Há três anos que Lucas Rodrigues, 23 anos, se dedica a cumprir desejos de pessoas anónimas, e a documentar tudo em vídeos nas redes sociais.
Apesar de ser um projecto recente, os números não o deixam adivinhar: a página "Lucas with Strangers" tem mais de dois milhões de seguidores no Tiktok e mais de 500 mil no Instagram.
No início oferecia apenas abraços e sorrisos, mas hoje oferece malas com 20 mil euros em dinheiro ou casas a quem não as tem..
Em Portugal, são poucos os influenciadores com a dimensão do Lucas nas redes sociais. Mas o português não é caso único a fazer sucesso com este género de conteúdos.
Um pouco por toda a internet, encontramos bons samaritanos, cheios de notas, a procurar mudar vidas de pessoas aleatórias na rua.
Mas o que é que o sucesso estrondoso que têm diz sobre nós e sobre a maneira como olhamos para os outros? Será que as redes sociais podem mudar a forma como lidamos com as desigualdades sociais?
No primeiro episódio da segunda temporada de #ComoAssim, procuramos respostas.
Na última temporada, o podcast olhou para fenómenos da cultura pop mais clássicos, para os livros, filmes e séries que consumimos.
Mas em 2024, segundo um estudo global da norte-americana GWI, passamos em média 6 horas e 40 minutos por dia a olhar para ecrãs. Por isso, nesta temporada, olhamos para aquilo que consumimos online, quando navegamos nas redes sociais. Para os loops e bolhas em que entramos sem darmos por ela. E como tudo isso nos está a mudar.