A gente vive numa era onde a produtividade é celebrada como uma grande meta. Ser produtivo é uma grande virtude.
Frases como "trabalhe enquanto eles dormem" ecoam em discursos motivacionais e nas redes sociais, criando uma cultura que glorifica o esforço constante e a performance ininterrupta.
Isso se intensificou ainda mais com transformações recentes no ambiente de trabalho.
A introdução do home office e a flexibilidade de horários, por exemplo, que inicialmente prometiam maior equilíbrio, acabaram misturando ainda mais as fronteiras entre vida pessoal e profissional. Em vez de trabalhar menos, muitos estão trabalhando mais, sempre conectados, sempre disponíveis.
Estar sempre ocupado e produzindo cada vez mais se tornou o padrão no trabalho…
E acabou transbordando pra vida pessoal.
Nosso tempo "livre" está sendo ocupado cada vez mais com tarefas, cursos e outras atividades "úteis".
E, nos breves e raros momentos de lazer e descanso, acabamos nos sentindo culpados por estarmos "perdendo tempo".
Até que ponto isso é saudável?
Túlio Custódio investiga a "produtividade tóxica".
E o caminho para um equilíbrio entre a busca por resultados e a necessidade de descanso e desconexão.
E convida para enriquecer a conversa, Ediane Ribeiro, psicóloga especializada em traumas, consultora em saúde mental, emoções e comportamento.