As eleições autárquicas são o momento mais próximo entre eleitores e eleitos, mas paradoxalmente aquele que menos mobiliza o país. Apesar de quase metade dos portugueses avaliarem positivamente o poder local, a participação cívica nas autarquias continua baixa. Porquê? O problema está nas instituições ou na nossa cultura democrática? À porta de novas eleições, Daniel Oliveira conversa com Filipe Teles, coordenador do Barómetro do Poder Local da Fundação Francisco Manuel dos Santos, professor de Ciência Política na Universidade de Aveiro e especialista em governação e descentralização. A partir dos dados do barómetro, exploram-se as contradições da nossa democracia local: cidadãos satisfeitos mas pouco participativos, autarcas próximos mas com poderes limitados, e uma máquina pesada e dependente do imobiliário. Na conversa questiona-se o modelo presidencialista das câmaras, a falta de transparência e de imprensa local, e a ausência de escrutínio das estruturas intermédias como as CCDR e as Comunidades Intermunicipais. Tudo isto num país onde 84% dos municípios perderam população e onde o centralismo, político e económico, continua a concentrar recursos e decisões em Lisboa. Pode a descentralização fortalecer a democracia e reduzir desigualdades regionais? Ou corremos o risco de apenas multiplicar os vícios do centro? Entre os limites da regionalização e o medo de distribuir poder, esta conversa procura perceber o que está em causa quando falamos de proximidade, autonomia e participação.

As elei&ccedil;&otilde;es aut&aacute;rquicas s&atilde;o o momento mais pr&oacute;ximo entre eleitores e eleitos, mas paradoxalmente aquele que menos mobiliza o pa&iacute;s. Apesar de quase metade dos portugueses avaliarem positivamente o poder local, a participa&ccedil;&atilde;o c&iacute;vica nas autarquias continua baixa. Porqu&ecirc;? O problema est&aacute; nas institui&ccedil;&otilde;es ou na nossa cultura democr&aacute;tica?&nbsp;&Agrave; porta de novas elei&ccedil;&otilde;es, Daniel Oliveira conversa com Filipe Teles, coordenador do Bar&oacute;metro do Poder Local da Funda&ccedil;&atilde;o Francisco Manuel dos Santos, professor de Ci&ecirc;ncia Pol&iacute;tica na Universidade de Aveiro e especialista em governa&ccedil;&atilde;o e descentraliza&ccedil;&atilde;o. A partir dos dados do bar&oacute;metro, exploram-se as contradi&ccedil;&otilde;es da nossa democracia local: cidad&atilde;os satisfeitos mas pouco participativos, autarcas pr&oacute;ximos mas com poderes limitados, e uma m&aacute;quina pesada e dependente do imobili&aacute;rio.&nbsp;Na conversa questiona-se o modelo presidencialista das c&acirc;maras, a falta de transpar&ecirc;ncia e de imprensa local, e a aus&ecirc;ncia de escrut&iacute;nio das estruturas interm&eacute;dias como as CCDR e as Comunidades Intermunicipais. Tudo isto num pa&iacute;s onde 84% dos munic&iacute;pios perderam popula&ccedil;&atilde;o e onde o centralismo, pol&iacute;tico e econ&oacute;mico, continua a concentrar recursos e decis&otilde;es em Lisboa. Pode a descentraliza&ccedil;&atilde;o fortalecer a democracia e reduzir desigualdades regionais? Ou corremos o risco de apenas multiplicar os v&iacute;cios do centro? Entre os limites da regionaliza&ccedil;&atilde;o e o medo de distribuir poder, esta conversa procura perceber o que est&aacute; em causa quando falamos de proximidade, autonomia e participa&ccedil;&atilde;o.

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha.

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha.

Conversas do Daniel Oliveira que Não Faz Chorar

Perguntar Não Ofende

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares e música de Mário Laginha.

&Eacute; mais que uma entrevista, &eacute; menos que um debate. &Eacute; uma conversa com contradit&oacute;rio em que, no fim, &eacute; mesmo a opini&atilde;o do convidado que interessa. Quase sempre sobre pol&iacute;tica, &agrave;s vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornal&iacute;stico de Daniel Oliveira e Jo&atilde;o Martins. Imagem gr&aacute;fica de Vera Tavares e m&uacute;sica de M&aacute;rio Laginha.

Apesar de quase metade dos portugueses avaliarem positivamente o poder local, a participação cívica nas autarquias continua baixa. Porquê? O problema está nas instituições ou na nossa cultura democrática?

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