Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), toda ação policial no Estado do Rio de Janeiro deve ser gravada por câmeras corporais – uma determinação que entrou em vigor em maio de 2022. A medida tem objetivos claros: proteger os policiais que agem corretamente e constranger aqueles que cometem irregularidades. E foram episódios como esses, de agentes expostos a riscos e de outros cometendo crimes, que os jornalistas da GloboNews Marcelo Bruzzi e Guilherme Ramalho encontraram em quase 800 processos criminais sobre os quais se debruçaram. Para produzir a série de reportagens “Lente de aumento”, sobre o uso de câmeras corporais pela PM do Rio, eles investigaram por seis meses os registros desses processos – e contam o que de mais importante encontraram nesta conversa com Natuza Nery. Ela entrevista também Daniel Edler, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP e da Universidade de Glasgow, que amplia o debate para o âmbito nacional.