A chegada do 25 de Abril trouxe para o jornal Expresso a libertação de um garrote que se ia apertando. "Foi um dia vibrante, mas bastante confuso", lembra Francisco Pinto Balsemão. "O 25 de Abril foi um golpe de Estado indiscutivelmente bem preparado, bem executado e que, coisa rara para Portugal, conseguiu, até à última hora e no próprio dia, manter um elevado grau de secretismo."

Mas passada a euforia das primeiras semanas, tornou-se visível que havia fações entre os militares e os conceitos de democracia dos principais partidos não coincidam uns com os outros. O poder do PCP, cujo modelo para Portugal era o da União Soviética, afirmou-se com rapidez, nomeadamente através do controlo dos meios de comunicação social, com prioridade para a RTP e a Emissora Nacional, mas também com presença crescente nos principais diários. Ficaram na memória de todos os saneamentos selvagens operados pela Direção do Diário de Notícias e a Rádio Renascença foi palco de uma prolongada luta entre marxistas-leninistas e comunistas. 

O verdadeiro PREC, das nacionalizações, das ocupações e dos saneamentos, começa a partir do 11 de Março. A atmosfera fica tensa, mas o Expresso continua a ser o meio de comunicação social de referência, a lutar pela liberdade e pela democracia, de forma serena e indo ao fundo das questões, sem títulos sensacionalistas. Entre vários episódios e peripécias, Francisco Balsemão recorda a bomba que destruiu uma parte do seu carro e a noite que chegou a passar no seu gabinete do Expresso, com uma pistola em cima da secretária, "à espera do assalto anunciado por um grupo de extrema-esquerda, assalto que nunca aconteceu". 

Oiça aqui o último episódio da segunda temporada de 'Memórias'. Na próxima semana vamos abrir o capítulo que vai de 1974 a 1983, sobre o PSD, os Governos da Aliança Democrática e a consolidação da Democracia em Portugal. 

A chegada do 25 de Abril trouxe para o jornal Expresso a liberta&ccedil;&atilde;o de um garrote que se ia apertando. "Foi um dia vibrante, mas bastante confuso", lembra Francisco Pinto Balsem&atilde;o. "O 25 de Abril foi um golpe de Estado indiscutivelmente bem preparado, bem executado e que, coisa rara para Portugal, conseguiu, at&eacute; &agrave; &uacute;ltima hora e no pr&oacute;prio dia, manter um elevado grau de secretismo."
Mas passada a euforia das primeiras semanas, tornou-se vis&iacute;vel que havia fa&ccedil;&otilde;es entre os militares e os conceitos de democracia dos principais partidos n&atilde;o coincidam uns com os outros. O poder do PCP, cujo modelo para Portugal era o da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica, afirmou-se com rapidez, nomeadamente atrav&eacute;s do controlo dos meios de comunica&ccedil;&atilde;o social, com prioridade para a RTP e a Emissora Nacional, mas tamb&eacute;m com presen&ccedil;a crescente nos principais di&aacute;rios. Ficaram na mem&oacute;ria de todos os saneamentos selvagens operados pela Dire&ccedil;&atilde;o do Di&aacute;rio de Not&iacute;cias e a R&aacute;dio Renascen&ccedil;a foi palco de uma prolongada luta entre marxistas-leninistas e comunistas.&nbsp;
O verdadeiro PREC, das nacionaliza&ccedil;&otilde;es, das ocupa&ccedil;&otilde;es e dos saneamentos, come&ccedil;a a partir do 11 de Mar&ccedil;o. A atmosfera fica tensa, mas o Expresso continua a ser o meio de comunica&ccedil;&atilde;o social de refer&ecirc;ncia, a lutar pela liberdade e pela democracia, de forma serena e indo ao fundo das quest&otilde;es, sem t&iacute;tulos sensacionalistas. Entre v&aacute;rios epis&oacute;dios e perip&eacute;cias, Francisco Balsem&atilde;o recorda a bomba que destruiu uma parte do seu carro e a noite que chegou a passar no seu gabinete do Expresso, com uma pistola em cima da secret&aacute;ria, "&agrave; espera do assalto anunciado por um grupo de extrema-esquerda, assalto que nunca aconteceu".&nbsp;
Oi&ccedil;a aqui o &uacute;ltimo epis&oacute;dio da segunda temporada de 'Mem&oacute;rias'. Na pr&oacute;xima semana vamos abrir o cap&iacute;tulo que vai de 1974 a 1983, sobre o PSD, os Governos da Alian&ccedil;a Democr&aacute;tica e a consolida&ccedil;&atilde;o da Democracia em Portugal.&nbsp;

