"Os economistas são conhecidos por serem especialmente maus a fazer previsões", avisa Susana Peralta, mas a economista e colunista do PÚBLICO tenta ajudar-nos a antever como será este ano de 2025.

O que esperar da economia nacional neste ano, num contexto de incerteza mundial? A conjuntura internacional pode alterar a trajectória da economia e da política nacional?

"Os economistas s&atilde;o conhecidos por serem especialmente maus a fazer previs&otilde;es", avisa Susana Peralta, mas a economista e colunista do P&Uacute;BLICO tenta ajudar-nos&nbsp;a antever como ser&aacute; este ano de 2025.
O que esperar da economia nacional neste ano, num contexto de incerteza mundial? A conjuntura internacional pode alterar a traject&oacute;ria da economia e da pol&iacute;tica nacional?

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Como será 2025? O que esperar da economia nacional neste ano?

O último episódio teve lugar na Roménia. O candidato ultranacionalista Calin Georgescu venceu a primeira volta das eleições presidenciais, mas o Tribunal Constitucional considerou os resultados inválidos, e determinou a repetição da eleição.

A Rússia foi acusada de ter organizado uma campanha de desinformação e manipulação nas redes sociais para favorecer Georgescu, que não esconde as simpatias nazis. À semelhança de outros movimentos de extrema-direita, Georgescu defende o fim do apoio à Ucrânia e a aproximação à Rússia.

Na Alemanha, a AfD pode ser o segundo partido mais votado nas próximas legislativas, que serão antecipadas e, em França, Marine Le Pen faz planos para chegar ao Eliseu.

Neste episódio, João Carvalho, cientista político e investigador do Iscte, observa que há uma “diabolização” da extrema-esquerda, “vista como mais antidemocrática que a extrema-direita”. E que esta tem conseguido normalizar um discurso que antes era impensável.

A ascensão da extrema-direita, adverte João Carvalho, “pode levar a um processo lento de desintegração da União Europeia e ao enfraquecimento do multilateralismo”.

O &uacute;ltimo epis&oacute;dio teve lugar na Rom&eacute;nia. O candidato ultranacionalista Calin Georgescu venceu a primeira volta das elei&ccedil;&otilde;es presidenciais, mas o Tribunal Constitucional considerou os resultados <a href="https://www.publico.pt/2024/12/06/mundo/noticia/tribunal-constitucional-romeno-anula-resultado-eleicoes-presidenciais-2114732" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2024/12/06/mundo/noticia/tribunal-constitucional-romeno-anula-resultado-eleicoes-presidenciais-2114732">inv&aacute;lidos</a>, e determinou a repeti&ccedil;&atilde;o da elei&ccedil;&atilde;o.
A R&uacute;ssia foi acusada de ter organizado uma&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2024/12/04/mundo/noticia/romenia-alvo-ataques-russos-hibridos-agressivos-durante-eleicoes-2114467" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2024/12/04/mundo/noticia/romenia-alvo-ataques-russos-hibridos-agressivos-durante-eleicoes-2114467">campanha</a>&nbsp;de desinforma&ccedil;&atilde;o e manipula&ccedil;&atilde;o nas redes sociais para favorecer&nbsp;Georgescu, que n&atilde;o esconde as simpatias nazis. &Agrave; semelhan&ccedil;a de outros movimentos de extrema-direita,&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2024/12/22/mundo/entrevista/ciprian-cucu-georgescu-nao-sentido-lider-extremadireita-romena-2115212" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2024/12/22/mundo/entrevista/ciprian-cucu-georgescu-nao-sentido-lider-extremadireita-romena-2115212">Georgescu</a>&nbsp;defende o fim do apoio &agrave; Ucr&acirc;nia e a aproxima&ccedil;&atilde;o &agrave; R&uacute;ssia.
Na Alemanha, a&nbsp;AfD&nbsp;pode ser o segundo partido mais votado nas pr&oacute;ximas legislativas, que ser&atilde;o&nbsp;<a href="https://www.publico.pt/2024/12/16/mundo/noticia/scholz-perde-voto-confianca-passo-essencial-eleicoes-antecipadas-2115869" data-cke-saved-href="https://www.publico.pt/2024/12/16/mundo/noticia/scholz-perde-voto-confianca-passo-essencial-eleicoes-antecipadas-2115869">antecipadas</a>&nbsp;e, em Fran&ccedil;a, Marine&nbsp;Le&nbsp;Pen faz planos para chegar ao Eliseu.
Neste epis&oacute;dio, Jo&atilde;o Carvalho, cientista pol&iacute;tico e investigador do&nbsp;Iscte, observa que h&aacute; uma &ldquo;diaboliza&ccedil;&atilde;o&rdquo; da extrema-esquerda, &ldquo;vista como mais antidemocr&aacute;tica que a extrema-direita&rdquo;. E que esta tem conseguido normalizar um discurso que antes era impens&aacute;vel.
A ascens&atilde;o da extrema-direita,&nbsp;adverte Jo&atilde;o Carvalho, &ldquo;pode levar a um processo lento de desintegra&ccedil;&atilde;o da Uni&atilde;o Europeia e ao enfraquecimento do multilateralismo&rdquo;.

