Será desta que temos um #MeToo à portuguesa? As paredes de Coimbra começaram a falar em 2018 mas até agora ninguém lhes tinha dado ouvidos. Quem terá feito tais denúncias? Já que o neo-liberalismo foi entretanto chamado ao caso, será de considerar suspeita a “mão invisível” de Adam Smith? A vida política tem sido fértil em casos e descasos. Esta semana, foi a mulher de um ministro a ser trazida à boca de cena. E ainda não se sabe bem quem convocou, afinal, a reunião preparatória da audição da CEO da TAP na comissão parlamentar de economia. Estamos em clima de política de algibeira. O Presidente e o líder do PSD trocam apropriadamente indirectas sobre quem estará, afinal, no bolso de quem. É caso para perguntar se a política portuguesa corre o risco de vir a cair nas mãos de um vulgar carteirista?