O que Israel está a fazer em Gaza é um genocídio. A comissão independente de inquérito das Nações Unidas não tem dúvidas quanto a isso e responsabiliza Benjamin Netanyahu, entre outros, por incitamento à eliminação da população civil palestiniana.

A escala da matança, o bloqueio à ajuda humanitária, a sucessiva deslocação forçada de civis ou a destruição intencional de uma clínica de fertilidade são exemplos apontados para justificar a acusação.

"Hoje, assistimos em directo a como a promessa de 'nunca mais' é violada e testada perante o olhar do mundo. O genocídio em curso em Gaza é um escândalo moral e uma emergência legal", disse Navi Pillay, jurista sul-africana que lidera a comissão, uma ex-juíza do Tribunal Penal Internacional e ex-Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos.

Israel, que continua a destruir todos os edifícios que ainda estejam de pé na cidade de Gaza e a prosseguir com uma ofensiva terrestre de consequências humanitárias catastróficas, reagiu, como seria de esperar, considerando as conclusões do inquérito "escandalosas" e "falsas" e acusando os seus autores de agirem a mando do Hamas.

A Convenção das Nações Unidas sobre o Genocídio, de 1948, adoptada após o Holocausto, define o genocídio como um conjunto de crimes "com a intenção de destruir, no seu todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso".

Joana Ricarte, especialista em Médio Oriente, professora e investigadora na Universidade de Coimbra, é a convidada de hoje.

O que Israel est&aacute; a fazer em Gaza &eacute; um genoc&iacute;dio. A comiss&atilde;o independente de inqu&eacute;rito das Na&ccedil;&otilde;es Unidas n&atilde;o tem d&uacute;vidas quanto a isso e responsabiliza Benjamin Netanyahu, entre outros, por incitamento &agrave; elimina&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o civil palestiniana.
A escala da matan&ccedil;a, o bloqueio &agrave; ajuda humanit&aacute;ria, a sucessiva desloca&ccedil;&atilde;o for&ccedil;ada de civis ou a destrui&ccedil;&atilde;o intencional de uma cl&iacute;nica de fertilidade s&atilde;o exemplos apontados para justificar a acusa&ccedil;&atilde;o.
"Hoje, assistimos em directo a como a promessa de 'nunca mais' &eacute; violada e testada perante o olhar do mundo. O genoc&iacute;dio em curso em Gaza &eacute; um esc&acirc;ndalo moral e uma emerg&ecirc;ncia legal", <a href="https://www.publico.pt/2025/09/16/mundo/noticia/comissao-nacoes-unidas-conclui-israel-cometeu-genocidio-gaza-2147362" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.publico.pt/2025/09/16/mundo/noticia/comissao-nacoes-unidas-conclui-israel-cometeu-genocidio-gaza-2147362&amp;source=gmail&amp;ust=1758120956150000&amp;usg=AOvVaw3544j_H_JJdCrYHRJlAjo3">disse Navi Pillay</a>, jurista sul-africana que lidera a comiss&atilde;o, uma ex-ju&iacute;za do Tribunal Penal Internacional e ex-Alta-Comiss&aacute;ria da ONU para os Direitos Humanos.
Israel, que continua a destruir todos os edif&iacute;cios que ainda estejam de p&eacute; na cidade de Gaza e a prosseguir com uma <a href="https://www.publico.pt/2025/09/16/mundo/noticia/israel-lanca-nova-ofensiva-gaza-entra-tanques-cidade-2147348" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.publico.pt/2025/09/16/mundo/noticia/israel-lanca-nova-ofensiva-gaza-entra-tanques-cidade-2147348&amp;source=gmail&amp;ust=1758120956150000&amp;usg=AOvVaw1Bai8T5eFV0s9_mRI-yc6r">ofensiva terrestre</a> de consequ&ecirc;ncias humanit&aacute;rias catastr&oacute;ficas, reagiu, como seria de esperar, considerando as conclus&otilde;es do inqu&eacute;rito "escandalosas" e "falsas" e acusando os seus autores de agirem a mando do Hamas.
A Conven&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre o Genoc&iacute;dio, de 1948, adoptada ap&oacute;s o Holocausto, define o genoc&iacute;dio como um conjunto de crimes "com a inten&ccedil;&atilde;o de destruir, no seu todo ou em parte, um grupo nacional, &eacute;tnico, racial ou religioso".
<a href="https://www.publico.pt/autor/joana-ricarte" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.publico.pt/autor/joana-ricarte&amp;source=gmail&amp;ust=1758120956150000&amp;usg=AOvVaw3-yaBS9Km_iSZ_nkyA7WxB">Joana Ricarte</a>, especialista em M&eacute;dio Oriente, professora e investigadora na Universidade de Coimbra, &eacute; a convidada de hoje.

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Antes de tudo: P24. O dia começa aqui com as notícias que marcam a actualidade, bem explicadas e analisadas. De segunda a sexta, às 7h.

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