Nesta coluna do jornalista Pedro Doria, você confere semanalmente análises, explicações e comentários sobre a conjuntura política nacional.
Na próxima sexta-feira, dia 18, vai estrear no streaming do Meio o filme do Ponto de Partida. Na verdade, o primeiro episódio da série do Ponto de Partida. O assunto? A sociedade que o algoritmo criou. Vem assistir comigo?
O debate está na roda. Muitos dos comentaristas de esquerda discordam do Pedro a respeito do que deseja a classe C. Outros tantos defendem que a ideia de crescer na vida empreendendo é pura ilusão. Mas será mesmo? A pessoa de classe média baixa não tem escolha que não ser funcionária de empresa grande pelo resto da vida?
Aceita o seu BO. Incorpora. Pra quem não conhece a expressão, quer dizer o seguinte: não culpa os outros por seu infortúnio. A esquerda não gosta da Classe C e não quer oferecer, para a Classe C, o tipo de Estado que ela deseja. Enquanto isso não mudar, a direita seguirá vencendo.
Mesmo com o consolo de Boulos no segundo turno em São Paulo, não tem como colorir o que aconteceu. A esquerda perdeu muito, muito, muito feio nesta eleição. Por quê?
Uma conversa sobre a diferença entre análise e preferências pessoais. Além disso, o streaming do Meio e as perguntas inevitáveis: voto útil é digno? Pesquisas atrapalham as eleições?
Aperta os cintos. Vai ser com emoção. Quem pega as pesquisas de qualidade não consegue bancar, a dias da eleição municipal, quem chega no segundo turno em São Paulo e Belo Horizonte, ou mesmo se haverá ou não segundo turno no Rio. Por que as pesquisas estão tão diferentes?
O discurso de Donald Trump, este ano, é bastante mais radical do que foi em 2020 ou 2016. Mudou muito. Se tornou um discurso de estigmatizar minorias bem parecido com um político austríaco dos anos trinta e quarenta. Pois é. Ele mesmo.
Ponto de Partida de sexta é um react de Pedro Doria aos comentários publicados nos vídeos da semana.
Tallis Gomes em queda, Pablo Marçal em queda e uma novidade: a capital com a eleição mais indefinida do Brasil não é mais São Paulo. É Belo Horizonte. Quer ver como todas essas histórias se juntam?
Alguém sistematicamente provocado pode responder com violência? Quando é que é legítimo substituir política por violência? Aliás, qual a relação entre os novos movimentos populistas autoritários e a violência na política?
Talvez, apenas talvez, Pablo Marçal errou na dose da própria fórmula e empacou. Hoje, dos três embolados na disputa pelo segundo turno paulistano, é o com menos chances de chegar lá.
Donald Trump sofreu o segundo atentado à vida dele, no domingo. No mesmo domingo, no debate dos candidatos a prefeito de São Paulo, a maior cidade do país, um dos concorrentes achou razoável a ideia de pegar uma cadeira e sentar nas costas do outro. De alguma forma, o jogo da política está se transformando. A violência ficou normal.
Kamala Harris venceu o debate contra Donald Trump, ontem à noite. Se isso vai afetar a eleição, não está claro. Mas sua tática é uma que muda o jeito de enfrentar a extrema direita numa eleição. E isso pode ser uma lição pra gente, aqui no Brasil.
Há denúncias reais de importunação e assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Será que há espaço para termos uma conversa franca sobre como este processo de deu?
Pablo Marçal sempre chega de mansinho. Capial goiano, tão feliz de estar aqui. Aí começa a dar pontadas. Pequenos ataques. De leve. Provoca as pessoas a subirem o tom. É aí que ele cresce. E o que isso tem a ver com Xandão e liberdade de expressão?
Pablo Marçal confessou, na GloboNews, uma prática que pode levar à inelegibilidade. Falou com todas as palavras. Ninguém percebeu com exceção dos advogados eleitorais. A conversa está circulando. Agora resta saber se o Ministério Público ou algum dos partidos vai atrás dele. E o que um juiz decidirá.
Pablo Marçal não foi censurado. A Justiça Eleitoral não decidiu tirá-lo das redes. A decisão é muito clara. Suspendeu os perfis oficiais porque foram turbinados com caixa dois. Mas Pablo pode criar outros perfis. Como, aliás, ele criou. E tem mais coisa nessa bagunça, hein?
Saiu hoje de manhã a mais recente pesquisa Atlas Inteligência para a corrida, em São Paulo. Pablo Marçal continua crescendo. É mais fácil apostar hoje num segundo turno entre ele e Boulos do que num Nunes contra PSOL. Mas, olha, vocês querem uma palavra de esperança? Os democratas, nos Estados Unidos, parecem ter encontrado o antídoto.
