Na estante desta semana, temos o cruel Conde de Lautréamont e um capítulo autónomos dos “Cantos de Maldoror”: “Mervyn”; há “Uma Ode à Tipografia”, de Pablo Neruda, em composições gráficas originais; lemos a poesia completa de Kaváfis no volume “Aquele Belo Rapaz”; e regozijamo-nos com a tradução portuguesa de uma clássico do humor: “Simplississimus”, de Hans Jakob Grimmelsshausen.

Na estante desta semana, temos o cruel Conde de Lautr&eacute;amont e um cap&iacute;tulo aut&oacute;nomos dos &ldquo;Cantos de Maldoror&rdquo;: &ldquo;Mervyn&rdquo;; h&aacute; &ldquo;Uma Ode &agrave; Tipografia&rdquo;, de Pablo Neruda, em composi&ccedil;&otilde;es gr&aacute;ficas originais; lemos a poesia completa de Kav&aacute;fis no volume &ldquo;Aquele Belo Rapaz&rdquo;; e regozijamo-nos com a tradu&ccedil;&atilde;o portuguesa de uma cl&aacute;ssico do humor: &ldquo;Simplississimus&rdquo;, de Hans Jakob Grimmelsshausen.

Para mudar o mundo, eles mantêm-se na sombra. Um programa da SIC Notícias com João Miguel Tavares, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira e coordenação de Carlos Vaz Marques

Para mudar o mundo, eles mant&ecirc;m-se na sombra. Um programa da SIC Not&iacute;cias com Jo&atilde;o Miguel Tavares, Pedro Mexia, Ricardo Ara&uacute;jo Pereira e coordena&ccedil;&atilde;o de Carlos Vaz Marques

Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

Para mudar o mundo, eles mantêm-se na sombra. Um programa da SIC com João Miguel Tavares, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira e coordenação de Carlos Vaz Marques

Programa cujo nome estamos legalmente impedidos de dizer

Os livros da semana do Programa Cujo Nome Estamos Impedidos de Dizer

Livros da semana: crueldade, tipos, poesia e humor

Quem terá saudades de 2025? Elegemos, na última emissão do ano, o melhor, o pior e o nem por isso. Trump, o sintomático, dominou o mundo e deu gás aos neo-iliberalismos. Luís Montenegro, num inédito número de equilibrismo político, foi a figueira nacional do ano, agora que o sistema se tornou triangular. O Papa Francisco morreu e subiu ao trono de São Pedro Leão XIV. A chamada diplomacia pela força conseguiu gerar uma ténue esperança no Médio Oriente, calando as armas depois da destruição de Gaza, mas foi incapaz de acabar com a guerra na Ucrânia. Houve deslumbramento e receios de apocalipse perante a revolução tecnológica da inteligência artificial. E ainda não foi este ano que acabaram os jornais em papel, mas já faltou mais.

Quem ter&aacute; saudades de 2025? Elegemos, na &uacute;ltima emiss&atilde;o do ano, o melhor, o pior e o nem por isso. Trump, o sintom&aacute;tico, dominou o mundo e deu g&aacute;s aos neo-iliberalismos. Lu&iacute;s Montenegro,&nbsp;num in&eacute;dito n&uacute;mero de equilibrismo pol&iacute;tico, foi a figueira nacional do ano, agora que o sistema se tornou triangular. O Papa Francisco morreu e subiu ao trono de S&atilde;o Pedro Le&atilde;o XIV. A chamada diplomacia pela for&ccedil;a conseguiu gerar uma t&eacute;nue esperan&ccedil;a no M&eacute;dio Oriente, calando as armas depois da destrui&ccedil;&atilde;o de Gaza, mas foi incapaz de acabar com a guerra na Ucr&acirc;nia. Houve deslumbramento e receios de apocalipse perante a revolu&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gica da intelig&ecirc;ncia artificial. E ainda n&atilde;o foi este ano que acabaram os jornais em papel, mas j&aacute; faltou mais.

