Durante a quarentena, Ricardo Araújo Pereira deixava o apelo em Isto é Gozar com Quem Trabalha: "mais depressa se fazia o hashtag vai ficar tudo sem. Sem emprego, sem dinheiro, sem paciência, sem casamento. Façam uma hashtag que não nos trate como crianças e seja realista sem ser catastrofista mantendo a esperança". Numa semana que tinha ficado marcada pelo regresso da Telescola, até o humorista vestiu as calças à boca de sino. Os anos 70 estavam de volta. E com o pico da pandemia a apontar para o fim de maio, como a ministra Marta Temido tinha prevenido, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional quis marcar o regresso da competição precisamente para essa altura. Claro que havia cautelas, certamente. Por exemplo, por causa do distanciamento social, seria impossível jogar em 442. As equipas teriam de jogar em 1111111. Que, em transição ofensiva, se desdobraria num 1111111. A consciência a falar mais alto.