No último Poder Público do ano, passamos em revista alguns momentos que marcaram 2023, mas não podemos deixar de comentar a novidade do fim-de-semana. Pedro Nuno Santos é o novo líder do PS, eleito com mais de 60% dos votos. 

No último Poder Público do ano, passamos em revista alguns momentos que marcaram 2023, mas não podemos deixar de comentar a novidade do fim-de-semana. Pedro Nuno Santos é o novo líder do PS, eleito com mais de 60% dos votos.

A semana política em debate pela secção de política do PÚBLICO.

A semana política em debate pela secção de política do PÚBLICO.

Poder Público

O novo PS e as figuras políticas de 2023

Este será o último Poder Público de 2025 — não haverá episódios no dia de Natal nem a 31 de Dezembro. Vamos encerrar o ano com a prenda de Natal que o primeiro-ministro recebeu ontem, com o caso que está a perturbar a campanha de Luís Marques Mendes, com a gaffe do ministro da Educação e com o revés na Lei da Nacionalidade.

Na quarta-feira foi encerrada a averiguação preventiva ao caso da empresa familiar do primeiro-ministro, a Spinumviva. Não foram encontradas práticas de ilícito criminal e, por isso, todos os procedimentos foram arquivados.

Luís Montenegro decidiu fazer uma comunicação ao país de nove minutos na qual explicou que foram analisados extractos bancários e movimentos das contas dele, da mulher, dos filhos e da empresa, nomes de clientes, nomes de quem prestou serviços.

Concluiu: “Exerci sempre a função de primeiro-ministro em regime de exclusividade e nunca fui avençado de ninguém”. Será que o caso está definitivamente encerrado? A oposição ainda tem por onde ir nas críticas a Montenegro? Quem foram os principais alvos da declaração do primeiro-ministro?

Isto leva-nos para outra questão que também complicou, neste caso, a semana Luís Marques Mendes. Com a divulgação dos rendimentos do candidato presidencial que incluem 700 mil euros nos últimos dois anos na qualidade de consultor.

Os adversários pediram a divulgação da lista dos clientes da empresa familiar através da qual este dinheiro foi recebido e Marques Mendes disse que divulgaria os nomes se tivesse autorização da parte dos clientes. De que modo pode interferir com a campanha do candidato que é o mais bem colocado para vir a ser Presidente à segunda volta?

A conversa também se detém na declaração do ministro da Educação sobre os pobres e a utilização de serviço públicos. As palavras de Fernando Alexandre não foram propriamente as que esperássemos ouvir da boca e valeram-lhe várias e fortes críticas. Foi um dia mau? Explicou-se mal?

Finalmente, que futuro para a Lei da Nacionalidade que, na segunda-feira, viu quatro normas serem chumbadas pela avaliação preventiva do Tribunal Constitucional? Atendendo aos prazos que é preciso cumprir, à pausa do Parlamento e às eleições de 18 de Janeiro e 8 de Fevereiro, ao que tudo indica, achas que ainda será Marcelo a pronunciar-se sobre a nova lei?

Cada um dos participantes partilha, no final do episódio o seu Público & Notório.

