Representantes russos e ucranianos encontraram-se, ontem, pela terceira vez, mas não houve qualquer avanço num processo de paz.

Como nos dois encontros anteriores, as duas partes limitaram-se a concordar numa troca de prisioneiros.

A Rússia tem até Setembro para responder ao ultimato do presidente dos EUA. Donald Trump deu a Vladimir Putin 50 dias para este acabar com a guerra, sob pena da aplicação de sanções, uma ameaça que os russos não levaram a sério e que não alterou os planos do seu presidente. Pelo contrário, a Ucrânia tem sido sujeita a ataques severos nos últimos dias, mas também não deixou de atacar uma fábrica russa de armamento.

Para piorar a situação interna, Volodymyr Zelensky foi o alvo de protestos em várias cidades do país, que ouvimos no som de abertura, por ter retirado autonomia e independência às duas principais agências públicas de combate à corrupção.

A decisão reforçou o poder do procurador-geral, um aliado do Presidente, mas foi criticada em Bruxelas, que lembrou que a independência das agências é “essencial” para a adesão da Ucrânia à União Europeia.

Neste episódio, José Pedro Teixeira Fernandes, investigador do IPRI, da Universidade NOVA de Lisboa, comenta o actual estado da guerra e das negociações.

Representantes russos e ucranianos encontraram-se, ontem, pela terceira vez, mas n&atilde;o houve qualquer avan&ccedil;o num processo de paz.
Como nos dois encontros anteriores, as duas partes limitaram-se a concordar numa troca de prisioneiros.
A R&uacute;ssia tem at&eacute; Setembro para responder ao ultimato do presidente dos EUA. Donald Trump deu a Vladimir Putin 50 dias para este acabar com a guerra, sob pena da aplica&ccedil;&atilde;o de san&ccedil;&otilde;es, uma amea&ccedil;a que os russos n&atilde;o levaram a s&eacute;rio e que n&atilde;o alterou os planos do seu presidente. Pelo contr&aacute;rio, a Ucr&acirc;nia tem sido sujeita a <a href="https://www.publico.pt/2025/07/22/mundo/noticia/aceitar-conversacoes-paz-russia-ataca-ucrania-42-drones-2141263">ataques severos nos &uacute;ltimos dias</a>, mas tamb&eacute;m n&atilde;o deixou de atacar uma f&aacute;brica russa de armamento.
Para piorar a situa&ccedil;&atilde;o interna, Volodymyr Zelensky foi o alvo de protestos em v&aacute;rias cidades do pa&iacute;s, que ouvimos no som de abertura, por ter retirado autonomia e independ&ecirc;ncia &agrave;s duas principais <a href="https://www.publico.pt/2025/07/23/mundo/noticia/apesar-protestos-zelensky-defende-lei-retira-autonomia-agencias-anticorrupcao-ucrania-2141407">ag&ecirc;ncias p&uacute;blicas de combate &agrave; corrup&ccedil;&atilde;o</a>.
A decis&atilde;o refor&ccedil;ou o poder do procurador-geral, um aliado do Presidente, mas foi criticada em Bruxelas, que lembrou que a independ&ecirc;ncia das ag&ecirc;ncias &eacute; &ldquo;essencial&rdquo; para a <a href="https://commission.europa.eu/topics/eu-solidarity-ukraine/ukraines-path-towards-eu-accession_pt">ades&atilde;o da Ucr&acirc;nia</a> &agrave; Uni&atilde;o Europeia.
Neste epis&oacute;dio, Jos&eacute; Pedro Teixeira Fernandes, investigador do IPRI, da Universidade NOVA de Lisboa, comenta o actual estado da guerra e das negocia&ccedil;&otilde;es.

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