Olha, muita gente aqui não vai gostar disso. Mas Elon Musk trucou o Supremo. Mas existe um jeito de ganhar essa parada. É com mais democracia, mais transparência, e menos uso de poder. Quer entender como está esse jogo?
Existe uma diferença entre o que é legal e o que não deveria ser legal. As ações dos assessores do ministro Alexandre de Moraes talvez não devessem ser legais, só que são. E isso é só a ponta da crise da democracia brasileira. Vem comigo.
No Reino Unido, a extrema direita vai com violência para as ruas. Homens evangélicos, no Brasil, são reacionários que tentam impor valores intoleráveis à sociedade. Mas e se estivermos olhando pra esse problema do jeito errado?
Vai custar em votos ao presidente Lula toda a força que deu para legitimar Nicolás Maduro no primeiro ano e meio de seu mandato. Agora que a ditadura venezuelana fechou, mesmo o governo fazendo tudo certo, vai ter de se desdobrar para explicar aos eleitores que fala sério quando diz defender a democracia.
O antiamericanismo na esquerda virou um equivalente ao marxismo cultural do olavismo. É uma bengala a partir da qual se explica o mundo todo. Os Estados Unidos querem dominar o mundo e sugar seu petróleo. Tudo o que acontece no planeta Terra passa a ser explicado por essa premissa. O mundo não é tão simples assim.
Existe um debate online intenso sobre o que pensam PT, Lula e o governo brasileiro sobre a fraude eleitoral, o golpe de Estado, na Venezuela. E a nota conjunta de Brasil, Colômbia e México deixam claro que o PT e o governo brasileiro têm opiniões muito diferentes a respeito do que ocorreu lá.
Quem estuda democracia e os chefes de Estado da região reconhecem que o governo Nicolas Maduro cometeu a maior fraude eleitoral da história moderna da América Latina. Quem acha que está tudo normal, que tudo foi honesto, é o PT. Eles deixaram de entender alguma coisa? Não. Só não acham que democracia é importante se a esquerda está por cima.
Vamos falar com clareza, aqui. Não é só que a eleição na Venezuela foi fraudada, e foi fraudada. O que está em curso em Caracas tem nome. Tem um golpe de Estado acontecendo. Quer entender por que a Venezuela é uma ditadura?
Os memes contra o ministro Fernando Haddad não são apenas críticas legítimas que podem ser repetidas. São a manifestação genuína de uma democracia. Sim, mesmo que fossem orquestrados, ainda são parte do jogo. Criticar ministro pode quando a gente vive num regime livre, sabe?
Num país em que os republicanos já estão convencidos de que uma organização poderosa e soturna controla a tudo, incluindo o governo, ainda bem que a tentativa de matar Trump tenha se frustrado. Os Estados Unidos iriam explodir em violência. Mas deu errado, e o que explodiu foi a esquerda americana, só que em teorias conspiratórias. Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/06/26/saiba-como-ajudar-para-a-reconstrucao-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
Não era assim. Mas o que as pesquisas de São Paulo dizem, as americanas também, as eleições na França e Reino Unido confirmam é muito simples: o quadro mudou. Agora, os eleitores mais ricos votam na esquerda e, os mais pobres, na direita. Por quê? Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/06/26/saiba-como-ajudar-para-a-reconstrucao-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
Duas eleições muito surpreendentes aconteceram nesses últimos dias, no Reino Unido e na França. A manchete crua que vocês vão ler é a seguinte: a esquerda ganha no Reino Unido e na França. Isso é inteiramente verdade e, no entanto, não diz o essencial do que realmente aconteceu. Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/06/26/saiba-como-ajudar-para-a-reconstrucao-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
O dólar subiu por causa de Trump, não de Roberto Campos Neto. Subiu mais por causa de Lula, não do BC independente. E ainda assim a gente tem um problema no Banco Central. Um problema que só pode ser resolvido por Gabriel Galípolo. Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/06/26/saiba-como-ajudar-para-a-reconstrucao-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
Se você é brasileiro, devia estar preocupado com a política do mundo. Muito preocupado. Le Pen na França, Trump nos Estados Unidos, golpe militar começando a entrar na moda. Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/06/26/saiba-como-ajudar-para-a-reconstrucao-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
Tem gente que diz que o Supremo está se metendo em assunto que é do Congresso quando faz a diferença entre traficante e consumidor de maconha. Não é verdade. Aliás, neste caso, o Supremo está cuidando de sua obrigação mais importante.
