O abrigo em que passo as noites mais agressivas de ataques aéreos contra a capital ucraniana é grande, frio, labiríntico, e cheira a humidade. Recebe, por norma, cerca de 200 pessoas. Uns vêm mais bem preparados do que outros. Há famílias que trazem colchões de yoga, almofadas, mantas, bancos de pescador, para que as horas passem da forma mais confortável possível. As vozes de tanta gente junta ao mesmo tempo, à espera que o perigo desapareça, às tantas, parecem uma reza conjunta. Neste segundo episódio, Iryna Shev leva-nos até ao bunker com as restantes famílias ucranianas.