Os cantores Lil Nas X e Harry Styles fazem parte de um movimento fashion que marcou a última Semana de Moda de Londres --o de homens que usam saias e os vestidos.
Assim como os artistas, vários modelos do evento desfilaram com esse tipo de roupa, culturalmente associado ao guarda-roupa feminino. Estilistas como Simone Rocha, Molly Goddard, Stefan Cooke e Harris Reed exibiram coleções que desafiam as normas de gênero.
No TikTok, a hashtag #BoysInDresses –meninos de vestido em português– ultrapassa 90 milhões de visualizações e a #BoysInSkirts –ou meninos de saia– tem mais 225 milhões.
Mas, se por um lado, o movimento vai na contramão de estereótipos, por outro, pode reafirmá-los a depender da maneira como as peças são vendidas no mercado.
Há quem venda, por exemplo, vestidos sob o rótulo de masculino —o que é lido por alguns como contradição, já que o nome do produto estipula o gênero de quem deve comprá-lo.
Ao mesmo tempo, os estilistas que não separam roupas em feminino e masculino enfrentam problemas técnicos, já que a anatomia de homens e mulheres é diferente.
Nesta semana, o Expresso Ilustrada discute por que tantos homens estão desafiando as normas de gênero na moda e qual o impacto disso para a indústria.
Para isso, o episódio ouve o estilista Jay Boggo, que vende peças em varejo e sob medida sem distinção de gênero, e a figurinista e escritora Carolina Casarin.