Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das dúvidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cenário de quase estagnação na Europa, o Governo mantém na agenda um mega pacote de obras faraónicas. E a obra que vai ficar mais cara ao país é precisamente a da construção de uma nova rede de alta velocidade ferroviária. Serão 20 a 25 mil milhões de euros a preços correntes a pagar pelos contribuintes portugueses em rendas de Parcerias Público-Privadas até ao fim da concessão por 30 anos. Não só os contribuintes vão ter de pagar a quase totalidade da fatura nas rendas anuais das PPP, como o resultado será uma obra de duvidosa utilidade, porque não permitirá o aceso direto de comboios de passageiros e mercadorias à rede europeia nem a entrada direta dos europeus em Portugal. Além dos evidentes erros estratégicos, económicos e financeiros, ficam no ar fortes suspeitas de favorecimento e de forte capacidade de influência de grandes grupos nacionais sobre os sucessivos governos.

Mario Lopes (engenheiro, professor do Instituto Superior Técnico, foi presidente da ADFERSIT, Associação Portuguesa para o Desenvolvimento de Sistemas Integrados de Transportes) e Paulo Morais (matemático, professor, autarca, presidente da Associação Frente Cívica, foi candidato à Presidência da República e autor de vários livros sobre combate à corrupção) são os convidados de José Gomes Ferreira no programa Negócios da Semana, emitido na SIC Notícias a 26 de novembro.

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Apesar da instabilidade dos mercados financeiros internacionais, e das d&uacute;vidas sobre a sustentabilidade da economia portuguesa em cen&aacute;rio de quase estagna&ccedil;&atilde;o na Europa, o Governo mant&eacute;m na agenda um mega pacote de obras fara&oacute;nicas. E a obra que vai ficar mais cara ao pa&iacute;s &eacute; precisamente a da constru&ccedil;&atilde;o de uma nova rede de alta velocidade ferrovi&aacute;ria. Ser&atilde;o 20 a 25 mil milh&otilde;es de euros a pre&ccedil;os correntes a pagar pelos contribuintes portugueses em rendas de Parcerias P&uacute;blico-Privadas at&eacute; ao fim da concess&atilde;o por 30 anos. N&atilde;o s&oacute; os contribuintes v&atilde;o ter de pagar a quase totalidade da fatura nas rendas anuais das PPP, como o resultado ser&aacute; uma obra de duvidosa utilidade, porque n&atilde;o permitir&aacute; o aceso direto de comboios de passageiros e mercadorias &agrave; rede europeia nem a entrada direta dos europeus em Portugal. Al&eacute;m dos evidentes erros estrat&eacute;gicos, econ&oacute;micos e financeiros, ficam no ar fortes suspeitas de favorecimento e de forte capacidade de influ&ecirc;ncia de grandes grupos nacionais sobre os sucessivos governos.
Mario Lopes (engenheiro, professor do Instituto Superior T&eacute;cnico, foi presidente da ADFERSIT, Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa para o Desenvolvimento de Sistemas Integrados de Transportes) e Paulo Morais (matem&aacute;tico, professor, autarca, presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Frente C&iacute;vica, foi candidato &agrave; Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica e autor de v&aacute;rios livros sobre combate &agrave; corrup&ccedil;&atilde;o) s&atilde;o os convidados de Jos&eacute; Gomes Ferreira no programa Neg&oacute;cios da Semana, emitido na SIC Not&iacute;cias a 26 de novembro.
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Negócios da Semana é um programa de José Gomes Ferreira. Os termos e realidades da Economia nacional e internacional explicados todas as semanas na SIC Notícias. Passa na televisão quarta-feira, às 23h, e é publicado em podcast na quinta.

Negócios da Semana é um programa de José Gomes Ferreira. Os termos e realidades da Economia nacional e internacional explicados todas as semanas na SIC Notícias. Passa na televisão quarta-feira, às 23h, e é publicado em podcast na quinta.

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