A alta da inflação em abril, puxada por combustíveis e alimentos, desenha um cenário desafiador para o Brasil. A insegurança alimentar - caracterizada pela falta de acesso a uma refeição adequada, condicionada, às questões de renda - está posta à mesa. Segundo a nutricionista da Escola Paulista de Medicina e professora do departamento de medicina preventiva da Unifesp, Anita Sachs, as famílias tendem a escolher produtos industrializados também pelo custo alto do gás de cozinha. “A mandioca é um ótimo substituto para o arroz, mais caro. No entanto, o tempo de cozimento do grão é bem menor. E o brasileiro sabe disso”, explica.
No lugar da batata inglesa, a professora indica a batata doce rosada, que caiu de preço. A cenoura, que subiu quase 200% em um ano, pode ser substituída pela beterraba e pelo chuchu. No lugar da carne, o ovo é uma boa fonte proteica, indica Anita Sachs.