Este ser&aacute; o &uacute;ltimo Poder P&uacute;blico de 2025 &mdash; n&atilde;o haver&aacute; epis&oacute;dios no dia de Natal nem a 31 de Dezembro. Vamos encerrar o ano com a prenda de Natal que o primeiro-ministro recebeu ontem, com o caso que est&aacute; a perturbar a campanha de Lu&iacute;s Marques Mendes, com a&nbsp;gaffe&nbsp;do ministro da Educa&ccedil;&atilde;o e com o rev&eacute;s na Lei da Nacionalidade.
Na quarta-feira foi encerrada a averigua&ccedil;&atilde;o preventiva ao caso da empresa familiar do primeiro-ministro, a&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/spinumviva" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/spinumviva">Spinumviva</a>. N&atilde;o foram encontradas pr&aacute;ticas de il&iacute;cito criminal e, por isso, todos os procedimentos foram arquivados.
Lu&iacute;s Montenegro decidiu fazer uma comunica&ccedil;&atilde;o ao pa&iacute;s de nove minutos na qual explicou que foram analisados extractos banc&aacute;rios e movimentos das contas dele, da mulher, dos filhos e da empresa, nomes de clientes, nomes de quem prestou servi&ccedil;os.
Concluiu: &ldquo;Exerci sempre a fun&ccedil;&atilde;o de primeiro-ministro em regime de exclusividade e nunca fui aven&ccedil;ado de ningu&eacute;m&rdquo;. Ser&aacute; que o caso est&aacute; definitivamente encerrado? A oposi&ccedil;&atilde;o ainda tem por onde ir nas cr&iacute;ticas a Montenegro? Quem foram os principais alvos da declara&ccedil;&atilde;o do primeiro-ministro?
Isto leva-nos para outra quest&atilde;o que tamb&eacute;m complicou, neste caso, a semana Lu&iacute;s&nbsp;<a href="https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/marques-mendes-recusa-dizer-como-ganhou-709-mil-nos-ultimos-dois-anos" data-cke-saved-href="https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/marques-mendes-recusa-dizer-como-ganhou-709-mil-nos-ultimos-dois-anos">Marques Mendes</a>. Com a divulga&ccedil;&atilde;o dos rendimentos do candidato presidencial que incluem 700 mil euros nos &uacute;ltimos dois anos na qualidade de consultor.
Os advers&aacute;rios pediram a divulga&ccedil;&atilde;o da lista dos clientes da empresa familiar atrav&eacute;s da qual este dinheiro foi recebido e Marques Mendes disse que divulgaria os nomes se tivesse autoriza&ccedil;&atilde;o da parte dos clientes. De que modo pode interferir com a campanha do candidato que &eacute; o&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/12/15/politica/noticia/disputa-cinco-ventura-lidera-marques-mendes-ganha-2-volta-2158186" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/15/politica/noticia/disputa-cinco-ventura-lidera-marques-mendes-ganha-2-volta-2158186">mais bem colocado</a>&nbsp;para vir a ser Presidente &agrave; segunda volta?
A conversa tamb&eacute;m se det&eacute;m na declara&ccedil;&atilde;o do ministro da Educa&ccedil;&atilde;o sobre os pobres e a utiliza&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;o p&uacute;blicos. As palavras de Fernando Alexandre n&atilde;o foram propriamente as que esper&aacute;ssemos ouvir da boca e valeram-lhe&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/12/16/sociedade/noticia/ps-exige-ministro-educacao-retrate-declaracoes-discriminatorias-preconceituosas-estudantes-pobres-2158319?ref=educacao" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/16/sociedade/noticia/ps-exige-ministro-educacao-retrate-declaracoes-discriminatorias-preconceituosas-estudantes-pobres-2158319?ref=educacao">v&aacute;rias e fortes cr&iacute;ticas</a>. Foi um dia mau? Explicou-se mal?
Finalmente, que futuro para a&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/12/15/politica/noticia/tribunal-constitucional-chumba-dois-diplomas-governo-nacionalidade-2158138" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/15/politica/noticia/tribunal-constitucional-chumba-dois-diplomas-governo-nacionalidade-2158138">Lei da Nacionalidade</a>&nbsp;que, na segunda-feira, viu quatro normas serem chumbadas pela avalia&ccedil;&atilde;o preventiva do Tribunal Constitucional? Atendendo aos prazos que &eacute; preciso cumprir, &agrave; pausa do Parlamento e &agrave;s elei&ccedil;&otilde;es de 18 de Janeiro e 8 de Fevereiro, ao que tudo indica, achas que ainda ser&aacute; Marcelo a pronunciar-se sobre a nova lei?
Cada um dos participantes partilha, no final do epis&oacute;dio o seu P&uacute;blico &amp; Not&oacute;rio.

As lições da Spinumviva e a derrota da AD na Lei da Nacionalidade

No rescaldo da greve geral, o episódio desta semana é quase todo dedicado ao tema. E temos uma convidada especial: a Raquel Martins, jornalista da secção de Economia que segue temas de trabalho.

O Governo disse que a paralisação foi inexpressiva e que mais parecia uma greve parcial da Função Pública e os sindicatos acharam que foi a maior de sempre. A pergunta que se impõe é: cumpriu o seu objectivo? E será que a mudança de posição de André Ventura, que acabou a defendê-la depois de há um mês ter dito o contrário, pode ter implicações na Assembleia da República e no apoio que o Governo precisa para aprovar o pacote laboral?

