Bonga foi o primeiro artista africano a conquistar um disco de ouro e de platina em Portugal. Neste episódio de ‘Alta Definição’, recorda a infância em Angola que moldou a sua música e o levou ao sucesso internacional. Conta que o som fazia parte do seu quotidiano — em casa, com o pai a tocar acordeão e concertina, ou nas ruas, onde a alegria se espalhava em batuques improvisados. “Se não somos nós a pôr música, é o vizinho. Até pedimos para aumentar. Ao contrário do que acontece cá nas europas, onde chamam a polícia”, diz logo na abertura da entrevista.

A falta de música não foi a única coisa que Bonga estranhou nas “europas”. “Quando cheguei a Portugal, quis ir embora no dia seguinte. Senti que era cada um por si, as pessoas não falavam, na rua ninguém se cumprimentava”, desabafa. Ao longo da conversa com Daniel Oliveira, o músico partilha várias confidências sobre a dureza de ser imigrante. Esteve também na Holanda, onde lavou pratos e fez biscates, e em França, onde finalmente começou a gravar as suas primeiras músicas com reconhecimento.

Bonga fala ainda da força dos laços familiares, da busca por justiça social e do orgulho em ser pai e avô. “A coisa mais importante que podemos passar aos nossos filhos é uma vivência verdadeira, com disciplina. Mas não é a regra da escola, da igreja, da política ou do vício. É aquele swing, aquilo que sentes”, garante. Sobre a companheira mais nova, com quem recentemente teve gémeos, reforça que, para si, mais do que a idade, “o que interessa é o respeito e o carinho”.

No final do programa, depois de revisitar toda a sua história de vida, deixa um pedido para quando chegar a sua hora: “Nós, africanos, celebramos tudo. Quando morrer, porque não celebrar? Cantem as minhas músicas, as músicas do cantor da alegria.” Conheça aqui a sua história com a versão podcast do programa ‘Alta Definição’.

Este episódio foi emitido a 8 de novembro na SIC e a sinopse foi criada com o apoio de IA. Saiba mais sobre a aplicação de Inteligência Artificial nas Redações da Impresa.

Bonga foi o primeiro artista africano a conquistar um disco de ouro e de platina em Portugal. Neste epis&oacute;dio de &lsquo;Alta Defini&ccedil;&atilde;o&rsquo;, recorda a inf&acirc;ncia em Angola que moldou a sua m&uacute;sica e o levou ao sucesso internacional. Conta que o som fazia parte do seu quotidiano &mdash; em casa, com o pai a tocar acorde&atilde;o e concertina, ou nas ruas, onde a alegria se espalhava em batuques improvisados. &ldquo;Se n&atilde;o somos n&oacute;s a p&ocirc;r m&uacute;sica, &eacute; o vizinho. At&eacute; pedimos para aumentar. Ao contr&aacute;rio do que acontece c&aacute; nas europas, onde chamam a pol&iacute;cia&rdquo;, diz logo na abertura da entrevista.
A falta de m&uacute;sica n&atilde;o foi a &uacute;nica coisa que Bonga estranhou nas &ldquo;europas&rdquo;. &ldquo;Quando cheguei a Portugal, quis ir embora no dia seguinte. Senti que era cada um por si, as pessoas n&atilde;o falavam, na rua ningu&eacute;m se cumprimentava&rdquo;, desabafa. Ao longo da conversa com Daniel Oliveira, o m&uacute;sico partilha v&aacute;rias confid&ecirc;ncias sobre a dureza de ser imigrante. Esteve tamb&eacute;m na Holanda, onde lavou pratos e fez biscates, e em Fran&ccedil;a, onde finalmente come&ccedil;ou a gravar as suas primeiras m&uacute;sicas com reconhecimento.
Bonga fala ainda da for&ccedil;a dos la&ccedil;os familiares, da busca por justi&ccedil;a social e do orgulho em ser pai e av&ocirc;. &ldquo;A coisa mais importante que podemos passar aos nossos filhos &eacute; uma viv&ecirc;ncia verdadeira, com disciplina. Mas n&atilde;o &eacute; a regra da escola, da igreja, da pol&iacute;tica ou do v&iacute;cio. &Eacute; aquele swing, aquilo que sentes&rdquo;, garante. Sobre a companheira mais nova, com quem recentemente teve g&eacute;meos, refor&ccedil;a que, para si, mais do que a idade, &ldquo;o que interessa &eacute; o respeito e o carinho&rdquo;.
No final do programa, depois de revisitar toda a sua hist&oacute;ria de vida, deixa um pedido para quando chegar a sua hora: &ldquo;N&oacute;s, africanos, celebramos tudo. Quando morrer, porque n&atilde;o celebrar? Cantem as minhas m&uacute;sicas, as m&uacute;sicas do cantor da alegria.&rdquo; Conhe&ccedil;a aqui a sua hist&oacute;ria com a vers&atilde;o podcast do programa &lsquo;Alta Defini&ccedil;&atilde;o&rsquo;.
Este epis&oacute;dio foi emitido a 8 de novembro na SIC e a sinopse foi criada com o apoio de IA.&nbsp;<a href="https://expresso.pt/sobre/estatuto-editorial/2020-01-20-estatuto-editorial-3c79f4ec">Saiba mais sobre a aplica&ccedil;&atilde;o de Intelig&ecirc;ncia Artificial nas Reda&ccedil;&otilde;es da Impresa.</a>

Entrevistas intimistas conduzidas por Daniel Oliveira. Todas as semanas um novo convidado no 'Alta Definição', um programa da SIC

Veja a versão vídeo deste programa em Opto.sic.pt

Entrevistas intimistas conduzidas por Daniel Oliveira. Todas as semanas um novo convidado no 'Alta Definição', um programa da SIC
Veja a versão vídeo deste programa em <a href="https://opto.sic.pt/series/alta-definicao/d98dee33-cf8b-4470-a120-5687f9f31332">Opto.sic.pt</a>

Alta Definição

Entrevistas intimistas conduzidas por Daniel Oliveira. Todas as semanas um novo convidado no 'Alta Definição', um programa da SIC

Das ruas de Luanda aos palcos internacionais. Neste episódio de ‘Alta Definição’, Bonga, ícone da música angolana, revisita memórias de infância em Angola, a dureza da imigração e os primeiros dias de sucesso internacional. Conheça aqui a sua história com o programa de Daniel Oliveira em podcast

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