“Há um problema na democracia: os governos só trabalham para quatro anos. Não estabelecem objetivos para o futuro”Palavras de Paula Franco, bastonária da Ordem dos contabilistas certificados, nesta emissão do Negócios da Semana em podcast, que contou ainda com a participação do fiscalista Luis Leon, cofundador da consultora ILYA, e do presidente da Associação Empresarial do Minho, Ricardo Costa, e a habitual moderação de José Gomes Ferreira. Apesar de oficialmente o nível da carga fiscal em Portugal ainda estar abaixo da média europeia, os portugueses sentem todos os dias a falta de qualidade e quantidade dos serviços correspondentes que o Estado devia fornecer aos cidadãos, mas não fornece. Seja na saúde, na educação, na justiça, na segurança social e na generalidade dos serviços, as falhas são demasiado evidentes para justificar uma carga fiscal que já ultrapassa os 36 por cento do PIB, mais de 80 mil milhões de euros por ano. A máquina do Estado, que existe para servir os cidadãos, gasta quase 100 mil milhões de euros, muito mais todos os anos do que o que recebe em impostos, taxas de segurança social e em novos financiamentos através da dívida pública.