Antes de vir para o Lollapalooza no Brasil, que começa neste final de semana, a Pabllo Vittar levou hits do seu último disco, "Batidão Tropical", para a edição argentina do festival. E pelo jeito que o público reagiu à sua presença da cantora, não é só por aqui que ela é muito ouvida.
A cantora dos hits "Rajadão", "Problema Seu" e "Amor de Que" se tornou um marco da cena musical LGBTQIA+, mas não é a única drag a fazer hits pelo Brasil. Gloria Groove, por exemplo, é uma das artistas mais tocadas do momento, com seu hit "Vermelho", do disco recém-lançado "Lady Leste".
Se antes drags ficavam numa caixa restrita da cena musical, agora têm estourado a bolha da indústria fonográfica e aparecem em outros tipos de produções culturais, como o reality comandado por Vittar que chega à HBO Max, o "Queen Stars", que traz batalhas de performances entre drags queens brasileiras.
O mesmo tem acontecido com artistas trans e travestis, como as cantoras Liniker e Lina, conhecida como Linn da Quebrada, que protagonizam, respectivamente, a série "Manhãs de Setembro", do Amazon Prime Video, e o filme "Vale Night", em cartaz nos cinemas.
O Expresso Ilustrada desta semana mostra como Vittar abriu uma série de portas na cultura e as dificuldades ainda enfrentadas por performers drags, trans e travestis no mercado de entretenimento do Brasil.
O episódio traz entrevistas com Vittar, a cantora Urias e o pesquisador Wellthon Leal, que estuda a formação da identidade gay a partir da música. Todos foram entrevistados pelos jornalistas Pedro Martins e Leonardo Sanchez, que escreveram reportagem para a Folha sobre o assunto.