Olhando pelo retrovisor: uma elegia a 2025

A lei da nacionalidade, proposta pelo governo, faleceu. O executivo de Montenegro averbou a derrota, mas com uma incomodidade moderada. Quem se manifestou de um modo mais ruidoso, paradoxalmente, foi o principal partido da oposição. No partido de Ventura, a decisão do Tribunal Constitucional foi considerada uma “traição a Portugal”. Na mesma semana em que se viu derrotado pelo Constitucional, Montenegro recebeu a famigerada prenda de Natal, anunciada pelo PGR. O caso Spinumviva foi arquivado. O primeiro-ministro, no entanto, não se mostrou nada agradecido. A justiça e a comunicação social foram verberadas por Montenegro, zangado com o escrutínio público de que foi alvo. Também sob escrutínio esteve uma frase equívoca do ministro da educação e a actividade profissional do candidato a Belém Marques Mendes. Tudo indica que o mês que falta para as presidenciais vai ser rasgadinho.

A lei da nacionalidade, proposta pelo governo, faleceu. O executivo de Montenegro averbou a derrota, mas com uma incomodidade moderada. Quem se manifestou de um modo mais ruidoso, paradoxalmente, foi o principal partido da oposi&ccedil;&atilde;o. No partido de Ventura, a decis&atilde;o do Tribunal Constitucional foi considerada uma &ldquo;trai&ccedil;&atilde;o a Portugal&rdquo;. Na mesma semana em que se viu derrotado pelo Constitucional, Montenegro recebeu a famigerada prenda de Natal, anunciada pelo PGR. O caso Spinumviva foi arquivado. O primeiro-ministro, no entanto, n&atilde;o se mostrou nada agradecido. A justi&ccedil;a e a comunica&ccedil;&atilde;o social foram verberadas por Montenegro, zangado com o escrut&iacute;nio p&uacute;blico de que foi alvo. Tamb&eacute;m sob escrut&iacute;nio esteve uma frase equ&iacute;voca do ministro da educa&ccedil;&atilde;o e a actividade profissional do candidato a Bel&eacute;m Marques Mendes. Tudo indica que o m&ecirc;s que falta para as presidenciais vai ser rasgadinho.

Esta semana, João Miguel Tavares (desta vez à distância) apresenta-se como consultor externo, Ricardo Araújo Pereira diz que está a pedi-las, e Pedro Mexia sente-se ip. Está reunido o Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer em podcast

A prenda: spinumviva, spinummorta

Houve greve geral. Inexpressiva, diz o governo. Apesar dos serviços encerrados e da união, inédita em mais de uma década, das duas centrais sindicais. Um protesto a coincidir com a distinção da revista The Economist, que considerou Portugal “a economia do ano”. Quem foi que disse que o país está melhor, as pessoas é que não? Na pré-campanha presidencial, dois debates picados agitaram as águas. Mendes atropelou Cotrim e Seguro afundou o almirante. Mas ainda falta mais de um mês para o tira-teimas. Enquanto isso, o PGR diz que o interpretam mal e que até nem quer estar onde está. Talvez alguém possa fazer-lhe um favor e acabar-lhe com o sofrimento.

Houve greve geral. Inexpressiva, diz o governo. Apesar dos servi&ccedil;os encerrados e da uni&atilde;o, in&eacute;dita em mais de uma d&eacute;cada, das duas centrais sindicais. Um protesto a coincidir com a distin&ccedil;&atilde;o da revista The Economist, que considerou Portugal &ldquo;a economia do ano&rdquo;. Quem foi que disse que o pa&iacute;s est&aacute; melhor, as pessoas &eacute; que n&atilde;o? Na pr&eacute;-campanha presidencial, dois debates picados agitaram as &aacute;guas. Mendes atropelou Cotrim e Seguro afundou o almirante. Mas ainda falta mais de um m&ecirc;s para o tira-teimas. Enquanto isso, o PGR diz que o interpretam mal e que at&eacute; nem quer estar onde est&aacute;. Talvez algu&eacute;m possa fazer-lhe um favor e acabar-lhe com o sofrimento.

João Miguel Tavares sentiu-se grevista, Ricardo Araújo Pereira considera-se calendarizado e Pedro Mexia declara-se papá. Está reunido o Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer em podcast

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