O “mestre de cerimónias” Costa, Ursula dependente da “despeitada” Meloni e Kallas obrigada a “devolver prestígio” à diplomacia europeiaA escolha de António Costa para presidente do Conselho Europeu foi formalizada na última quinta-feira. A definição dos cargos de topo da União Europeia incluiu ainda a nomeação de Ursula von der Leyen para um segundo mandato como presidente da Comissão Europeia e da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, como chefe da diplomacia europeia.
O ex-primeiro-ministro português será o primeiro socialista a presidir ao Conselho Europeu e sucede ao liberal belga Charles Michel, cujo mandato foi marcado por atrito com a presidente da Comissão Europeia. Costa terá de organizar a agenda das cimeiras, ser “mestre de cerimónias” e demonstrar a “sensibilidade de perceber quem ainda tem de ser trazido para o consenso”, destaca Susana Frexes, correspondente do Expresso e da SIC em Bruxelas.
Para o editor da secção Internacional do Expresso, Pedro Cordeiro, “Meloni sentiu-se despeitada” por Itália e os Conservadores e Reformistas Europeus, grupo a que preside, não terem lugar nos chamados ‘top jobs’, que voltaram a ser distribuídos entre democratas-cristãos, socialistas e liberais.
Este episódio foi conduzido pelo jornalista Hélder Gomes e contou com o apoio técnico de Gustavo Carvalho.
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