Quando a gente fala de periferia, é comum que as conversas sejam marcadas por estereótipos negativos ou pelo olhar da compaixão.
A periferia é frequentemente retratada como um lugar à margem, esquecido pelo governo e pelo mercado.
Outras vezes, é vista como o epicentro de problemas sociais.
Mas há uma verdade poderosa que pode passar despercebida.
A periferia é um lugar de força, potência e resistência. Ela é o lar de uma parcela significativa da população brasileira. E, mais do que isso, é um berço de inovação.
É de lá que saem algumas das ideias mais criativas e transformadoras do Brasil – seja no campo da economia, da cultura ou da política. Essas soluções nascem movidas pela urgência da realidade, mas também pela riqueza da diversidade e pela inteligência coletiva que floresce no cotidiano.
No campo cultural, as periferias brasileiras são verdadeiros laboratórios de arte e expressão. Elas abrigam movimentos que reinventam estéticas, rompem barreiras e influenciam a música, o cinema, a literatura e as artes visuais.
Na economia, são berços de empreendedorismo criativo, onde novos modelos de negócios surgem, gerando riqueza e distribuindo oportunidades.
E, politicamente, são o palco de movimentos sociais que buscam reconfigurar o espaço de poder, promovendo inclusão e luta por direitos.
Ju Wallauer explorar as forças criativas que emergem da periferia e que reverberam pelo país, transformando o Brasil. E para issos, conversa com Katia Ramalho Gomes, analista de programas e projetos da Fundação Tide Setubal. É responsável pela estruturação e gestão do monitoramento de resultados das ações de fomento na instituição; Bruno Desidério, líder social do programa Favela 3D para a Gerando Falcões. Ex-jogador de futebol, iniciou sua trajetória no terceiro setor criando a primeira oficina de futebol da ONG e Leo Suricate, músico, influenciador digital, produtor audiovisual e articulador cultural. Conduziu a tocha olímpica representando o Ceará e co-criou a Vetinflix que faz filmes, séries e clipes para a internet.