A sexualidade é, para João Gonçalves, “um assunto essencialmente do foro privado” e “não se avalia pela circunstância de ter à frente uma estante cheia de [Jean-Jacques] Rousseau ou de [Thomas] Hobbes”. É por isso que, em entrevista ao programa do PÚBLICO Toma Partido, não vê contradições entre ser conservadora e defender a adopção ou da união entre casais do mesmo sexo. Quanto a mais avanços, acredita que “as questões fundamentais do ponto de vista jurídico já estão resolvidas”.
Depois dos anos de política activa, no papel de assessor de Miguel Relvas ou Álvaro Santos Pereira, João Gonçalves olha agora para a política através da bancada, comentando os dias nas páginas do Jornal de Notícias e do Tal&Qual. Candidaturas partidárias só em lugares não elegíveis nas últimas legislativas pelo CDS e nas últimas europeias pelo Aliança. É também jurista na Autoridade Tributária. Pelo caminho diz “nunca” se ter sentido discriminado, mas também não é de andar “com néons na testa” por ser “contra exibicionismos”.