Aprovado em 2017 e obrigatório em todas as redes estaduais até 2024, o novo ensino médio prevê um aprofundamento em eixos temáticos das áreas de exatas, biológicas ou humanas, a serem escolhidos pelos alunos. Como essas disciplinas são ofertadas e quando os alunos fazem a opção, varia estado para estado, que criaram seus próprios currículos de referência.
Há uma insegurança entre alunos de que o foco em algumas disciplinas deixe lacunas de aprendizado que podem prejudicá-los no Enem e na maioria dos vestibulares, que continuam exigindo as disciplinas tradicionais. O Ministério da Educação planeja alinhar o Enem ao novo ensino médio até 2024.
Em São Paulo, o podcast ouve professores da escola estadual Alexandre Von Humboldt, na zona oeste da capital, que, como muitas escolas do país, passa pela reforma da etapa enquanto tenta reparar os prejuízos da pandemia.
Também ouve uma professora de uma escola piloto em Porto Alegre (RS) que, apesar de entender que as mudanças trazem boas novidades, acha que seus alunos estão sendo prejudicados pela nova organização.
Os especialistas Fernando Cassio, professor de políticas educacionais na Universidade Federal do ABC; João Paulo Cêpa, gerente de Articulação e Advocacy do Movimento pela Base e Vitor de Ângelo, presidente do Consed, discutem se o novo ensino médio traz mudanças positivas para a escola pública e de que forma os erros percebidos ao longo do processo podem ser corrigidos.