O cientista e diplomata brasileiro Ernesto Mané Jr., que acaba de publicar na editora Tinta da China do Brasil o livro Antes do Início, um diário da sua primeira viagem a África, numa busca da sua identidade guineense é o nosso entrevistado deste episódio. Nascido em João Pessoa, na Paraíba, Ernesto Mané Jr. é filho de um economista guineense e este é o relato da sua viagem às origens, da visita aos seus familiares na Guiné-Bissau.

Uma conversa com um físico nuclear de formação que resolveu seguir outra carreira, a de diplomata, depois de ter percorrido as pegadas do seu pai, com quem não conviveu durante a sua infância e ao qual se reaproximou quando tinha 20 anos. O livro é um diário de uma jornada emocional e formativa que esteve na gaveta alguns anos e agora foi trabalhado como obra literária. Hoje Ernesto Mané Jr. já é, orgulhosamente cidadão da Guiné-Bissau.

Na primeira parte, a Guiné-Bissau também faz parte do menu da conversa entre António Rodrigues e Elísio Macamo. A crise democrática que o país atravessa vai saldar-se com um acontecimento histórico: pela primeira vez na história de 52 anos de independência o PAIGC e o seu líder não vão concorrer nas eleições.

E não foi por o antigo partido único se ter tornado irrelevante no panorama político da Guiné-Bissau. O PAIGC com a sua coligação PAI-Terra Ranka venceu as eleições de Junho de 2023 com maioria absoluta. Passou foi a ser visto pelo Presidente guineense como um obstáculo à sua visão autoritária da política e ao seu desejo de criar uma maioria parlamentar para mudar a Constituição e transformar o sistema político para um regime presidencialista, mais de acordo com a sua prática do poder, que ele próprio várias vezes mencionou: na Guiné-Bissau há só um chefe, Umaro Sissoco Embaló.

Também vamos falar da queda do Presidente em Madagáscar. Andry Rajoelina – que, na verdade, em malgaxe se pronuncia Antsh Ratzuelna –, não resistiu aos protestos de um movimento jovem chamado Gen Z ou geração Z que tem vindo a realizar manifestações substanciais nos últimos tempos em Ásia e África. Não se trata de um movimento transnacional, mas “antes de uma tomada de consciência colectiva de uma juventude que deseja criar um espaço horizontal para partilha de soluções”. E que se vê com capacidade para exercer pressão nas ruas.

O cientista e diplomata brasileiro Ernesto Man&eacute; Jr., que acaba de publicar na editora Tinta da China do Brasil o livro Antes do In&iacute;cio, um di&aacute;rio da sua primeira viagem a &Aacute;frica, numa busca da sua identidade guineense &eacute; o nosso entrevistado deste epis&oacute;dio. Nascido em Jo&atilde;o Pessoa, na Para&iacute;ba, Ernesto Man&eacute; Jr. &eacute; filho de um economista guineense e este &eacute; o relato da sua viagem &agrave;s origens, da visita aos seus familiares na Guin&eacute;-Bissau.
Uma conversa com um f&iacute;sico nuclear de forma&ccedil;&atilde;o que resolveu seguir outra carreira, a de diplomata, depois de ter percorrido as pegadas do seu pai, com quem n&atilde;o conviveu durante a sua inf&acirc;ncia e ao qual se reaproximou quando tinha 20 anos. O livro &eacute; um di&aacute;rio de uma jornada emocional e formativa que esteve na gaveta alguns anos e agora foi trabalhado como obra liter&aacute;ria. Hoje Ernesto Man&eacute; Jr. j&aacute; &eacute;, orgulhosamente cidad&atilde;o da Guin&eacute;-Bissau.
Na primeira parte, a Guin&eacute;-Bissau tamb&eacute;m faz parte do menu da conversa entre Ant&oacute;nio Rodrigues e El&iacute;sio Macamo. A crise democr&aacute;tica que o pa&iacute;s atravessa vai saldar-se com um acontecimento hist&oacute;rico: pela primeira vez na hist&oacute;ria de 52 anos de independ&ecirc;ncia o PAIGC e o seu l&iacute;der n&atilde;o v&atilde;o concorrer nas elei&ccedil;&otilde;es.
E n&atilde;o foi por o antigo partido &uacute;nico se ter tornado irrelevante no panorama pol&iacute;tico da Guin&eacute;-Bissau. O PAIGC com a sua coliga&ccedil;&atilde;o PAI-Terra Ranka venceu as elei&ccedil;&otilde;es de Junho de 2023 com maioria absoluta. Passou foi a ser visto pelo Presidente guineense como um obst&aacute;culo &agrave; sua vis&atilde;o autorit&aacute;ria da pol&iacute;tica e ao seu desejo de criar uma maioria parlamentar para mudar a Constitui&ccedil;&atilde;o e transformar o sistema pol&iacute;tico para um regime presidencialista, mais de acordo com a sua pr&aacute;tica do poder, que ele pr&oacute;prio v&aacute;rias vezes mencionou: na Guin&eacute;-Bissau h&aacute; s&oacute; um chefe, Umaro Sissoco Embal&oacute;.
Tamb&eacute;m vamos falar da queda do Presidente em Madag&aacute;scar. Andry Rajoelina &ndash; que, na verdade, em malgaxe se pronuncia Antsh Ratzuelna &ndash;, n&atilde;o resistiu aos protestos de um movimento jovem chamado Gen Z ou gera&ccedil;&atilde;o Z que tem vindo a realizar manifesta&ccedil;&otilde;es substanciais nos &uacute;ltimos tempos em &Aacute;sia e &Aacute;frica. N&atilde;o se trata de um movimento transnacional, mas &ldquo;antes de uma tomada de consci&ecirc;ncia colectiva de uma juventude que deseja criar um espa&ccedil;o horizontal para partilha de solu&ccedil;&otilde;es&rdquo;. E que se v&ecirc; com capacidade para exercer press&atilde;o nas ruas.

Como dizia Eduardo White, os países africanos são hoje cacos dos sonhos que partiram ontem. António Rodrigues e Elísio Macamo discutem, a cada duas semanas, como colá-los.

Como dizia Eduardo White, os países africanos são hoje cacos dos sonhos que partiram ontem. António Rodrigues e Elísio Macamo discutem, a cada duas semanas, como colá-los.

António Rodrigues e Elísio Macamo discutem, a cada duas semanas, a actualiade africana.

Na Terra dos Cacos

 Os temas africanos no centro do debate.

Os temas africanos no centro do debate.

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