Ao longo dos últimos 20 ou 30 anos, a vinha e o vinho entraram na categoria dos bens de luxo ou do prazer. Afortunados de todo o mundo correram para o Douro ou para o Alentejo e investiram milhões em vinhas em adegas. O consumo cresceu, os preços também.
Países sem tradição de consumo, como a China ou o Brasil, saíram do anonimato e contribuíram para a explosão de um sector que gera um valor de exportação próximo dos 37 mil milhões de euros por ano em todo o mundo.
Nos últimos anos, o vinho não deixou de estar na moda. Mas depois de um auge em 2007, passou a estar menos na moda. A procura global reduziu-se.
Em Portugal, o vinho já não dá de comer a um milhão de portugueses. Mas continua a ser uma âncora crucial da economia agrária e o sustento de amplas regiões do país.
A crise da quebra da procura e da geração de excedentes está a levar milhares de produtores e de empresas aos limites.
Em França, discute-se a necessidade de arrancar 100 mil hectares de vinhedo. E por cá? Como solucionar um problema grave num sector tão importante para a economia nacional e, já agora, também para a cultura do país?
Neste P24, ouvimos Frederico Falcão, enólogo, presidente da ViniPortugal, Associação do Sector para a Promoção Externa dos Vinhos Nacionais.
Siga o podcast P24 e receba cada episódio logo de manhã no Spotify, na Apple Podcasts, ou noutras aplicações para podcasts. Conheça os podcasts do PÚBLICO em publico.pt/podcasts. Tem uma ideia ou sugestão? Envie um email para podcasts@publico.pt.