“Donald Trump, já que sei que estás a ver, tenho três palavras para ti: aumenta o volume”. Palavras de Zohran Mamdani, que foi ontem eleito mayor de Nova Iorque, a dirigir-se ao presidente dos EUA.

No seu primeiro discurso após a vitória, o candidato democrata recordou que é jovem (aos 34 anos, é o mayor mais jovem num século), é muçulmano, socialista democratico, como afirmou, recusa-se a pedir desculpas por isso.

Mamdani obteve o maior número de votos de um candidato desde a década de 60, uma percentagem de mais de 50%, com grande sucesso em bairros operários negros e latinos da cidade, e venceu o opositor republicano e o candidato da elite do seu próprio partido. Até o senador Chuck Schumer, líder da minoria no Senado, e também nova-iorquino, se negou a apoiar Mamdani.

Esta eleição não foi a única vitória democrata no dia de ontem. O partido venceu as eleições para governadores dos estados da Virgínia e de Nova Jérsia e o referendo a uma alteração legislativa, na Califórnia, que vai redesenhar o mapa eleitoral deste estado e que pode implicar mais cinco lugares  para os democratas, nas eleições para a Câmara dos Representantes, já no próximo ano.

Um ano após a eleição de Trump, durante a qual o partido mergulhou numa longa apatia, estas vitórias significam uma recuperação democrata?
 
Pedro Guerreiro. jornalista do PÚBLICO, que acompanha a evolução da política norte-americana, ajuda-nos a perceber o significado desta eleição.

 

&ldquo;Donald Trump, j&aacute; que sei que est&aacute;s a ver, tenho tr&ecirc;s palavras para ti: aumenta o volume&rdquo;. Palavras de Zohran Mamdani, que foi ontem eleito mayor de Nova Iorque, a dirigir-se ao presidente dos EUA. No seu primeiro discurso ap&oacute;s a vit&oacute;ria, o candidato democrata recordou que &eacute; jovem (aos 34 anos, &eacute; o mayor mais jovem num s&eacute;culo), &eacute; mu&ccedil;ulmano, socialista democratico, como afirmou, recusa-se a pedir desculpas por isso.
Mamdani obteve o maior n&uacute;mero de votos de um candidato desde a d&eacute;cada de 60, uma percentagem de mais de 50%, com grande sucesso em bairros oper&aacute;rios negros e latinos da cidade, e venceu o opositor republicano e o candidato da elite do seu pr&oacute;prio partido. At&eacute; o senador Chuck Schumer, l&iacute;der da minoria no Senado, e tamb&eacute;m nova-iorquino, se negou a apoiar Mamdani.
Esta elei&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi a &uacute;nica vit&oacute;ria democrata no dia de ontem. O partido venceu as elei&ccedil;&otilde;es para governadores dos estados da Virg&iacute;nia e de Nova J&eacute;rsia e o referendo a uma altera&ccedil;&atilde;o legislativa, na Calif&oacute;rnia, que vai redesenhar o mapa eleitoral deste estado e que pode implicar mais cinco lugares &nbsp;para os democratas, nas elei&ccedil;&otilde;es para a C&acirc;mara dos Representantes, j&aacute; no pr&oacute;ximo ano.
Um ano ap&oacute;s a elei&ccedil;&atilde;o de Trump, durante a qual o partido mergulhou numa longa apatia, estas vit&oacute;rias significam uma recupera&ccedil;&atilde;o democrata? &nbsp; Pedro Guerreiro. jornalista do P&Uacute;BLICO, que acompanha a evolu&ccedil;&atilde;o da pol&iacute;tica norte-americana, ajuda-nos a perceber o significado desta elei&ccedil;&atilde;o.
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