Nestas memórias, Francisco Pinto Balsemão guia-nos pelas suas origens beirãs, pela extensa família, pelo bairro da Lapa, a Quinta da Marinha, a Duque de Palmela e o mundo das suas viagens; mas leva-nos também ao universo da sua infância, ao Liceu Pedro Nunes, à Faculdade de Direito, à Força Aérea e à sua incursão pelo ensino universitário. Não fica, no entanto, por aqui: abre-nos as portas das empresas familiares, do Diário Popular, do Expresso, da SIC, e não só; apresenta-nos os meandros da política – no seu melhor e no seu pior –, desde a aventura da Ala Liberal e o PSD, até hoje não esquecendo alianças e traições.

Muitas histórias, onde perpassam aventuras e devaneios, mas nas quais sobressaem os amigos e, primordialmente, a mulher, os filhos e os netos. Aqui se escalpeliza toda uma vida, um percurso ímpar que contribuiu decisivamente para formar o Portugal de hoje.

'Memórias' é uma janela aberta para a vida de Francisco Pinto Balsemão e uma visita guiada pelo seu caminho e pela sua obra.

Com o objetivo de partilhar mais ampla e gratuitamente a sua vida e obra com o grande público, todo o livro é reproduzido em quatro temporadas de podcast, num total de 24 episódios. 

'Memórias de Francisco Pinto Balsemão' é um podcast do Expresso, editado pela agência de inovação Instinct a partir da voz de Francisco Pinto Balsemão, com sonoplastia de João Luís Amorim, coordenação de Mónica Balsemão e Joana Beleza, direção de João Vieira Pereira.

Baseado na obra homónima publicada pela Porto Editora, contou ainda com a participação especial de Clara de Sousa na leitura de capítulos e subtítulos.

Nestas mem&oacute;rias, Francisco Pinto Balsem&atilde;o guia-nos pelas suas origens beir&atilde;s, pela extensa fam&iacute;lia, pelo bairro da Lapa, a Quinta da Marinha, a Duque de Palmela e o mundo das suas viagens; mas leva-nos tamb&eacute;m ao universo da sua inf&acirc;ncia, ao Liceu Pedro Nunes, &agrave; Faculdade de Direito, &agrave; For&ccedil;a A&eacute;rea e &agrave; sua incurs&atilde;o pelo ensino universit&aacute;rio. N&atilde;o fica, no entanto, por aqui: abre-nos as portas das empresas familiares, do Di&aacute;rio Popular, do Expresso, da SIC, e n&atilde;o s&oacute;; apresenta-nos os meandros da pol&iacute;tica &ndash; no seu melhor e no seu pior &ndash;, desde a aventura da Ala Liberal e o PSD, at&eacute; hoje n&atilde;o esquecendo alian&ccedil;as e trai&ccedil;&otilde;es.
Muitas hist&oacute;rias, onde perpassam aventuras e devaneios, mas nas quais sobressaem os amigos e, primordialmente, a mulher, os filhos e os netos. Aqui se escalpeliza toda uma vida, um percurso &iacute;mpar que contribuiu decisivamente para formar o Portugal de hoje.
'Mem&oacute;rias' &eacute; uma janela aberta para a vida de Francisco Pinto Balsem&atilde;o e uma visita guiada pelo seu caminho e pela sua obra. Com o objetivo de partilhar mais ampla e gratuitamente a sua vida e obra com o grande p&uacute;blico, todo o livro &eacute; reproduzido em quatro temporadas de podcast, num total de 24 epis&oacute;dios.&nbsp;
'Mem&oacute;rias de Francisco Pinto Balsem&atilde;o' &eacute; um podcast do Expresso, editado pela ag&ecirc;ncia de inova&ccedil;&atilde;o Instinct a partir da voz de Francisco Pinto Balsem&atilde;o, com sonoplastia de Jo&atilde;o Lu&iacute;s Amorim, coordena&ccedil;&atilde;o de M&oacute;nica Balsem&atilde;o e Joana Beleza, dire&ccedil;&atilde;o de Jo&atilde;o Vieira Pereira.
Baseado na obra hom&oacute;nima publicada pela Porto Editora, contou ainda com a participa&ccedil;&atilde;o especial de Clara de Sousa na leitura de cap&iacute;tulos e subt&iacute;tulos.

'Memórias' é uma janela aberta para a vida de Francisco Pinto Balsemão e uma visita guiada pelo seu caminho e pela sua obra

Memórias de Francisco Pinto Balsemão

Francisco Balsemão lembra as peripécias e apertos que o Expresso passou durante a Revolução e os primeiros anos da Democracia (1974-1979)

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