O Governo tem dito sempre que quer negociar, mas os sindicatos puseram em cima da mesa a possibilidade de marcar uma segunda greve geral. Que interpretação se pode fazer desta ameaça?

Guardamos umas perguntas finais para as eleições presidenciais, que continuam a animar as nossas noites, e as sondagens mais recentes, que têm revelado algumas mudanças. Como deve interpretar-se o facto de Gouveia e Melo estar a descer nas sondagens e de André Ventura, por exemplo, estar a subir? Será um resultado da prestação dos debates? Os frente-a-frente estão a mudar a percepção que os portugueses têm dos candidatos? E a segunda volta, é cedo para dizer quem passa?

O episódio só termina depois do habitual momento Público & Notório.

No rescaldo da greve geral, o epis&oacute;dio desta semana &eacute; quase todo dedicado ao tema. E temos uma convidada especial: a Raquel Martins, jornalista da sec&ccedil;&atilde;o de Economia que segue temas de trabalho.
O Governo disse que a paralisa&ccedil;&atilde;o foi&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/12/11/economia/noticia/greve-geral-inexpressiva-governo-maior-sindicatos-2157783" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/11/economia/noticia/greve-geral-inexpressiva-governo-maior-sindicatos-2157783">inexpressiva</a>&nbsp;e que mais parecia uma greve parcial da Fun&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica e os sindicatos acharam que foi a maior de sempre. A pergunta que se imp&otilde;e &eacute;: cumpriu o seu objectivo? E ser&aacute; que a mudan&ccedil;a de posi&ccedil;&atilde;o de&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/12/11/economia/noticia/hoje-dia-greve-geral-2157725#115843" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/11/economia/noticia/hoje-dia-greve-geral-2157725#115843">Andr&eacute; Ventura</a>, que acabou a defend&ecirc;-la depois de h&aacute; um m&ecirc;s ter dito o contr&aacute;rio, pode ter implica&ccedil;&otilde;es na Assembleia da Rep&uacute;blica e no apoio que o Governo precisa para aprovar o&nbsp;<a href="http://www.publico.pt/2025/12/10/economia/noticia/reforma-laboral-seis-medidas-estao-origem-greve-geral-2157680" data-cke-saved-href="http://www.publico.pt/2025/12/10/economia/noticia/reforma-laboral-seis-medidas-estao-origem-greve-geral-2157680">pacote laboral</a>?
O Governo tem dito sempre que quer negociar, mas os sindicatos puseram em cima da mesa a possibilidade de marcar uma segunda greve geral. Que interpreta&ccedil;&atilde;o se pode fazer desta amea&ccedil;a?
Guardamos umas perguntas finais para as elei&ccedil;&otilde;es presidenciais, que continuam a animar as nossas noites, e as sondagens mais recentes, que t&ecirc;m revelado algumas mudan&ccedil;as. Como deve interpretar-se o facto de<a href="https://www.publico.pt/2025/12/09/politica/noticia/queda-gouveia-melo-deixa-ventura-lideranca-cotrim-ultrapassa-seguro-2157465" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/09/politica/noticia/queda-gouveia-melo-deixa-ventura-lideranca-cotrim-ultrapassa-seguro-2157465">&nbsp;Gouveia e Melo</a>&nbsp;estar a descer nas sondagens e de Andr&eacute; Ventura, por exemplo, estar a subir? Ser&aacute; um resultado da presta&ccedil;&atilde;o dos debates? Os frente-a-frente est&atilde;o a mudar a percep&ccedil;&atilde;o que os portugueses t&ecirc;m dos candidatos? E a segunda volta, &eacute; cedo para dizer quem passa?
O epis&oacute;dio s&oacute; termina depois do habitual momento P&uacute;blico &amp; Not&oacute;rio.

A greve que o Governo menospreza, Gouveia e Melo a submergir e o sempre em pé da política

Na semana em que o Bloco de Esquerda se reuniu na XIV Convenção e mudou de líder, olhamos para o futuro dos bloquistas. Vamos ter um partido diferente, com José Manuel Pureza? No actual contexto, há caminho para o Bloco, ou o partido está mesmo numa situação de risco existencial? Estaremos perante uma liderança mais ou menos bicéfala, com Pureza como coordenador e Fabian Figueiredo como o rosto do partido no Parlamento?