O demónio já não é a extrema-direita, mas sim a extrema-esquerda?

Talvez 2024 não venha a figurar na História como um daqueles anos que mudaram tudo, como por exemplo 1929, 1939 ou 1989. Mas talvez a História venha a comprovar que 2024 foi um ano em que muitas tendências que vinham de trás aceleraram e tornaram irreversível um rumo que marcará o futuro próximo. O regresso de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos poderá ser o sinal mais evidente de que o mundo que se construiu sobre a devastação da II Guerra Mundial acabou. Que o que está à nossa frente é uma galáxia de incertezas que inspiram mais receios do que expectativas positivas.

Como será recordado o ano de 2024? Como uma mudança, um prenúncio, uma incerteza ou uma garantia sobre um modelo de futuro? Quisemos ouvir a opinião de Francisco Mendes da Silva, advogado e colunista do Público, sobre o que é certo e o que é provável.

Talvez 2024 n&atilde;o venha a figurar na Hist&oacute;ria como um daqueles anos que mudaram tudo, como por exemplo 1929, 1939 ou 1989. Mas talvez a Hist&oacute;ria venha a comprovar que 2024 foi um ano em que muitas tend&ecirc;ncias que vinham de tr&aacute;s aceleraram e tornaram irrevers&iacute;vel um rumo que marcar&aacute; o futuro pr&oacute;ximo. O regresso de Donald Trump &agrave; presid&ecirc;ncia dos Estados Unidos poder&aacute; ser o sinal mais evidente de que o mundo que se construiu sobre a devasta&ccedil;&atilde;o da&nbsp;II&nbsp;Guerra Mundial acabou. Que o que est&aacute; &agrave; nossa frente &eacute; uma gal&aacute;xia de incertezas que inspiram mais receios do que expectativas positivas.
Como ser&aacute; recordado o ano de 2024? Como uma mudan&ccedil;a, um pren&uacute;ncio, uma incerteza ou uma garantia sobre um modelo de futuro? Quisemos ouvir a opini&atilde;o de Francisco Mendes da Silva, advogado e colunista do P&uacute;blico, sobre o que &eacute; certo e o que &eacute; prov&aacute;vel.

2024, o ano em que o mundo ficou ainda mais louco

Em Novembro, quando deu posse aos novos dirigentes do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, insistiu na prioridade de um objectivo estratégico assumido pelo país, pelo menos, desde que Mariano Gago assumiu o cargo de ministro da Ciência, já lá vão 20 anos: o de promover a transformação da economia portuguesa através do conhecimento, da ciência, da tecnologia e da inovação. Nesse momento, Montenegro alertou para uma evidência: o que se semeia hoje em ciência exige anos de espera até que possa ser colhido. E, para nossa sorte e esperança, o que foi semeado no passado começa agora a dar frutos.

José Manuel Mendonça é um dos académicos e investigadores que andam há anos na linha da frente deste combate. Foi presidente do Inesc Tec e toda a sua vida profissional foi dedicada à produção de ciência e à criação de pontes entre a investigação, a economia e a sociedade. É o convidado do episódio de hoje do P24 para nos ajudar a compreender o que está a mudar.

Em Novembro, quando deu posse aos novos dirigentes do Conselho Nacional de Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o, o primeiro-ministro, Lu&iacute;s Montenegro, insistiu na prioridade de um objectivo estrat&eacute;gico assumido pelo pa&iacute;s, pelo menos, desde que Mariano Gago assumiu o cargo de ministro da Ci&ecirc;ncia, j&aacute; l&aacute; v&atilde;o 20 anos: o de promover a transforma&ccedil;&atilde;o da economia portuguesa atrav&eacute;s do conhecimento, da ci&ecirc;ncia, da tecnologia e da inova&ccedil;&atilde;o. Nesse momento, Montenegro alertou para uma evid&ecirc;ncia: o que se semeia hoje em ci&ecirc;ncia exige anos de espera at&eacute; que possa ser colhido. E, para nossa sorte e esperan&ccedil;a, o que foi semeado no passado come&ccedil;a agora a dar frutos.
Jos&eacute; Manuel Mendon&ccedil;a &eacute; um dos acad&eacute;micos e investigadores que andam h&aacute; anos na linha da frente deste combate. Foi presidente do&nbsp;Inesc&nbsp;Tec&nbsp;e toda a sua vida profissional foi dedicada &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de ci&ecirc;ncia e &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de pontes entre a investiga&ccedil;&atilde;o, a economia e a sociedade. &Eacute; o convidado do epis&oacute;dio de hoje do&nbsp;P24&nbsp;para nos ajudar a compreender o que est&aacute; a mudar.

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