O número de crianças com seis anos a frequentar o pré-escolar não pára de aumentar.

Todos os anos, encarregados de educação de milhares de crianças, nascidas entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro, têm de tomar uma decisão: passar para o primeiro ciclo ou ficar mais um ano no pré-escolar. São as chamadas “crianças condicionais”, cuja entrada está também dependente da existência de vagas.

Mas se antigamente a norma era estas crianças entrarem com cinco anos no primeiro ano, a tendência está-se a inverter. No ano lectivo de 2013/14, cerca de seis mil crianças nesta faixa etária ficaram mais um ano no jardim-de-infância. Na altura, representavam apenas 6,14% das crianças com mais de cinco anos no pré-escolar. Dez anos depois, em 2023/24, o número quase triplicou: são agora 16.412 crianças e representam 17,62% das crianças entre os cinco e os seis anos.

Mas afinal, o que mudou? Quais os riscos e benefícios de adiar a entrada no 1.º ciclo? E existe, de facto, uma idade ideal para começar a escola?

Para reflectir sobre estas questões, neste episódio ouvimos Inês Ferraz, psicóloga e investigadora no Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho.

 

O n&uacute;mero de crian&ccedil;as com seis anos a frequentar o pr&eacute;-escolar n&atilde;o p&aacute;ra de aumentar.
Todos os anos, encarregados de educa&ccedil;&atilde;o de milhares de crian&ccedil;as, nascidas entre 16 de Setembro e 31 de Dezembro, t&ecirc;m de tomar uma decis&atilde;o: passar para o primeiro ciclo ou ficar mais um ano no pr&eacute;-escolar. S&atilde;o as chamadas &ldquo;crian&ccedil;as condicionais&rdquo;, cuja entrada est&aacute; tamb&eacute;m dependente da exist&ecirc;ncia de vagas.
Mas se antigamente a norma era estas crian&ccedil;as entrarem com cinco anos no primeiro ano, a tend&ecirc;ncia est&aacute;-se a inverter. No ano lectivo de 2013/14, cerca de seis mil crian&ccedil;as nesta faixa et&aacute;ria ficaram mais um ano no jardim-de-inf&acirc;ncia. Na altura, representavam apenas 6,14% das crian&ccedil;as com mais de cinco anos no pr&eacute;-escolar. Dez anos depois, em 2023/24, o n&uacute;mero quase triplicou: s&atilde;o agora 16.412 crian&ccedil;as e representam 17,62% das crian&ccedil;as entre os cinco e os seis anos.
Mas afinal, o que mudou? Quais os riscos e benef&iacute;cios de adiar a entrada no 1.&ordm; ciclo? E existe, de facto, uma idade ideal para come&ccedil;ar a escola?
Para reflectir sobre estas quest&otilde;es, neste epis&oacute;dio ouvimos In&ecirc;s Ferraz, psic&oacute;loga e investigadora no Centro de Investiga&ccedil;&atilde;o em Estudos da Crian&ccedil;a da Universidade do Minho.
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