A notícia chegou ontem à hora de jantar pela RTP, pelo PÚBLICO e pela Antena 1: em vésperas do período de reflexão que antecede as eleições de domingo, a AD alargou a sua distância em relação ao PS para oito pontos percentuais. Face ao estudo anterior do CESOP, o centro de sondagens da Universidade Católica, a AD sobe dois pontos e o PS cai dois pontos. Já o Chega, recua ligeiramente para os 19%. Se as indicações desta sondagem se cumprirem, o partido de André Ventura pode aspirar manter a sua actual bancada de 50 deputados.

Tanto ou mais surpreendente que a relação de forças entre AD e PS ou o resultado do Chega é o desempenho da Iniciativa Liberal neste inquérito. Numa semana com fortes apelos ao voto útil por parte de Luís Montenegro e da AD, o partido de Rui Rocha não só resiste como sobe um ponto percentual, para 7%. Quer isto dizer que, em conjunto, IL e AD ficam perto do limiar da maioria absoluta, caso se disponham a um acordo de governo ou a um entendimento parlamentar depois do próximo domingo.

Neste cenário, o número de mandatos dos dois partidos no parlamento seria maior do que a soma de todos os partidos de esquerda. Porque se o PS cai dois pontos, o Livre sobe apenas um, para 5%, o PAN recua o,5% e o Bloco e o PCP mantêm a votação do último inquérito, ou seja, 3%. Com a maioria de deputados face ao bloco conjunto da esquerda, a AD e a IL deixariam o Chega na ingrata posição de votar ao lado de comunistas ou bloquistas para chumbar matérias sensíveis como o programa do Governo ou o Orçamento do Estado.

Com o número de indecisos a recuar de 15 para 12%, subsistem ainda margens muito amplas para a incerteza. 35% dos inquiridos admitem ainda a possibilidade de mudar o seu sentido de voto. O que, querendo dizer que ainda é cedo para determinar resultados, significa também que o estudo da Católica reforça as probabilidades de vitória da AD. Até porque um dos seus principais engulhos, o caso da Spinumviva, foi considerado pouco ou nada importante para a definição do sentido de voto de 29% dos inquiridos – pelo contrário, 22% considera este caso muito importante.

Como interpretar estes resultados na recta final da campanha? Contamos para essa tarefa com a presença de David Pontes, director do PÚBLICO, neste episódio.

A not&iacute;cia chegou ontem &agrave; hora de jantar pela RTP, pelo P&Uacute;BLICO e pela Antena 1: em v&eacute;speras do per&iacute;odo de reflex&atilde;o que antecede as elei&ccedil;&otilde;es de domingo, a&nbsp;AD&nbsp;alargou a sua dist&acirc;ncia em rela&ccedil;&atilde;o ao PS para oito pontos percentuais. Face ao estudo anterior do&nbsp;CESOP, o centro de sondagens da Universidade Cat&oacute;lica, a&nbsp;AD&nbsp;sobe dois pontos e o PS cai dois pontos. J&aacute; o Chega,&nbsp;recua ligeiramente para os 19%. Se as indica&ccedil;&otilde;es desta sondagem se cumprirem, o partido de Andr&eacute; Ventura pode aspirar manter a sua actual bancada de 50 deputados.
Tanto ou mais surpreendente que a rela&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as entre&nbsp;AD&nbsp;e PS&nbsp;ou o resultado do Chega &eacute; o desempenho da Iniciativa Liberal neste inqu&eacute;rito. Numa semana com fortes apelos ao voto &uacute;til por parte de Lu&iacute;s Montenegro e da&nbsp;AD, o partido de Rui Rocha n&atilde;o s&oacute; resiste como sobe um ponto percentual, para 7%. Quer isto dizer que, em conjunto,&nbsp;IL&nbsp;e&nbsp;AD&nbsp;ficam perto do limiar da maioria absoluta, caso se disponham a um acordo de governo ou a um entendimento parlamentar depois do pr&oacute;ximo domingo.
Neste cen&aacute;rio, o n&uacute;mero de mandatos dos dois partidos no parlamento seria maior do que a soma de todos os partidos de esquerda. Porque se o PS cai dois pontos, o Livre sobe apenas um, para 5%, o PAN recua&nbsp;o,5% e o Bloco e o PCP mant&ecirc;m a vota&ccedil;&atilde;o do &uacute;ltimo inqu&eacute;rito, ou seja, 3%. Com a maioria de deputados face ao bloco conjunto da esquerda, a&nbsp;AD&nbsp;e a&nbsp;IL&nbsp;deixariam o Chega na ingrata posi&ccedil;&atilde;o de votar ao lado de comunistas ou bloquistas para chumbar mat&eacute;rias sens&iacute;veis como o programa do Governo ou o Or&ccedil;amento do Estado.
Com o n&uacute;mero de indecisos a recuar de 15 para 12%, subsistem ainda margens muito amplas para a incerteza. 35% dos inquiridos admitem ainda a possibilidade de mudar o seu sentido de voto. O que, querendo dizer que ainda &eacute; cedo para determinar resultados, significa tamb&eacute;m que o estudo da Cat&oacute;lica refor&ccedil;a as probabilidades de vit&oacute;ria da&nbsp;AD. At&eacute; porque um dos seus principais engulhos, o caso da&nbsp;Spinumviva, foi considerado pouco ou nada importante para a defini&ccedil;&atilde;o do sentido de voto de 29% dos inquiridos &ndash; pelo contr&aacute;rio, 22% considera este caso muito importante.
Como interpretar estes resultados na recta final da campanha? Contamos para essa tarefa com a presen&ccedil;a de David Pontes, director do P&Uacute;BLICO, neste epis&oacute;dio.

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