O verso de dez palavras "ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro" costuma ser creditado a Belchior e se trata do trecho mais pop da música “Sujeito de Sorte”, lançada no disco “Alucinação”, de 1976.
Mas, sua origem, na verdade, é de Zé Limeira. Nascido provavelmente no fim do século 19 e morto nos anos 1950, ele não deixou nada escrito, não foi fotografado nem teve a sua voz gravada. Tudo o que se sabe sobre ele foi passado no boca a boca ao longo de gerações.
O Expresso Ilustrada dessa semana analisa a origem do verso que nasceu de Zé Limeira foi popularizado pelas mãos de Belchior e usado, mais recentemente, na faixa "AmarElo" de Emicida. O podcast também busca entender como o verso ficou tão famoso a ponto de virar grafite nos muros do país.
Para isso, o episódio conta com a participação do Bruno Molinero, editor do Guia Folha, Astier Basílio, escritor e pesquisador que estuda o Zé Limeira há 20 anos, e Jotabê Medeiros, jornalista e biografo de Belchior.