feito um bom trabalho para proteger a floresta e afirmou defender que o “resto do mundo ajude a financiar a proteção da área”. Bolsonaro, por sua vez, manteve a retórica e afirmou que, por vezes, sente a soberania brasileira ameaçada quando o assunto é a floresta. O brasileiro disse, ainda, que chegou ao poder pela democracia e sairá, também, pela via democrática e voltou a falar em “voto auditável”. Pouco antes da reunião com Biden, na saída do hotel onde está hospedado, Bolsonaro disse que o sistema das urnas eletrônicas é “inauditável”, o que é incorreto.

Para a coordenadora do Núcleo de Estudos e Negócios Americanos e professora no curso de Relações Internacionais da ESPM, Denilde Holzhacker, a realização do encontro foi um avanço, mas os resultados ainda são incertos. Em entrevista à Rádio Eldorado, ela ressaltou que não houve a divulgação de uma agenda futura. “Não houve declaração final conjunta com os próximos passos. Abriu-se uma janela de diálogo, mas não necessariamente haverá alguma mudança”, afirmou.