O que é hoje o Afeganistão? Três anos depois de terem assegurado o controlo de Cabul, a 15 de Agosto de 2021, os taliban estão num processo de consolidação do regime, mas a economia está de rastos, uma vez que as doações internacionais diminuíram substancialmente.

A deterioração das condições de vida e dos direitos humanos causaram mais de três milhões de deslocados internos e, pelo menos, a fuga de 1,6 milhões de pessoas para os países vizinhos.

Neste país onde a discriminação das mulheres é uma prioridade ideológica, os taliban têm vindo a endurecer a lei da promoção da virtude e prevenção do vício, é mesmo assim que ela se chama, que impõe restrições medievais às mulheres afegãs, cuja voz não pode, por exemplo, ser ouvida em público.

Como relembrou Meryl Streep, na semana passada, “um pássaro pode cantar em Cabul, mas uma mulher não pode cantar em público.

Ao mesmo tempo, foram agravadas as penas aos maridos, pais, e irmãos que não façam as mulheres cumprir esses decretos.

Neste episódio do P24, Ricardo Alexandre, autor de Breve História do Afeganistão de A a Z, refere que estes decretos foram alvo de alguma oposição interna, mas sem consequências conhecidas.

Editor internacional da TSF e investigador integrado do Ipri, Ricardo Alexandre, acrescenta que a comunidade internacional cometeu o erro de não ter promovido um diálogo intra-afegão, aquando da derrota talibã, para assegurar uma reconciliação nacional.

O que é hoje o Afeganistão? Três anos depois de terem assegurado o controlo de Cabul, a 15 de Agosto de 2021, os taliban estão num processo de consolidação do regime, mas a economia está de rastos, uma vez que as doações internacionais diminuíram substancialmente.
A deterioração das condições de vida e dos direitos humanos causaram mais de três milhões de deslocados internos e, pelo menos, a fuga de 1,6 milhões de pessoas para os países vizinhos.
Neste país onde a discriminação das mulheres é uma prioridade ideológica, os taliban têm vindo a endurecer a <a href="https://www.publico.pt/2024/09/07/mundo/noticia/nova-lei-afega-impede-mulheres-levantar-voz-casa-maioria-conselho-seguranca-condena-2103280" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="2">lei da promoção da virtude e prevenção do vício</a>, é mesmo assim que ela se chama, que impõe restrições medievais às mulheres afegãs, cuja voz não pode, por exemplo, ser ouvida em público.
Como relembrou Meryl Streep, na semana passada, “um pássaro pode cantar em Cabul, mas <a href="https://www.publico.pt/2024/08/29/p3/noticia/lei-silencio-mulheres-afegas-cantam-internet-desafiam-taliban-2102201" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="3">uma mulher não pode cantar em público</a>.
Ao mesmo tempo, foram agravadas as penas aos maridos, pais, e irmãos que não façam as mulheres cumprir esses decretos.
Neste episódio do P24, Ricardo Alexandre, autor de <a href="https://www.wook.pt/livro/breve-historia-do-afeganistao-de-a-a-z-ricardo-alexandre/25880085?srsltid=AfmBOoqK08YUTKYZQ7GKQq_CtyGW26SHjy_6XRovglSJLUcXrfJpOEds" data-auth="NotApplicable" data-linkindex="4">Breve História do Afeganistão de A a Z</a>, refere que estes decretos foram alvo de alguma oposição interna, mas sem consequências conhecidas.
Editor internacional da TSF e investigador integrado do Ipri, Ricardo Alexandre, acrescenta que a comunidade internacional cometeu o erro de não ter promovido um diálogo intra-afegão, aquando da derrota talibã, para assegurar uma reconciliação nacional.

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