Quais são as grandes pautas políticas desses últimos dias? Teve o PL do Aborto, evidentemente. Houve o presidente Lula reclamando do tamanho da renúncia fiscal à qual o governo se submete. E, claro, vamos jogar na colcha de retalhos o fim da greve das universidades federais. Vamos amarrar as três numa só? Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
A reação à PEC das Praias e ao PL do Aborto é mostra de que existe um Brasil conservador com o qual é possível conversar. Nem a extrema direita, nem a esquerda, tinham percebido isso. Mas há limites para o bolsonarismo. Agora é o seguinte: haverá conversa? Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
O projeto de lei que manda prender quem faz aborto após a vigésima segunda semana não é um projeto de lei contra mulheres. Eu sei que parece, mas não é. É um projeto de lei contra meninas.
O discurso do governo está em descompasso com aquela margem mínima de eleitores que garantiram a eleição de 2022. Se continuar assim, a reeleição de 2026 não está nem um pouco garantida. Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
A extrema direita ganhou na França, na Itália e chegou em segundo na Alemanha. A Europa está guinando mais para os sucessores do fascismo. E isso ensina muito, inclusive, sobre o Brasil. Tem coisa ali que nos ajuda a entender aqui. Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
Existe um conflito aberto no interior do governo Lula: é entre o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o da Fazenda, Fernando Haddad. O Congresso já é de oposição. Se o governo ainda trabalha rachado, fica difícil, né? Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
No ano passado, a Parada LGBTQIA+ levou, para a avenida Paulista, três milhões de pessoas. Este ano, não. Este ano tinha a mesma multidão mas os números foram mais modestos: setenta e três mil e seiscentas pessoas. A Marcha para Jesus levou vinte e nove mil e duzentas pessoas. A noção de tamanho das manifestações agora vai se transformar com as novas técnicas. Mas isso muda também o impacto político? Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
O governo Lula está preso no século 20. É o que percebemos na maneira como tenta desenvolver o país, investindo em diesel, em moradias populares muito longe, e continua tratando a Petrobras como no tempo da Dilma.
Bolsonaro já não é presidente faz um ano e meio e a gente continua lendo, nas redes, aqueles slogans que se repetem. Não se tolera os intolerantes. Se há dez pessoas numa mesa, um nazista senta e ninguém se levanta, então existem onze nazistas à mesa. Mas tem um problema aí, sabe?
Vamos falar de inteligência artificial? Tem dois assuntos aos quais os parlamentos deveriam estar totalmente atentos: inteligência artificial e mudanças climáticas. Não são prioridade, parece, em lugar nenhum. Você entende esses problemas? Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
O cenário do pesadelo é o seguinte: o Congresso Nacional anistia Jair Bolsonaro, ele sai candidato à presidência contra Lula em 2026 e vence com o apoio de Donald Trump, na presidência. Acha impossível? Não é.
Enquanto celebridades se estapeiam, politicozinhos tentam montar armadilhas uns pros outros, o grande problema do Rio Grande do Sul é que está fazendo muita falta gestão da crise. Municípios, estado e União não estão se falando. Não tem como dar certo.
A gente precisa falar sobre desinformação nas redes. Em momentos de tragédia como a atual, desinformação tem trocentos impactos. Dentre eles, inclusive, pode levar à morte de pessoas. O problema é grave e precisa ser encarado. Saiba como ajudar as vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul: https://www.canalmeio.com.br/2024/05/06/saiba-como-ajudar-as-vitimas-das-enchentes-do-rio-grande-do-sul/ Compre o curso sobre liberalismo com desconto: https://bit.ly/4bwqQrP
Quando vai cair a ficha de que as mudanças climáticas são reais? O que está acontecendo no Rio Grande do Sul é normal. Vai acontecer de novo. E se vocês acham que o único problema é o bolsonarismo, não se iludam. O buraco é muito mais embaixo.
Como um liberal agiria perante uma tragédia como a do Rio Grande do Sul? Passei as últimas duas semanas gravando, para o Meio, um curso sobre o que é Liberalismo. Acho que vale tocar nesse ponto, é uma conversa que precisamos ter Compre o curso com desconto: https://bit.ly/4b81IaQ
Existe um bolsonarismo moderado? Não, não existe. É um oxímoro, uma contradição em termos. E, ainda assim, a gente precisa parar para entender o que seria um bolsonarismo moderado.
Ontem fui ao cinema assistir Guerra Civil. Vocês já viram? Kirsten Dunst, Wagner Moura. Olha, é um filmaço. E, como toda distopia, é um alerta sobre o qual devíamos pensar. Um alerta, inclusive, a respeito do Brasil.