Nos últimos dias, a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho disse, em entrevista ao Jornal de Notícias e TSF, ser "difícil de conceber" que uma criança precise de ser amamentada durante o horário de trabalho depois dos dois anos de idade.

A afirmação serviu de justificação para uma proposta do Governo que pretende limitar o direito à dispensa para amamentação: depois dos dois anos da criança, é retirado o direito às duas horas diárias de redução de horário.

A proposta do Governo não se fica pela amamentação: prevê também alterações à licença parental, que poderá passar a durar até seis meses com pagamento a 100%, desde que os últimos 60 dias sejam partilhados por ambos os progenitores. A licença obrigatória do pai aumenta para 14 dias após o nascimento. Já no luto gestacional, o novo modelo deixa o pai sem direito a qualquer dispensa.

Mas o que diz a ciência sobre a amamentação prolongada? E há mesmo muitos casos de “uso abusivo” desse direito, como a ministra sugeriu?

Neste episódio do P24, ouvimos o pediatra e neonatologista João Rio Martins, tutor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e mais conhecido nas redes sociais como “Pediatra João”.

Nos &uacute;ltimos dias,&nbsp;a ministra do Trabalho, Maria do Ros&aacute;rio Palma Ramalho disse,&nbsp;em entrevista ao Jornal de Not&iacute;cias e TSF,&nbsp;ser "dif&iacute;cil de conceber" que uma crian&ccedil;a precise de ser amamentada durante o hor&aacute;rio de trabalho depois dos dois anos de idade.
A afirma&ccedil;&atilde;o serviu de justifica&ccedil;&atilde;o para uma proposta do Governo que pretende limitar o direito &agrave; dispensa para amamenta&ccedil;&atilde;o: depois dos dois anos da crian&ccedil;a, &eacute; retirado o direito &agrave;s duas horas di&aacute;rias de redu&ccedil;&atilde;o de hor&aacute;rio.
A proposta do Governo n&atilde;o se fica pela amamenta&ccedil;&atilde;o: prev&ecirc; tamb&eacute;m altera&ccedil;&otilde;es &agrave; licen&ccedil;a parental, que poder&aacute; passar a durar at&eacute; seis meses com pagamento a 100%, desde que os &uacute;ltimos 60 dias sejam partilhados por ambos os progenitores. A licen&ccedil;a obrigat&oacute;ria do pai aumenta para 14 dias ap&oacute;s o nascimento. J&aacute; no luto gestacional, o novo modelo deixa o pai sem direito a qualquer dispensa.
Mas o que diz a ci&ecirc;ncia sobre a amamenta&ccedil;&atilde;o prolongada? E h&aacute; mesmo muitos casos de &ldquo;uso abusivo&rdquo; desse direito, como a ministra sugeriu?
Neste epis&oacute;dio do P24, ouvimos o pediatra e neonatologista Jo&atilde;o Rio Martins, tutor na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e mais conhecido nas redes sociais como &ldquo;Pediatra Jo&atilde;o&rdquo;.

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