Chegados a meio da maratona de debates presidenciais, eis o pretexto para fazer um primeiro balanço dos frente-a-frente, numa altura em que António José Seguro já pede convergência à esquerda e os candidatos apoiados por PSD e PS ― Marques Mendes e Seguro ― já se enfrentaram​ . E olhar para aquele que vai ser um tema marcante da próxima semana, a greve geral convocada pela UGT e pela CGTP, a primeira greve geral desde há 13 anos, dias depois de a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, ter afirmado que "as pessoas estão cansadas de greves por razões políticas" e que "nenhuma das alterações em cima da mesa" tornará "os despedimentos mais fáceis”, duas frases que provocaram muitas reacções, nomeadamente das centrais sindicais.

O episódio não termina sem o Público & Notório.

Na semana em que o Bloco de Esquerda se reuniu na&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/11/29/politica/noticia/be-troca-lider-quer-mudar-quase-causas-2156504" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/11/29/politica/noticia/be-troca-lider-quer-mudar-quase-causas-2156504">XIV&nbsp;Conven&ccedil;&atilde;o</a>&nbsp;e mudou de l&iacute;der, olhamos para o futuro dos bloquistas. Vamos ter um partido diferente, com&nbsp;<a href="http://publico.pt/2025/12/03/politica/noticia/pureza-vai-conseguir-salvar-bloco-esquerda-2156919?ref=jose-manuel-pureza&amp;cx=page__content" data-cke-saved-href="http://publico.pt/2025/12/03/politica/noticia/pureza-vai-conseguir-salvar-bloco-esquerda-2156919?ref=jose-manuel-pureza&amp;cx=page__content">Jos&eacute; Manuel Pureza</a>? No actual contexto, h&aacute; caminho para o Bloco, ou o partido est&aacute; mesmo numa situa&ccedil;&atilde;o de risco existencial? Estaremos perante uma lideran&ccedil;a mais ou menos bic&eacute;fala, com Pureza como coordenador e&nbsp;Fabian&nbsp;Figueiredo como o rosto do partido no Parlamento?
Chegados a meio da maratona de debates presidenciais, eis o pretexto para fazer um primeiro balan&ccedil;o dos frente-a-frente, numa altura em que Ant&oacute;nio Jos&eacute; Seguro j&aacute; pede&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2025/12/01/politica/noticia/seguro-pede-convergencia-candidatura-pinto-garante-vai-ate-fim-2156678" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/01/politica/noticia/seguro-pede-convergencia-candidatura-pinto-garante-vai-ate-fim-2156678">converg&ecirc;ncia &agrave; esquerda</a>&nbsp;e os candidatos apoiados por PSD e PS ― Marques Mendes e Seguro ―<a href="https://www.publico.pt/2025/12/03/politica/noticia/justica-trabalho-mendes-seguro-tentam-mostrar-sera-activo-belem-2156945" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2025/12/03/politica/noticia/justica-trabalho-mendes-seguro-tentam-mostrar-sera-activo-belem-2156945">&nbsp;j&aacute; se enfrentaram</a>​ . E olhar para aquele que vai ser um tema marcante da pr&oacute;xima semana, a greve geral convocada pela UGT e pela CGTP, a primeira greve geral desde h&aacute; 13 anos, dias depois de a&nbsp;<a href="http://publico.pt/2025/11/27/economia/noticia/proposta-laboral-beneficia-empresas-lei-vigor-desequilibrio-favor-trabalhadores-2156216?ref=greve-geral&amp;cx=page__content" data-cke-saved-href="http://publico.pt/2025/11/27/economia/noticia/proposta-laboral-beneficia-empresas-lei-vigor-desequilibrio-favor-trabalhadores-2156216?ref=greve-geral&amp;cx=page__content">ministra do Trabalho</a>, Maria do Ros&aacute;rio Palma Ramalho, ter afirmado que&nbsp;"as pessoas est&atilde;o cansadas de greves por raz&otilde;es pol&iacute;ticas" e que "nenhuma das altera&ccedil;&otilde;es em cima da mesa" tornar&aacute; "os despedimentos mais f&aacute;ceis&rdquo;, duas frases que provocaram muitas reac&ccedil;&otilde;es, nomeadamente das centrais sindicais.
O epis&oacute;dio n&atilde;o termina sem o P&uacute;blico &amp; Not&oacute;rio.

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